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quarta-feira, 17 de abril de 2019


MP abre inquérito
a desastre no Caniço



Desta vez não há uma semana de 'engonhanço'



Não há nada de extraordinário na decisão do Ministério Público de abrir um inquérito para averiguar os contornos do acidente que causou 29 mortos e 27 feridos no Caniço de Baixo, por causa da queda de uma camioneta de turismo (números às 23 horas de quarta-feira). Trata-se de proceder à recolha de prova, segundo explicou à Lusa a magistrada coordenadora na comarca.
É uma medida intuitiva, quase automática, julgamos nós. E o MP agiu com a celeridade necessária.

Não podemos porém analisar esta decisão sem recordar que, depois dos 13 mortos no Monte num arraial também trágico, tivemos a mesma entidade - o MP - estranhamente alheia ao sucedido durante nada menos de uma semana! E não podemos esquecer sobretudo porque uma outra entidade, a Câmara do Funchal, esta suspeita de envolvimento na origem da queda da árvore, teve alguns dias para revolver, remover ou  fazer o que quisesse com as provas que ficaram no Largo da Fonte. Sem que sequer fossem dadas instruções à PSP para montar um cordão de segurança ao local do sinistro!
Verdadeira bandalheira, o comportamento do MP nesse caso do Monte.
Aliás, a comédia não se ficou por aí: quando o principal edil da Câmara suspeita foi interrogado na Justiça, respondeu a várias dezenas de perguntas como se tivesse comido uma arroba de queijo. Pela segunda vez, a Justiça era gozada enquanto várias famílias choravam os seus mortos. 
Devemos tolerar aquele procedimento abandalhado (primeiro) e dócil (depois) do MP só porque as vítimas mortais e os feridos no Monte eram madeirenses ao passo que os do autocarro de turismo de hoje são alemães? Ou estaremos a revelar complexo de perseguição?
Questionar certas posturas judiciais agita o espantalho do aproveitamento político, utilizado para calar as críticas, e isso deixa-me preocupado...
A verdade é que este inquérito aberto ao desastre do Caniço, com toda a oportunidade, veio avivar memórias negras do passado recente da Madeira. Que ainda mexem com a gente.

Dirigimos as nossas condolências às famílias das vítimas do autocarro e melhoras aos feridos. E dirigimos uma palavra de aplauso aos membros das corporações de socorro que tão abnegadamente se aplicaram nos trabalhos de resgate no Caniço, bem como aos autarcas e governantes que andaram no terreno, e ainda à população do Caniço, que pela proximidade muito está a sofrer com o sinistro. 

PS - Não percebi muito bem a reversão de Marcelo Rebelo de Sousa no caso do Caniço. Primeiro, bradou que viajaria num aparelho da FA para vir à Madeira. Logo depois, afirmou que os aviões vinham à Ilha buscar feridos, e que a prioridade era essa, pelo que ficava quieto em Lisboa. Pergunto: o homem não podia vir num avião desses (vazio) e depois regressar à capital num avião comercial? Palavra que não entendo. Mas deixem ficar. Ele só viria atrapalhar. 

15 comentários:

Anónimo disse...

Por esta exposição de Luís Calisto fica provado por A mais B, que o MP tem dualidade de critérios. É forte com os fracos, e fraco com os fortes! Se fosse algum autarca ou governante envolvido no acidente do Caniço, o MP assobiava para o lado, como ficou provado na tragédia do Monte que matou 13 pessoas e feriu 51!

Anónimo disse...

O Professor Marcelo não veio não foi certamente por causa do avião, pois como bem está referido o avião vem vazio para a Madeira.
O que parece é que não tinha os políticos para o protocolo - o representante da república e o presidente do GR que estão de férias.
E, se calhar, o Vice também iria....

Anónimo disse...

A atuação do MP no caso do Monte foi criminosa e o procurador da Republica da altura devia levar com um processo disciplinar e expulso do MP. Uma coisa só vista em Africa profunda, mas os corvos protegem-se bem uns aos outros.

Anónimo disse...

Nunca vi nada igual, nem nos EUA, nem na Europa. Quando há um acidente desta natureza, quem fala é o corpo clinico do Hospital e não a administração do serviço. A Tomásia parecia aqueles comissários do tempo da URSS a filtrar e acompanhar o clínico, não fosse ele brilhar mais que ela. Mas pronto somos uma terra atrasada e fora dos padrões europeus!

Anónimo disse...

O MP está de parabéns , depois da pouca vergonha do Monte , finalmente resolve agir a tempo , também de registar que o ausente mentiroso do funchal o tal que não se preocupou com os mortos do monte , agora na campanha está preocupado com os do Autocarro . Sem vergonha

Anónimo disse...

Por onde anda o Albuquerque que não regressou de imediato a Madeira.
Grande Filipe Sousa és o Maior.

Anónimo disse...

O Marcelo não veio pela simples razão de saber que quem o receberia seria o miúdo de Santa Cruz e como ele não "passa cartão" a exbicionistas ........

Anónimo disse...

o pequeno de santa cruz é o culpado já deveria ter feito um muro quando requalificou a estrada

o ministério publico vai ir atrás dele

Anónimo disse...

Ó das 15.15
O Marcelo não veio porque a Ilha estava abandonada e apenas por cá estava o CABO de Serviço ou seja o Calado. E como ele não ligava a este tipo de subordinados então não veio e adiou a viagem para amanha na esperança de ter por cá a o receber o Albuquerque.
Será que o Albuquerque estará cá amanha? Duvido como pessoa irresponsável que é.... pois ontem ele deveria ter regressado estivesse onde estivesse teria de regressar no primeiro avião. Com isso mostrou e veio a tona aquilo que realmente é.
Por aqui demonstrou que sem o CABO CALADO este governo seria menos do que zero pois é o mesmo Calado que vai aguentando esta nau até Setembro.

Anónimo disse...

Goste-se ou não, o "pequeno de Santa Cruz" esteve lá e deu a cara como um eleito para um cargo de governação responsável. Atrapalhou? Não sei, mas informou a população.
Não me faz confusão autarca x ou y estarem nas ocorrências, exibicionismos à parte. Como a ausência de Albuquerque também não é dramática.
Agora a aura de mistério fomentada pela Quinta Vigia sobre a localização e a incerteza do regresso do presidente do governo regional é de uma irresponsabilidade atroz.

Anónimo disse...

O MP fez o que tinha a fazer, não copiando a actuação na tragédia do Monte onde não fez o que tinha a fazer.

Anónimo disse...

Concordo com o anónimo das 10:44.

Anónimo disse...

Ó das 20.06,
Estou de acordo com a análise à ausência de Albuquerque.
O grave não é a ausência. O grave é o gabinete da presidência não ter logo explicado a ausência do presidente, que se encontrava em pleno voo e ainda não tinha sido possível o contacto, e que se deslocara de férias com a família ao Dubai.
Mas este governo já demonstrou que tem uma enorme incapacidade e total ineficiência em comunicar. Que raio, com tanto assessor não há ninguém com dois dedos de testa? Ou também estavam todos de férias? Não há ninguém que consiga explicar uma coisa simples, e que na ausência do presidente existe uma hierarquia a respeitar, passando o vice-presidente a representar o governo? É assim tão difícil explicar uma coisa tão simples?
É por estas azelhices que depois se levanta todo o coro de populaça farebookiana, que por aqui também tem os seus representantes.
E depois, o vice também não se preocupou em esclarecer. Ele lá terá as suas motivações. Mas também por isso, não ficou bem na fotografia.
Mas continuo a bater na mesma tecla. Naquela Quinta da Vigia não há ninguém que perceba um mínimo de comunicação? De vulgar prática política? Ninguém que tenha um mínimo de bom senso?
Que azelhas.

Anónimo disse...

Ó das 13.05
Isso foi mais uma falha e demonstrador da incompetência do Regeiras que não tem dom profissional para o cargo apenas escreve umas baboseiras no jornal afeto ao governo. demissão já.

Anónimo disse...

uns que quiseram ter holofotes e não conseguiram foi o careca da camara e a lebre do norte

devido a isso ficam preocupados com a ausência do Albuquerque, esquecendo-se da ausência do careca quando o incendio da insular