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sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

'Caso operação stop'


Luís Calaça (PSD) suspende mandato de deputado


COMUNICADO

Na sequência do comunicado que emiti a 13 de Dezembro de 2018, e agora que o Plano e Orçamento da Região para 2019 está votado e aprovado pela Assembleia Legislativa da Madeira, venho pelo presente transmitir o seguinte:

1.Foi com enorme honra e sentido de responsabilidade que aceitei o desafio de representar a população desta Região, mais especificamente as pessoas do concelho de Machico e da freguesia do Caniçal, no órgão máximo da autonomia regional – a Assembleia Legislativa da Madeira.

2.Face aos recentes acontecimentos, quis de forma célere, clara e transparente, assegurar que assumiria todas as responsabilidades e consequências dos meus actos, nomeadamente requerendo ao Presidente da Assembleia o levantamento da minha imunidade parlamentar.

3.Nesse sentido, sempre considerei que o exercício de cargos públicos exige, de quem os ocupa, os mais altos padrões de rigor, transparência e responsabilidade. 

4.Assim e após uma reflexão pessoal, considero que não estão reunidas as condições para que continue a exercer o mandato de deputado à Assembleia Legislativa da Madeira, razão pela qual entregarei, ainda durante o dia de hoje, o pedido de suspensão de funções ao Presidente da Assembleia, até ao total e cabal esclarecimento desta situação.

5.Tomo esta decisão de forma serena e humilde, não só para salvaguardar a dignidade e credibilidade da Assembleia Legislativa da Madeira e de todos os que nela desempenham funções, mas também para que possa responder, de forma plena, pelos meus actos.

8 comentários:

José Vicente Gomes disse...

"Aquele que nunca pecou, que atire a primeira pedra". Consta que a este apelo de Jesus Cristo, nenhum dos circunstantes correspondeu com a lápide na mão.
Ninguém está isento do erro. No entanto, assumi-lo e dele tirar as respetivas consequências é o que de mais básico se exige a qualquer um. Exigência que é acrescida quando se trata de alguém que assumiu funções políticas de qualquer teor, representando o povo. Não se trata de crucificar alguém na praça pública; trata-se, isso sim, de praticar aquele grau mínimo de ética e de responsabilidade que deve presidir o exercício de poderes públicos em democracia.
O senhor deputado Luis Calaça (pessoa que não conheço e a quem nada me prende) tem o mérito - apenas manchado pela circunstância de não tê-lo feito antes da exposição pública do caso em que esteve envolvido - de se ter afastado do seu mandato, colocando-se à disposição da justiça. Tem o meu respeito por ter posto em prática aquilo que é comum em qualquer democracia civilizada. Não tem o meu louvor pela simples razão de que fez, apenas, aquilo que era devido e esperado.
Outros políticos há nesta terra - a começar pelo deputado e autarca exibicionista de Água de Pena e passando pelo ainda presidente da Câmara Municipal do Funchal e presuntivo candidato a presidente do Governo Regional -, que fogem, como o diabo da cruz, de toda e qualquer responsabilidade, seja por atos pornográficos em instalações públicas, seja por atos de negligência de que resultaram gravíssimos prejuízos para um número significativo de pessoas. O pior é que o partido que os acolhe ou acalenta, coonesta a cobardia, atrevendo-se a lamuriar aproveitamentos políticos de ações privadas. Seria privado e inatacável se os atos lascivos tivessem ocorrido portas de casa adentro ou se a árvore que caiu estivesse no jardim da casa do edil e vitimado meia dúzia de formigas. Em lugar ou circunstâncias públicas, a responsabilidade é imediatamente exigível e deveria ser assumida sem rebuços ou reservas.
Não levantarei a mão para atirar o calhau. Saberei, no entanto - e espero que, comigo, muitos madeirenses -, retirar as consequências das atitudes demonstradas quando for chamado a escolher os próximos representantes do povo nos orgãos de governo da minha terra. Posso dizer que ainda não decidi quem vou escolher, mas já sei muito bem quem não merece o meu voto.

Anónimo disse...

Está de parabéns o srº deputado Calaça ao tomar esta atitude de suspensão de mandato, para poder responder em tribunal! Falta agora o srº deputado Avelino Conceição tomar a mesma decisão, para dignificar aquela casa, que uma vez foi apelidada pelo ditadorzeco jardim, como a "casa de loucos"!

Anónimo disse...

Há quem saiba escrever depois da onze da noite, com bom-senso e correcção.
Tem o meu apoio, o comentário de 23.31.
Luís Calaça pecou por tomar a sua decisão de forma tardia. Mas tomou-a. E, em meu entender, não deve voltar ao parlamento antes do cumprimento da pena a que venha a ser eventualmente condenado.
Avelino Conceição não a tomou, e pior que isso, tem o apoio do seu partido. E esta decisão de vistas curtas, trará consequências negativas para o PS-M.
Numa terra tão conservadora nos costumes como a Madeira, estas coisas não são perdoadas. Não o perceber, é não conhecer a região onde vivemos.
E, pensar que o caciquismo de Avelino Conceição no concelho de Machico vale o tentar segurá-lo, é um erro que terá consequências nas próximas eleições, porque estes acontecimentos não morrem. Ficam adormecidos, e voltam à tona. E, se ainda por cima há suspeitas de haver manipulação por parte de adversários internos de Avelino Conceição no próprio PS-M, pior ainda será.
Quanto a Paulo Cafofo, lida mal com as responsabilidades. Característica que não o coloca como alguém habilitado para o exercício do poder. Mas essa é uma avaliação que cabe a cada eleitor fazer.

Anónimo disse...

Parabens pela atitude que teve, pena que não serve de exemplo ao ps

Anónimo disse...

O socialista já encontrou a vergonha!??? Aguardemos

Anónimo disse...

O que o SR: Calaça fez é CRIME, mas é mais desculpável do que o caso do Sr Avelino.

Anónimo disse...

Avelino não sai e o Calaça sai?! Avelino está agarrado como um lapa. OS SOCIALISTAS SÃO ASSIM!

Anónimo disse...

Este senhor representante do povo nao sai porque nao sabe fazer outra coisa e como nao tem vergonha fica...