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sábado, 12 de maio de 2012

FESTA MARITIMISTA NESTE SÁBADO




De um plantel pouco afamado, emergiram jogadores que fascinaram e fizeram da equipa do Marítimo a estrela.



Se adivinhássemos então o perfume desta temporada verde-rubra de 2011-12, ainda ecoariam hoje, 35 anos depois, os soluços de comoção e alegria daquele 15 de Maio de 1977, o da primeira subida

A criatividade futebolística de Pedro Martins recuperou adeptos e devolveu ânimo à bancada.

No final de uma temporada plena de bons resultados e futebol de superior qualidade, mau grado a sangria sofrida pelo plantel, o Marítimo despede-se do campeonato este sábado nos Barreiros, em ambiente de festa rija. O estilo de jogo vistosamente filigranado mas de objectividade tremenda, com aquele irresistível perfume de Barça, resultou numa impensável participação europeia para o próximo ano desportivo.
A equipa verde-rubra surpreendeu adeptos e adversários semana após semana, repetindo e reforçando a carreira vitoriosa que se julgava 'sol de pouca dura' - principalmente nas semanas em que as contingências do futebol obrigavam a preocupantes mexidas no 'xadrez'. Saisse quem saisse, entrasse quem entrasse, a qualidade em campo teimava na cotação alta. O que prova mais uma vez que o futebol, quando trabalhado com seriedade, encarado como arte desportiva e interpretado com a emoção de uma camisola mítica, produz efeitos de encantar, resultados compensadores e galvanização da plateia.



 
O presidente Carlos Pereira tem
razões de sobra para festejar.

O futebol é prenhe de acasos, mas os acasos bons dão muito trabalho e exigem competência com rigor. Se houve lucidez na escolha de Pedro Martins para chefiar a brigada verde-rubra num campeonato que se anunciava de medonhas dificuldades - recordemos a saída de Djalma e Kléber -, sobreveio depois a mestria do treinador. Foi ele quem armou a formação de Benas e Danilos para encantar bancadas e ecrans de televisão, ao longo da época.

Faz agora, no dia 15 de Maio, 35 anos que o Marítimo ganhou direito à estreia na I Divisão do futebol português, numa tarde recordada com saudades da maior enchente de sempre no 'Caldeirão' e dos quatro golos infligidos ao Olhanense. Dia de festa, de futebol, unidade verde-encarnada, vibração clubística de mais de 20 mil adeptos, e rios de lágrimas de alegria... mas também de incerteza pelo que poderia fazer um clube insular na alta roda dos Benficas, Portos, Sportings, Bragas.
Muitas surpresas reservava o futuro à massa associativa do Marítimo e aos intérpretes daquela época, dentro e fora de campo. Tal como na sociedade madeirense, e originadas por forças exteriores à família verde-encarnada, persistem dores por debelar, feridas por cicatrizar. E muito maritimismo por se libertar e mobilizar a Região inteira.

A prova realizada pelo Marítimo 2011-12, com epílogo neste sábado frente ao Paços de Ferreira, é remédio que a todos alivia.
Parabéns aos 'maravilhas' de hoje. Os maritimistas agradecem-vos esta bonita página para a História do Clube.


Danilo Dias: a classe, a técnica
a velocidade... e como usar tais
argumentos no arame farpado.

Capitão Briguel, um
dos representantes
do futebol ilhéu.









Festa rija nos Barreiros e arredores


Para celebrar o fim do campeonato e o acesso à Europa, cumpre-se neste sábado a chamada 'Maritimíada 2012', com actividades várias à volta do Marítimo-Paços de Ferreira.
Logo às 9 horas, entram em acção as 'escolinhas', no relvado dos Barreiros. Ao meio-dia, começa o arraial nos arredores, centrado no parque do 'Galinheiro'. Muita música, homenagem às figuras de 1977, acções de solidariedade social, o referido jogo com o Paços (18h30) e mais animação pela tarde acima.
Uma festa verde-rubra à moda antiga que se prevê muitíssimo concorrida.

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