Como tramar um deficiente?
- Fácil, fácil!
António Alves
Um dos partidos candidatos ao Partido Europeu, referia ontem, a necessidade urgente de se ter em conta a inclusão e participação de pessoas com deficiência/incapacidade na sociedade civil actual. A própria secretária de Estado para a inclusão refere a necessidade de se legislar de modo a que os concursos públicos não sejam frequentemente fraccionados de modo a dificultar a contratação de pessoas com deficiência, pelo cumprimento das cotas obrigatórias.
Contudo, embora se fale e “refale”, na inclusão, na inserção dos deficientes na vida pública, fato é, que a realidade demonstra essa mesma exclusão, contrariando os direitos constitucionais que garantem a todas os cidadãos o direito de igualdade, nomeadamente ao que toca a cidadãos com deficiência de poderem escolher a sua profissão e o acesso a função pública.
Veja-se o caso dos concursos públicos da Região, quer no Governo quer nas Câmaras quantos deficientes entram nos concursos públicos?
Embora se façam discursos eleitoralistas onde a inclusão, a igualdade de oportunidades e a justiça social sejam referidas à boca cheia e com muitos sorrisos, seria bom sabermos, quantos deficientes entram nos concursos públicos? É que os poucos que concorrem mesmo que consigam passar pelas diversas provas, “tropeçam” na chamada entrevista profissional de selecção onde ninguém assiste e onde se pode manipular facilmente qualquer resultado, dai, que seja tao fácil” tramar o coitadinho”.
10 comentários:
Pelo que me lembro da lei, em concursos públicos para mais de 3 lugares, 1/3 tem que ser para individuos com "deficiência"
Isso é o que faz o Cafofo , vamos a ver se o processo que está em tribunal o faz recuar ou se ele diz como sempre que quem manda na camara é ele ee
não o tribunal.
Como não está no Brasil, não deve escrever “fato”, mas sim “facto”, tal como não se escreve “contato”, mas antes “contacto”.
O acordo ortográfico em vigor não manda tirar esses cês. Leem-se e escrevem-se.
Fui a um concurso público no GR em que na altura da entrevista pública, os candidatos não sabiam quem eram os outros candidatos, nem sabiam quando foram/eram as entrevistas dos outros candidatos, nem estava afixado em lado nenhum as datas e os locais das Entrevistas Públicas.
Será que haverão candidatos com tudo 20 na entrevista pública como numa célebre entrevista da DROTA?
Sim, principalmente quando se sabe antes (das provas) em "cafés", os candidatos que sao para excluir, para se poderem colocar os amigos e familiares. Realmente,fica a ilusão das coisas terem mudado na Câmara...de existirem politicos integros e imparciais, SANTA ILUSÃO!!!!!
Pois pois, também sei que existem mais concursos abertos que já estão completamente encomendados. E se estão a pensar em concorrer para o de Assistente Técnico, 24 vagas, não vale a pena, pelo que sei as provas já estão a rodar...
Estão a falar do caso da miúda da contabilidade? Esse é um caso que só não vê quem não quer.Foi tramada,limpinho limpinho.
A política é um meio para atingir um fim. Nestas contratações públicas é irrelevante a competência, a mais-valia curricular, a experiência, são todos classificados consoante o grau de proximidade aos políticos. Arranjam artimanhas de modo a contornar as regras, neste caso o das vagas reservadas a pessoas com um grau de deficiência. Depois, quem tem coragem leva para tribunal e toca a gastar do erário público para defender a posição de favorecimento aos amigos / familiares. Ao caso da miúda da contabilidade, no comentário das 13.53, que vá até onde tiver que ir, denuncie. Sem medo. Que caiam as máscaras. Só denunciado podemos ambicionar que algo possa ser diferente no futuro.
Não me digam que o sonso Gouveia anda a fazer das dele.... esperem até ele chegar ao lugar do professor. será uma ditadura!!!!!
Esperem, critica-se que a função pública são só favorecimentos e depois querem quotas para pessoas com deficiência? Essas pessoas devem concorrer em pé de igualdade, não devem ser beneficiadas, muito menos prejudicadas. Se tiveram má nota, é a vida. Sou contra isso de quotas, tanto para deficientes, como para mulheres, a igualdade que se defende deve ser isso mesmo, igualdade sem favorecimentos.
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