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terça-feira, 13 de março de 2012

Madeira ao vivo

Récita melhorou

Os trabalhos da primeira sessão da manhã do debate orçamental melhoraram de repente, face aos negros pressentimentos que me assaltaram preliminarmente. Tudo começou com o final do discurso de Ventura Garcês, de uma deprimência de contornos perigosos. Dois pontos fortes ao mesmo tempo: o términus da gaguejada do secretário das Finanças e sequente abandono da sala por sua ex.ª o "rei das Angústias", decisão tomada do alto da superioridade do Único Importante, que não lhe permite ficar a ouvir a oposição, e que veio desanuviar a olhos vistos e tornar mais salutar o ambiente na casa da democracia.
Ficaram algumas caras novas para equilibrar outras já fossilizadas naquele desgraçado hemiciclo. O secretário desatou a tomar notas de perguntas incómodas colocadas por deputados oposicionistas, com destaque para Carlos Pereira, que perguntou objectivamente se o governo se vai demitir, se o orçamento falhar. Saliência sobretudo para Rubina Sequeira, que com a sua mordacidade peculiar silenciou literalmente o desordeiro parlamento; provocou um incómodo vermelhão nas faces do director de Finanças João Machado (estava na bancada do público), por causa de um processo sobre branqueamentos; e estragou o café do intervalo a Ventura Garcês, acusado de mentiroso pela deputada PND.
...Mas Ventura Garcês já está outra vez a debitar respostas e duvida-se que a turma de estudantes há pouco sentada na galeria reservada ao público aguente até ao almoço.

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