Conferência “Ouvir a
Madeira, um problema, uma solução”
Desporto: despesa ou investimento?
“O desporto para o CDS não é uma questão menor que serve
para alienar o povo com futebol profissional aos fins de semana”, declarou José
Manuel Rodrigues, presidente do Conselho Económico e Social do CDS-PP, durante
a 10.ª Conferência organizada por este órgão de consulta do partido,
subordinada ao tema “Desporto, despesa ou investimento?”.
A conferência contou com o professor universitário Jorge
Soares, Policarpo Gouveia, presidente da Associação de Atletismo da Madeira, e
Pedro Araújo, presidente do CD Carvalheiro, debate moderado por Luís Miguel
Rosa, o advogado que também é comentador desportivo. “Tudo gente que sabe de
desporto”, sintetizou José Manuel Rodrigues, congratulando-se com o facto de as
conferências que ele próprio tem coordenado estarem a atrair “pessoas
independentes de grande valia e competência técnica e científica”, o que irá
contribuir para que o CDS “apresente um programa de governo capaz de merecer a
confiança dos madeirenses e porto-santenses”.
“Para nós”, referiu o deputado e dirigente do CDS, “o
Desporto, nas suas diversas vertentes, deve ser um poderoso instrumento de
desenvolvimento social. É obvio que o desporto-espetáculo é incontornável, mas
numa terra com parcos recursos temos que saber como gastamos, ou melhor, como
investimos, e que retorno económico e social temos da aposta no desporto”.
Num olhar ao atual estado dos clubes, José Manuel Rodrigues
disse que “já estivemos melhor ao nível do futebol profissional em termos de
resultados”, lembrando que os clubes “desempenham um papel preponderante na
chamada dos jovens à prática desportiva, muitas vezes substituindo-se à Região
em tarefas de educação e de formação da competência do governo, o mesmo se diga
dos clubes que nos regionais têm excelentes escolas de formação”.
A questão do sempre polémico apoio estatal ao desporto,
merece a seguinte leitura de José Manuel Rodrigues: “O apoio aos clubes e às
associações em função dos resultados obtidos nas Ligas e Campeonatos deve ser o
caminho a percorrer, sabendo nós que a cada 4 anos esses apoios devem ser
ajustados em função das mudanças que vão ocorrendo”, explicou, para
concretizar: “O mesmo se deve aplicar às Associações das diversas modalidades,
sendo que aqui são importantes outros critérios como o número de atletas, as
suas qualidades e metas, as competições que organizam e a dinamização económica
e social que geram e a projeção que essas provas dão à Madeira e ao Porto Santo”.
Do desporto federado para o “desporto para todos”. O presidente do Conselho Económico e Social
diz que esta área tem que ser “melhor trabalhada”, com preços acessível aos
orçamentos familiares, uma requalificação dos equipamentos existentes e uma
aposta maior no desporto marítimo-náutico. “É possível ir mais longe”, acredita
o dirigente político. “O desporto, o exercício físico, não pode ser mais visto
como uma coisa de crianças e jovens que se inicia na escola com a Educação
Física e termina quando se conclui o ensino superior ou se entra no mercado de
trabalho. O Desporto pode e deve ser para toda a vida e com o envelhecimento da
população e todos os problemas de saúde e de isolamento que traz, pode e deve
ser um elemento de prevenção de doenças e de integração social”.
José Manuel Rodrigues vê no desporto parte da solução para
travar a elevada taxa de abandono escolar que a Madeira regista. “Numa terra em
que mais de 20 por cento dos nossos jovens abandona o ensino sem completar a
escolaridade obrigatória, o deporto pode ser um dos elementos para tornar a
escola mais apelativa e mais dirigida aos interesses dos alunos”, preconizou. “É
por isso que os clubes-escola e a competição entre estabelecimentos de ensino
ao longo do ano pode e deve ser estimulada. Assim como o desporto tem que ser
um fator de integração social, combatendo os guetos que existem na nossa
sociedade, em que 31 por cento dos nossos conterrâneos estão em risco de
pobreza. O ressurgimento dos clubes de sítio, muitos deles inativos, em que a
par do desporto se ensinava música, teatro, dança e se convivia é um caminho a
percorrer, bem como a criação de outras associações em bairros sociais que se
constituem como autênticas ilhas de exclusão, em particular nas nossas cidades.
O Desporto deve ser para todos e através dele podemos
melhorar a Vida daqueles que ficaram nas margens e na periferia do
desenvolvimento na nossa terra”, conclui.
CDS
7 comentários:
Este senhor passou o dia todo na “desportiva” a almoçar e nos cafés com o Iglésias. E para sobremesa o Rui Barreto já admite coligação à direita e à esquerda. Será que estava a falar do lugar na mesa com o chefe de gabinete da Câmara e líder da campanha do Cafôfo? Qualquer tabuleiro serve a este centro da decisão para atacar o poder
Este tipo de prostituição pode levar a quase extinção do CDS, então os madeirenses vão dar uma ensinadela a apoiantes de cubanos. Serão reduzidos a 1 ou 2 deputados. Vergonha
abram os olhos Venezuelanos estes do cds querem coligação com as forças de esquerda e extrema esquerda
Bola, bola, bola. É tudo à volta da m#%$a da bola. Numa ilha como esta temos é que gastar mais dinheiro com os desportos náuticos e "verdes", não é andar a gastar milhões na bola e o resto a sobreviver como tristes.
Vai sendo tempo de JMR se afastar e dar lugar (deixar de fazer sombra) a quem lhe segue.
Foi á lavandaria passar-se a ferro?
22.26
Está a se preparar para ser o próximo Presidente da Assembleia Regional da Madeira. Com o meu voto não te aguentas na bengala.
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