Intervenção PTP - Debate Habitação Social
– Assembleia Municipal Funchal
Raquel Coelho |
Viver numa cidade como o Funchal, não é barato. Recentemente, o Funchal foi considerado o 8º município mais caro para arrendar casa, com um valor médio de 6,74€/m2. O que significa que alugar uma habitação com 100 m2, não custa menos de 600 euros.
Por outro lado, os imóveis nos quais vivemos valem muito mais do que há 5 anos atrás. O que significa que cada vez é mais difícil comprar uma casa.
A se prolongar esta tendência, do mercado imobiliário, temo que as barracas e os casebres de zinco voltem em força na Madeira. Até porque existe uma grande fatia da população a viver com pouco mais de 600 euros por mês.
Se a classe média tem dificuldades em pagar o aluguer ou comprar uma casa e aos poucos e poucos tem sido empurrado para as zonas altas ou para o Caniço. O que farão as pessoas mais pobres da nossa cidade? Ficam confinados a viver em casebres, se não houver uma resposta mais célere e eficaz por parte das entidades públicas.
O título do livro de Henri Lefebvre, Le droit à la ville (O direito à cidade), tornou-se slogan de uma contestação permanente ao rumo que tomam as nossas cidades, que são cada vez mais dos turistas e menos dos locais que acabam empurradas para a periferia.
Não podemos aceitar que este seja “o nosso sair da crise”, a especulação do mercado imobiliário, a prolongar as dificuldades de quem vive do trabalho. A esta altura do campeonato os madeirenses já deveriam ter uma folga da famigerada austeridade e do “apertar do cinto”.
As inúmeras carências da habitação social da nossa cidade, provêm sobretudo do grave problema de subsistência das nossas populações, quando o emprego é escasso e quando a economia não consegue gerar riqueza suficiente, isso reflete-se claramente na detioração da qualidade de vida das populações, que não têm outra alternativa senão recorrer ao Estado e às autarquias para obter habitação condigna.
E esse ciclo que devemos inverter com políticas públicas para o apoio ao arrendamento e com a construção de mais habitação social.
Agora é preciso rigor na gestão das contas públicas e canalizar recursos, para o efeito, não são folhas de jornal, com boa imprensa, paga pelos funchalenses que vão resolver as necessidades de habitação da nossa cidade.
9 comentários:
Esse é o mal. Sobrecarregar a classe média para fazer casas para arrendar a 10 ou 15€ mês aos "pobres" que vivem do rendimento minimo na tasca. E nem isso se pagam. Entretanto, quem trabalha a sério tem de pagar essa vidinha com os impostos. Por mim, se querem casa façam como eu. Trabalhem.
às 18:55 Estou de acordo contigo...alguns devido a dificuldade ate compreendo. Agora existe muitos que não conseguem casa mas no entanto tem altos carros estacionados ao lado. É mais fácil ter credito para um carro do que uma aquisição de uma casa...
O socialismo afastou os engenheiros civis da construção, em consequência afastaram a generalidade dos promotores da edificação, ficou a burocracia e incompetência, e agora construção nova é quase tão complicado consegui-lo como construir um avião com cerca de 12 projetos na actualidade, face aos 3 projetos antes de 2009. Conclusão a habitação não está ao alcance de gente que ganha menos de 1500 euros líquidos é um artigo de luxo, quando devia haver variedade como antes, construir consoante as possibilidades de cada um. Concerteza que a prazo vêem ai os bairros da lata
Ó das 8:16, existir muitos projetos não impede ninguém de fazer casa. São um custo residual no valor final da obra. Ou quer casas sem o mínimo de conforto e segurança? Existem regras a cumprir e neste país se não formos obrigados ninguém as cumpre. Se querem baixar o preço das casas no Funchal, coloquem limites ao número de camas no Alojamento Local, limitem a quantidade de casas nesta atividade por cada contribuinte e vão ver como os valores baixam logo. E para quem acha que isto não deve ser regulado, pergunto se não sabem que o número de camas hoteleiras também é regulado.
Mais uma tipo Rubina que na parte da manhã é Deputada na Assembleia Regional e na parte da tarde é Deputada Municipal e que ao fim do mês é um fartote de sacar dinheiro dos nossos impostos. Nem é necessário mudar de roupa apenas subir uns escassos metros e já está. Felizmente que para Setembro um deles vai acabar e dificilmente irá aterrar na Assembleia Regional.
Que eu saiba Raquel n e modelo n precisa mudar de roupa de hora a hora. Deixem a rapariga em paz gozar seus ultimos meses de glória e fama.
Raquel cada vez mais com as garras de fora. Filha de peixe sabe nadar.
Estamos quase no dia das eleicoes europeias e nao se ve nenhum cartaz com a candidata do Ptp as Europeias Elsa Cravo....como uma mulher se deixa humilhar por tao pouco?
Nem sequer na foto capa facebook do Coelho da Raquel e do Quintino aparece foto da Elsa Cravo candidata as Europeias. Triste o que estao fazendo à senhora Elsa Cravo.
O meu voto e da minha família será para a Drª Raquel Coelho, que em conjunto com o deputado Gil Canha são os únicos que combatem a "máfia no bom sentido" que andam a parasitar os nossos impostos há mais de 30 anos!
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