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segunda-feira, 5 de março de 2012

NOTÍCIAS DO APOLO

A salário igual, trabalho diferente

Táxis a secar, esta manhã, na Av. do Mar.
Perante a crise em curso, que diminui o volume de venda de serviços, atingindo os transportes mais caros, como será que reagem os profissionais do volante funchalenses? O caso veio à baila ao balcão do café, hoje de manhã. E foi um desses motoristas de praça a explicar: "Trabalhamos mais horas para continuarmos a fazer o mesmo dinheiro."
Auto-flexibilização laboral? Em tempo de guerra, não se limpam armas. Lá os causadores da crise continuam bem refastelados nas suas quintas e em gabinetes de luxo, sem preocupações nenhumas, porque as culpas das suas asneiras são depois atribuídas todas à troika, aos cubanos, ao Sócrates e ao Marquês de Pombal, que planeou com arrepiante frieza o Terramoto de 1755.


Doentes deixam médicos na miséria

Os cortes determinados pela troika nas mensalidades de quem trabalha ou já se aposentou, sem que o quase inexistente governo regional tenha poderes para sequer barafustar, atingem gravemente os serviços da Saúde. Os consultórios médicos esvaziaram-se e, segundo corria esta manhã no café, profissionais há que levam consultas a 40 euros para não passarem recibo.
No panorama desertificado do sector, pontua a Clínica da Sé. As longas filas de doentes nos corredores à espera de vez desapareceram. Médicos de renome tiveram de dispensar outros mais novos que os complementavam no dia-a-dia.
Ninguém tem um chavo para se tratar na medicina privada.
Resultado: avoluma-se cada vez mais a já insuportável afluência de utentes às consultas externas e às urgências do hospital.
Se alguém pedir o nome do responsável pela grave situação, "sua excelência" dirá automaticamente: Platão! E logo emendará: Perdão, Sócrates.


Não se vê, mas aqueles andares da clínica sobre o centro
comercial poderiam ser alugados para festas, de vazios que estão.

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