Problema das listas de espera
Mário Pereira (CDS) critica opções de Cafofo
e nega necessidade de um novo hospital
O CDS evocou o trabalho que tem realizado na saúde, na última década, para dizer que a Madeira "não precisa de um novo hospital para resolver as listas de espera", mas sim rentabilizar as 11 salas que existem no Bloco Operatório do Hospital Dr. Nélio Mendonça. "Na prática", explicou este sábado o deputado do CDS, Mário Pereira, "o SESARAM só utiliza sete das 11 salas do bloco operatório, porque faltam anestesistas e enfermeiros".
Um problema agravado pelas decisões tomadas pelos sucessivos governos regionais do PSD por via de "uma política de saúde que não serve os madeirenses e tem feito aumentar as listas de espera todos os dias", observa o deputado- médico, criticando também a opção apresentada pelo candidato do Paulo Cafôfo. "Não compreendemos a ideia do PS, de comprar mais instalações", refere Mário Pereira. "O que é preciso é utilizar melhor as instalações que já existem. O CDS já estuda estes assuntos há muito tempo e tem um conjunto de propostas na Assembleia para ajudar a resolver as listas de espera".
De acordo com o deputado, "as soluções são mais simples do que possam parecer", avançando com algumas ideias: "Precisamos de contratar mais anestesistas, mais enfermeiros e aumentar em 25% a produtividade do Bloco Operatório, o que representaria mais 3.000 cirurgias por ano dentro da instituição SESARAM. Para além disto, é preciso reservar uma verba de 15 milhões de euros para realizar cirurgias adicionais nas diferentes clínicas privadas na Madeira e no continente, traduzindo-se em mais 10.000 cirurgias por ano".
Mário Pereira diz que as listas de espera "aumentam porque a política de saúde do PSD está esgotada", mas também não é solução a alternativa apresentada pelo candidato socialista, Paulo Cafôfo, de comprar um hospital privado quando já está em fase de arranque a construção do novo hospital central da Madeira. "O PS, em vez de contratar mais profissionais, propõe comprar mais salas operatórias, não é preciso", critica, para acrescentar, apontando para o Hospital Dr. Nélio Mendonça, onde se encontrou com a comunicação social. "Temos atrás de nós 11 salas operatórias, mas na prática só funcionam sete. Não compreendemos a proposta do candidato socialista de propor mais obras e mais betão quando do que precisamos é de profissionais e mais qualidade no serviço de saúde".
Questionado sobre o valor do investimento financeiro necessário para colocar em prática o plano do CDS, Mário Pereira esclareceu que o preço das cirurgias tem uma tabela regulada por portaria, sendo o preço médio na ordem dos 1.200 euros, e que o Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (CIGIC) funciona no continente há mais de 15 anos e quando o setor público não responde os doentes são enviados para o privado. Mário Pereira acredita que com as propostas do CDS, "em dois anos teríamos o problema das listas de espera estabilizado e em quatro anos uma redução do tempo de espera para valores clinicamente aceitáveis", conclui.
CDS
2 comentários:
Dr Mário força combata a estupidez do Cafofo de comprar um hospital privado com um lucro estrondoso em 15 dias para accionistas privados e deve-se sim rentabilizar o que já temos, força CDS
Será que o Dr Pereira também vai beneficiar desses 15 milhões, operando na privada?
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