À tardinha, o mesmo panorama da manhã: uma imagem
em negativo dos sábados antigos. O frio cortante ajudou a "secar"
as caixas registadoras. Foto obtida às 18.30 de hoje.
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No que diz respeito à baixa do Funchal, o sábado terminou como começou: um deserto apenas importunado por fantasmas comerciais em "obras de remodelação". Gente, nenhuma. As esplanadas centrais apresentavam-se desertas e dentro dos cafés os empregados viam futebol nas pantalhas gigantes. O "Aida" repousava na Pontinha, sem desta vez ter ajudado a mexer o comércio da capital. O cais, outrora apinhado de gente, ao sábado e ao domingo, com cones de tremoços e amendoim -torrado no castiço carrinho de bolos de onde se soltava o silvo que o fumo fazia ao sair da minúscula chaminé - o cais estava sem vivalma. O que também se explicava pelo frio que fazia.
O "Aida" zarpou às sete da tarde. O comércio não deu pelo bonito paquete de cruzeiros. |
Por essa mesma hora, regurgitavam os centros comerciais de visitantes - que não de fregueses compradores, já que nas lojas, fora os supermercados, a populaça entrava simplesmente para "fazer sala".
Repovoar a baixa do Funchal? Como dizíamos de manhã, só de fantasmas de lojas que deixaram de o ser.
Recuperação económica e do poder de compra? Nem de binóculos alguém a consegue distinguir.
Ou seja, tudo como o povo gosta, já que para isso tem votado. Então, até às próximas eleições, senhores.
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