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quarta-feira, 24 de abril de 2019


Jardim, apesar da licenciatura em Direito, nunca teve grande apetência pelos bancos do tribunal, mas desta vez foi tramado pelo antigo adversário Coelho, o qual, de resto, e como já esperaria, nada ganhou com o depoimento da sua testemunha improvável. 



Coelho conseguiu levar 

testemunha Jardim ao '2000'


O dirigente do PTP (na imagem com a deputada Raquel Coelho) continua a ser um 'osso duro de roer' na barra do '2000'. Desta vez, levou Jardim como testemunha e ficou ele, Coelho, fora da sala, por entender que o julgamento devia ser suspenso. 



Na sessão desta terça-feira, o dirigente do PTP recusou-se a sentar no 'banco dos réus' e ficou fora da sala enquanto o ex-presidente, obrigado pela lei, debitava o seu testemunho sobre o estilo do arguido



José Manuel Coelho recusou sentar-se ontem no 'banco dos réus' acabando fora da sala do '2000' enquanto decorria um julgamento em que ele figura como arguido. Como avisou antes, o dirigente do PTP não aceitou sentar-se no 'banco' por considerar que o tribunal está a "violar" os seus "direitos consagrados na Constituição".

Acusado de vários crimes, entre os quais os de difamação qualificada, injúria agravada e desobediência qualificada, devido a declarações proferidas contra diversas entidades, nalguns casos em períodos de campanha eleitoral, o controverso José Manuel Coelho acusou "este tribunal e os senhores magistrados" de "infelizmente não serem independentes", já que "trabalham para a candidatura do PSD, em favorecimento da candidatura do Partido Social Democrata".
Coelho parte do princípio de que, enquanto candidato ao Parlamento Europeu, goza da mesma imunidade dos outros candidatos. "Não posso ser julgado, inquirido, levado a tribunal ou punido por crimes cuja moldura penal seja inferior a 5 anos", considerou José Manuel Coelho à margem do julgamento. "É o caso do julgamento a que estou a ser submetido, que é uma perseguição política", afirmou, acusando a juíza que preside ao colectivo de não respeitar a lei geral da República segundo a qual o candidato a um acto eleitoral goza de imunidade até que o resultado das eleições seja divulgado pelo Tribunal Constitucional, a entidade que encerra o processo eleitoral.
O arguido queixa-se de que a prerrogativa da suspensão do julgamento só se verifica efectivamente quando em causa estão "os senhores do PSD". 
"Como a senhora juíza-presidente quer favorecer as pessoas do PSD, que são as que me acusam, quer prosseguir o julgamento de uma forma ilegal numa violação grosseira dos meus direitos consagrados na Constituição e na Lei da República", rematou aquele dirigente trabalhista diante dos microfones da RTP e na Antena 1.

Outro acontecimento da sessão de ontem no '2000' foi a presença do antigo Presidente do Governo, Alberto João Jardim, arrolado como testemunha pelo próprio Coelho. Aparentemente, o arguido pretendia que o Tribunal ouvisse um político também conhecido pela sua linguagem polémica no debate político, durante dezenas de anos.
Jardim tinha obrigatoriamente de comparecer e compareceu, optando por se demarcar do estilo do dirigente trabalhista. Confirmando conhecer o arguido, materializou a afirmação falando do passado político do antigo militante expulso do PCP, Coelho, juntando que nunca chegou a conhecer as razões dessa expulsão, apesar de o PSD ter tentado descobrir-lhe os motivos. 
A testemunha também recordou o trabalho de Coelho ao serviço do PND, "partido de extrema-direita" que se notabilizou no combate a ele mesmo, Jardim, à Autonomia e ao PSD. Segundo o antigo líder laranja, o arguido fez "palhaçadas ao serviço daquelas pessoas" (do PND) até se fartar e procurar uma "barriga de aluguer" onde continuar a fazer política. 
Quanto aos bons resultados eleitorais que José Manuel Coelho obteve (como por exemplo numas Presidenciais), Jardim atribuiu os méritos do êxito à comunicação social.
A posição de Jardim visou fundamentalmente reconhecer que também utilizou linguagem truculenta mas contextualizada em cada situação, no momento, com objectivos políticos e não com a intenção de caluniar ou ofender alguém fora da política, ao contrário do ora arguido, que em algumas situações terá "ultrapassado os limites da calúnia e do insulto", na sua postura próxima da "anormalidade política". Posicionamento de Jardim que não surpreendeu os intervenientes na sessão. Nem de outra coisa estaria Coelho à espera.

O dirigente trabalhista responde num julgamento que é a junção das queixas de 11 assistentes. Um destes, António Candelária, recorreu à justiça por ter sido apontado pelo dirigente do PTP como autor de um desvio de milhões de euros do PSD, após o que teria fugido para o Brasil.
A este propósito, Jardim afirmou que a gravidade da acusação o levou a chamar Candelária ao palco durante um comício do PSD, para desmentir o boato sobre a fuga para o Brasil. 
Se Coelho já disse em tribunal que se limitou a reproduzir conversas que circulavam pelos cafés sobre Candelária, o antigo Presidente da Madeira garantiu que a primeira vez que ouviu tal versão foi mesmo da parte do arguido. 

A juíza-presidente do colectivo marcou as alegações finais para todo o dia 20 de Maio. Mas Coelho insiste no seu direito à suspensão dos trabalhos, dada a sua qualidade de candidato às europeias. Vai recorrer e não obedecerá à convocatória.
Resta esperar para ver se a juíza também insistirá na sua própria interpretação da legislação em vigor, diferente da do arguido.

O julgamento já sofreu vários adiamentos e parece que
ainda não será desta.

8 comentários:

Anónimo disse...

O Quebra Costas disse que o réu era desbocado e maldizente , colocando em causa a imagem das pessoas.
e Ele?
São iguais

Anónimo disse...

da maneira que o diário publicitou a ida do AJJ a tribunal parecia que ia lá estar como acusado e não como testemunha

é o que mais pode

coelho tens de pagar pelo que fizeste

Anónimo disse...

Recorrendo para tribunais superiores, a ordem será repetir o julgamento de novo. Nada que já não tivesse acontecido anteriormente!

Anónimo disse...

Força Coelho contra aos tribunais plenários.

Anónimo disse...

Ó das 16.28,
Tribunais Plenários? Paraste no tempo a...24 de abril?
És um saudosista!

Anónimo disse...

Olha mascarado das 16:28, os tribunais plenários ainda não fecharam na Madeira, só falta a PIDE a dar porrada lá dentro, o resto está tudo igual, e se não acreditas, abre a boca contra um mafioso daqui, e vais bater com os cascos ao tribunal plenário.

Anónimo disse...

Cada qual recolhe aquilo que outrora semeou.

Anónimo disse...

O Coelho julga-se alguém impune. Acha-se merecedor de um estatuto especial.
Deve ser alguma divindade.
Só se fôr declarado ininputável.