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quinta-feira, 6 de junho de 2019

CDS reflecte



Conferência “Ouvir a Madeira, um problema, uma solução”


Desporto: despesa ou investimento?



“O desporto para o CDS não é uma questão menor que serve para alienar o povo com futebol profissional aos fins de semana”, declarou José Manuel Rodrigues, presidente do Conselho Económico e Social do CDS-PP, durante a 10.ª Conferência organizada por este órgão de consulta do partido, subordinada ao tema “Desporto, despesa ou investimento?”.

A conferência contou com o professor universitário Jorge Soares, Policarpo Gouveia, presidente da Associação de Atletismo da Madeira, e Pedro Araújo, presidente do CD Carvalheiro, debate moderado por Luís Miguel Rosa, o advogado que também é comentador desportivo. “Tudo gente que sabe de desporto”, sintetizou José Manuel Rodrigues, congratulando-se com o facto de as conferências que ele próprio tem coordenado estarem a atrair “pessoas independentes de grande valia e competência técnica e científica”, o que irá contribuir para que o CDS “apresente um programa de governo capaz de merecer a confiança dos madeirenses e porto-santenses”.

“Para nós”, referiu o deputado e dirigente do CDS, “o Desporto, nas suas diversas vertentes, deve ser um poderoso instrumento de desenvolvimento social. É obvio que o desporto-espetáculo é incontornável, mas numa terra com parcos recursos temos que saber como gastamos, ou melhor, como investimos, e que retorno económico e social temos da aposta no desporto”.

Num olhar ao atual estado dos clubes, José Manuel Rodrigues disse que “já estivemos melhor ao nível do futebol profissional em termos de resultados”, lembrando que os clubes “desempenham um papel preponderante na chamada dos jovens à prática desportiva, muitas vezes substituindo-se à Região em tarefas de educação e de formação da competência do governo, o mesmo se diga dos clubes que nos regionais têm excelentes escolas de formação”.

A questão do sempre polémico apoio estatal ao desporto, merece a seguinte leitura de José Manuel Rodrigues: “O apoio aos clubes e às associações em função dos resultados obtidos nas Ligas e Campeonatos deve ser o caminho a percorrer, sabendo nós que a cada 4 anos esses apoios devem ser ajustados em função das mudanças que vão ocorrendo”, explicou, para concretizar: “O mesmo se deve aplicar às Associações das diversas modalidades, sendo que aqui são importantes outros critérios como o número de atletas, as suas qualidades e metas, as competições que organizam e a dinamização económica e social que geram e a projeção que essas provas dão à Madeira e ao Porto Santo”.
Do desporto federado para o “desporto para todos”.  O presidente do Conselho Económico e Social diz que esta área tem que ser “melhor trabalhada”, com preços acessível aos orçamentos familiares, uma requalificação dos equipamentos existentes e uma aposta maior no desporto marítimo-náutico. “É possível ir mais longe”, acredita o dirigente político. “O desporto, o exercício físico, não pode ser mais visto como uma coisa de crianças e jovens que se inicia na escola com a Educação Física e termina quando se conclui o ensino superior ou se entra no mercado de trabalho. O Desporto pode e deve ser para toda a vida e com o envelhecimento da população e todos os problemas de saúde e de isolamento que traz, pode e deve ser um elemento de prevenção de doenças e de integração social”.

José Manuel Rodrigues vê no desporto parte da solução para travar a elevada taxa de abandono escolar que a Madeira regista. “Numa terra em que mais de 20 por cento dos nossos jovens abandona o ensino sem completar a escolaridade obrigatória, o deporto pode ser um dos elementos para tornar a escola mais apelativa e mais dirigida aos interesses dos alunos”, preconizou. “É por isso que os clubes-escola e a competição entre estabelecimentos de ensino ao longo do ano pode e deve ser estimulada. Assim como o desporto tem que ser um fator de integração social, combatendo os guetos que existem na nossa sociedade, em que 31 por cento dos nossos conterrâneos estão em risco de pobreza. O ressurgimento dos clubes de sítio, muitos deles inativos, em que a par do desporto se ensinava música, teatro, dança e se convivia é um caminho a percorrer, bem como a criação de outras associações em bairros sociais que se constituem como autênticas ilhas de exclusão, em particular nas nossas cidades.
O Desporto deve ser para todos e através dele podemos melhorar a Vida daqueles que ficaram nas margens e na periferia do desenvolvimento na nossa terra”, conclui.


CDS

7 comentários:

Anónimo disse...

Este senhor passou o dia todo na “desportiva” a almoçar e nos cafés com o Iglésias. E para sobremesa o Rui Barreto já admite coligação à direita e à esquerda. Será que estava a falar do lugar na mesa com o chefe de gabinete da Câmara e líder da campanha do Cafôfo? Qualquer tabuleiro serve a este centro da decisão para atacar o poder

Anónimo disse...

Este tipo de prostituição pode levar a quase extinção do CDS, então os madeirenses vão dar uma ensinadela a apoiantes de cubanos. Serão reduzidos a 1 ou 2 deputados. Vergonha

Anónimo disse...

abram os olhos Venezuelanos estes do cds querem coligação com as forças de esquerda e extrema esquerda

João Sousa disse...

Bola, bola, bola. É tudo à volta da m#%$a da bola. Numa ilha como esta temos é que gastar mais dinheiro com os desportos náuticos e "verdes", não é andar a gastar milhões na bola e o resto a sobreviver como tristes.

Anónimo disse...

Vai sendo tempo de JMR se afastar e dar lugar (deixar de fazer sombra) a quem lhe segue.

Anónimo disse...

Foi á lavandaria passar-se a ferro?

Anónimo disse...

22.26
Está a se preparar para ser o próximo Presidente da Assembleia Regional da Madeira. Com o meu voto não te aguentas na bengala.