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sexta-feira, 14 de dezembro de 2018



Raquel Coelho (PTP) no encerramento
do debate sobre o Orçamento 2019

"OS VÍCIOS DO PASSADO SUBSISTEM
EM DETRIMENTO DO INTERESSE PÚBLICO"



Com o suposto fim da austeridade julgávamos que ar seria mais respirável, tanto na Madeira como no território continental. Mas o PSD optou por desperdiçar um conjunto de 11 propostas que o PTP apresentou no âmbito do Orçamento Regional para 2019, que em muito iriam dignificar a vida regional

A verdade é que o neoliberalismo tomou conta do nosso país, com ajuda dos partidos do arco do poder e nem uma maioria parlamentar de esquerda conseguiu por cobro à situação e por isso a nossa democracia e o Estado de Direito estão cada vez mais  postos em causa.


Os partidos da geringonça pouco têm feito para combater esse sistema de rapinagem contra o povo. Tanta a esquerda no Continente, como a direita na Madeira mantêm uma elevada carga fiscal, promove baixos salários e reformas e congelamento das carreiras na função pública.

O actual, Governo da República, que se reclama socialista e canta a internacional mantém todos os privilégios e sinecuras dos altos gestores e quadros do Estado. Mostra-se incapaz de inverter todas estas políticas da direita, mantêm-nas para extorquirem cada vez mais dinheiro aos contribuintes a fim de sustentarem as suas políticas de subsidiodependência e assegurarem a onerosa máquina repressiva do estado sobre o povo, que chega ao cúmulo de decretar prisão por delito de opinião.

Qual foi o país que se desenvolveu espartilhando a massa crítica e os intelectuais? Nenhum, independentemente, da ideologia. No entanto, insistimos em replicar esta fórmula de repressão que tem tanto tem atrasado o desenvolvimento da nossa civilização.

Metade do vencimento dos trabalhadores é para pagar impostos. Cada vez mais a máquina fiscal se abate impiedosamente sobre o nosso povo criando miséria, exclusão social, desemprego e emigração forçada. Limitam-se as liberdades cívicas, económicas e sociais. Há polícias para tudo e mais alguma coisa, mas direitos para os trabalhadores cada vez menos. Listas de espera intermináveis para consultas, exames e cirurgias, falta profissionais de saúde.

Dizia Álvaro cunhal, nos anos 80 e 90, que se o PCP chegasse ao governo bastaria apenas e só um dia para derrubar e anular todas as políticas repressivas da direita contra o nosso povo. Mas com a gerigonça não é isso que está a acontecer. O PCP e o BE vão acenando com a ideia peregrina dos amanhãs que cantam e nunca acontecem.

Os madeirenses e porto-santenses, temem pelo seu futuro e o dos seus descendentes. Sofrem em silêncio, por verem os seus filhos partirem em busca de uma vida melhor, para fora da terra que os viu nascer, por falta de oportunidades de emprego na Região.

Embora tenhamos assistido a uma maior abertura para a democratização e dignificação da política regional, a propalada renovação no governo regional acabou por se revelar um verdadeiro logro. 

Os vícios do passado subsistem em detrimento do interesse público. A submissão aos grandes grupos económicos continua. E os problemas das populações prosseguem sem solução à vista, nomeadamente, na garantia da continuidade territorial, na política de transportes para o arquipélago, no elevado custo de vida, na dupla insularidade do Porto Santo, no desemprego, na pobreza e na emigração forçada.

Para além do embuste da denominada renovação do PSD, verificamos que as forças da oposição que conquistaram o poder local, em vez de inverterem as más práticas encetadas pelas governações anteriores, passaram a assumir o mesmo tipo de vícios e práticas do PSD, apostando no caciquismo, na subjugação da participação cívica das populações e no controlo da imprensa. Particularmente, a Câmara Municipal do Funchal.

Ao contrário daquilo que a esmagadora maioria da população julga, não vivemos só uma crise financeira, junta-se agora uma nova equação aos problemas regionais, a crise moral…

O desespero daqueles que estão no poder e dos que querem lá chegar podem ter aberto a caixa de pandora para o pior da política: usarmos a moral e a fragilidade humana, como arma de arremesso.

E cabe aos democratas e autonomistas, às pessoas de bem desta terra impedir que a política do vale tudo, ganhe as próximas eleições legislativas regionais.

2 comentários:

Anónimo disse...

Oh drª Raquel Coelho! Como é que quer acabar com a rapinagem do nosso orçamento pelos tubarões do regime, se o secretário das Finanças é o criado do srº Farinha e do srº Pestana? e o srº Paulo Cafôfo o criado dos Sousas? Estamos bem lixados, enquanto o povo não abrir os olhos!

Anónimo disse...

Simplesmente brilhante esta Senhora
Ela deveria dispensar o seu ajudante
Fale só com a Senhoras de costume
Bata até a voz lhe doer no afadesvias e na soisada