Powered By Blogger

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020



A RÁDIO CHEGA PRIMEIRO




Os últimos tempos tempos têm sido proveitosos para o Centro Regional da RTP. Depois de anos de luta, parece que vem aí um carro de exteriores novo; a solução para alguns trabalhadores a recibo verde; e a digitalização dos cavernosos sistemas de continuidade e régie. 
O anterior presidente do CA, que sabia tanto de televisão como de alcatrão para estradas, achava que não devia contemplar no orçamento para inovação tecnológica os centros de produção esquecidos nos "calhaus do Atlântico" - expressão dele, o sr. Almerindo. 

Este presidente actual, o Gonçalo, pretendendo segurar-se num poleiro que dá pé-de-meia para o resto da vida, vai satisfazendo as reivindicações regionais para evitar mau ambiente que chegue aos ouvidos do Sarja Costa.
Inclusive, este Gonçalo Reis acaba de vir até este "calhau" tratar de serenar as águas, porque o PCP-Madeira não pára de levantar as lebres.
Pois vêm essas dádivas todas para o nosso Centro, porque os profissionais da casa precisam de meios como os de lá precisam. Convém saber que o facto de a emissão sair aqui sempre direitinha, parecendo que a situação está regularizada, não se deve aos equipamentos do tempo da tia Maria Cachucha da Levada do Cavalo, mas única e exclusivamente à competência dos técnicos e seus companheiros de trabalho que felizmente continuamos a ter. Com o contrapeso - vejam lá - de terem de fazer o seu serviço quase sempre com um atrapalho ao lado, o meu Amigo Miguel Cunha. É do adn. O Miguel tem de se meter em tudo. E agora até encomendou um brinquedo para o gabinete que lhe permite mandar peças para o ar durante o TJ, mesmo aquelas que ainda não estão montadas - que milagre!
O meu Amigo Miguel não sabe para que lado se virar, com tanta azáfama. Ainda agora meteu-se a uns aturados estudos para descobrir como resolver mais um problema, não da aquisição de viaturas, mas sobre quem tem direito a viajar no banco da frente das viaturas da casa.
É que lá de quando em vez havia uns desentendimentos entre o jornalista da RDP e o da RTP sobre o lugar de cada um no carro, nas viagens feitas em conjunto para poupança de meios. 
Pelos vistos, toda a gente quer ir à frente ao lado do condutor, para ver melhor a paisagem - ao contrário dos políticos que preferem a discrição do banco de trás.
O jornalista da RTP chegava ao carro e via o banco da frente já ocupado por um colega da rádio, mesmo ainda estagiário. Ou então o homem da rádio chegava e via o colega da TV cheio de estatuto ao lado do condutor e com o braço repimpado na janela, cotovelo de fora.
Chegou aos ouvidos do Miguel que as coisas por vezes azedavam. 
Depois de reflexão, eis a nota interna enviada aos chefes de departamento: "Existindo recorrentemente conflitos por causa de quem se senta no banco da frente das viaturas..."
E passa-se à decisão, avisando que "passa a ser norma da empresa" que o profissional da rádio fique com o lugar no banco da frente. 

Um antigo companheiro meu do Centro Regional, a quem perguntei se esta luminosa decisão era verdade e vinha mesmo do incompreendido Miguel, disse-me que a assinatura da "norma da empresa" é mesmo dele, Miguel. 
Esse meu ex-companheiro aproveitou para criticar o grande chefe: a ordem de empresa carece de uma especificação que evite novos focos de instabilidade na produção da rádio e da TV. Quem é que deve entrar primeiro na viatura? O da rádio ou o da TV? E depois à saída como é? Saem de turbilhão? O que entrou primeiro sai agora em segundo?
Há outro problema aflorado pelo meu ex-companheiro do Centro. Diz ele que chefe Miguel podia fazer a coisa proporcionando a rotatividade: um mês cabe aos elementos da rádio sentar-se à frente, no outro mês cabe aos da televisão. 
Contrapus: mas vamos deixar cair a tradição de que a rádio chega sempre primeiro, como parece ter sido a ideia de Miguel?
Resposta muito pronta do amigo: "Então não nos venham chatear porque a CMTV dá primeiro."
O relativismo das coisas é muito bonito mas tem disto. 
Em todo o caso, pelo menos há-de respirar-se uma atmosfera de menos conflitualidade no parque de viaturas lá de cima. Miguel é bem claro na norma da empresa (que deverá dar brado quando for aplicada aos profissionais em Lisboa). A última linha da dita norma diz que o chefe espera "deixar de ouvir esta queixa". 
E ponto final no assunto. As alarvidades seguem dentro de momentos.

9 comentários:

Anónimo disse...

Que serve ter equipamentos novos, se os conteúdos são sempre para agradar ao regime e sua oligarquia? Não nos esqueçamos que Miguel Cunha é um pau madado dos Sousas. Luís Miguel de Sousa adquirir 77% do capital social do Diário de Notícias. Na RTP/Sousas manda sem meter um tostão. Quando é que eu vou poder deixar de pagar uma taxa do audiovissual na conta da luz para órgãos de comunicação social controlados pelos DDT?

Anónimo disse...

Sugestão:
Porque não resolver o problema (questão de quem deve ocupar o lugar da frente)recorrendo a "moeda ao ar" à semelhança do que se passa no dito "ponta pé de saída" no futebol? Neste caso o ideal seria o motorista ter a experiência de árbitro no lançamento de "moeda ao ar" depois de cada um ter escolhido "cara ou coroa". Certamente que este critério seria o aplicado se o Chefe estivesse ligado ao mundo do ⚽⚽

Anónimo disse...

Ao que chegámos e a quem estamos entregues...
E somos obrigados a pagar!

Anónimo disse...

E se fosse à vez?
Assim não brigavam.

Anónimo disse...

Sentar à frente ou atrás, isto é assunto de umas quantas linhas, é patético, mais patético ainda é dois adultos se irritarem um com o outro por um lugar!!!Não é de admirar esta mesquinhice, tendo em conta o estilo de perguntas idiotas, manipuladoras que se fazem nas reportagens de exterior....

Anónimo disse...

Quando um pseudo director chega a este expediente está tudo dito sobre a inutilidade do cargo que exerce. Em vez de estar a trabalhar na RTP, deveria estar no Porto Santo a representar os Sousas nos seus negócios monopolistas!

Amsf disse...

E que tal dispensar o motorista? Assim iam os dois à frente...

Anónimo disse...

Falta contar as queixinhas, só ele sabe tudo menos de televisão. Tragam areia para o lampião. Hahaha

Anónimo disse...

Ou faziam moeda ao ar, ou o mais velho ía à frente.