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sábado, 13 de abril de 2019


BE: Tertúlia e Democracia


O Bloco de Esquerda promoveu uma tertúlia "A democracia amanhã", sexta, ao fim da tarde, no Espaço Paulo Martins, onde se debateram os riscos que a democracia enfrenta e os motivos de esperança.  A Tertúlia contou como convidados Miguel Santos, poeta e escritor e Joana Martins, artesã e ativista dos direitos das mulheres.

Rui Ferrão, o candidato do BE-Madeira às europeias, moderou a sessão e introduziu o problema nos seguintes termos:

Democracia está em perigo, governos autoritários têm subido ao poder  (na Venezuela, Turquia, Brasil, EUA) e revelam apetência para controlar imprensa e poder judicial - os alicerces duma sociedade livre e plural. 
Na UE isso também acontece  a extrema-direita ganha força, são dez os Governos com participação da extrema-direita e nada se faz, nas instituições europeias perante os ataques aos direitos e liberdades

A falhada integração europeia tornou-se ela própria uma ameaça para a democracia e os direitos que a compõem. Integração falhada, porque orientada só para o mercado, o que era um meio (o mercado único) tornou-se o fim em si. O Fim original perdeu-se de vista – a cooperação, a Paz e a coesão.

É preciso recuperar a democracia na UE, os povos da Europa devem recuperar a soberania. As suas escolhas, a vontade popular, têm de prevalecer sobre os interesses dos mercados (dos ricos)  

A ameaça de sanções e a ingerência são exemplos da pouca democracia  da UE. A regra é a lei do mais forte, as regras orçamentais (que se aplicam apenas aos países pequenos, pois a França é a França), a pressão para privatizar ou concessionar  os cortes nos serviços públicos, a flexibilização (para desproteger) as relações de trabalho, anulam as nossas escolhas. Traduzem a  submissão de uma agenda ideológica ultraliberal nunca sufragada.

Nas privatizações e concessões não é a eficiência económica que está em causa, é uma transferência de poder dos governos eleitos para as mãos de privados. 
A superioridade da gestão privada é uma mentira! Veja-se os casos dos CTT, da PT, das ligações aéreas (a liberalização trouxe melhorias? NÂO!) Veja-se os escândalos da banca  privada.

Quando tudo for privatizado os governos nada mandam, as eleições para nada servirão e Democracia estará morta!

Os cortes de salários e benefícios sociais, para salvar os bancos; a desregulação das relações de trabalho, para aumentar os lucros, além de um ataque à democracia, são um empobrecimento da maioria da população e a concentração da riqueza nas mãos de cada vez menos.

Precisamos de mais democracia, não de menos, mais respeito pela vontade popular, menos submissão aos interesses dos ricos e poderosos. Mais e melhores mecanismos de controlo dos cidadãos sobre as decisões dos eleitos. Há bons exemplos, há razoes para termos esperança, a Islândia que preferiu salvar os empregos em vez de salvar os bancos.

As eleições europeias são muito importantes, a Europa pode parecer distante, mas as suas diretivas determinam as nossas vidas. Importa eleger mais eurodeputados (do Bloco de Esquerda) que defendam os interesses de todos, de quem vive do trabalho e não os que defendem o Bloco central dos grandes interesses económicos instalados – PS, PSD e CDS.

BE

2 comentários:

Anónimo disse...

Olha a filha da Guida a falar de democracia. Mas ela não tinha-se demitido do partido?! Há coisas que não mudam. O saco de veneno enfiou a faca nas costas do Almadinha, que estava a levantar um partido que tinha obtido resultados que nem o Paulo Martins conseguiu, colocando lá o fantoche, também conhecido como trafulha das viagens, que voltou a entregar o poder à família Martins e a transformar aquilo na quinta privada da Guida e da filhota.

Anónimo disse...

Vai à Venezuela leva o Paulino e ve o tipo de Democracia que lá está a Democracia do Maduro do Partido que Voçes apoiaram.Rua com está gente da Assembleia.