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sábado, 3 de março de 2012

NOTÍCIAS DO APOLO

Os empregados do antigo Apolo, como de outros cafés da cidade, não enfrentaram os problemas que os sucessores enfrentam hoje. A imagem de Carlos Fotógrafo mostra a boa disposição do sr. Coelho, António, Flor e demais equipa.


Greve geral divide empregados

Esta manhã na "zona das notícias" falou-se na jornada de luta marcada pela CGTP para o dia 22, instalando-se a discussão sobre a postura dos trabalhadores quanto a aderirem ou não à greve.
Um empregado garantia que o emblemático estabelecimento onde trabalha, mesmo no centro, fechará portas nesse dia. "A nossa empresa está equilibrada, paga-nos e não deve nada na praça, mas nós decidimos fazer greve em bloco para mostrarmos unidade", afirmava ele em tom bem audível. "Convém mostrar peso para que [os patrões] não venham de hoje para amanhã experimentar invenções com a gente."
"Nunca vamos admitir o que acontece nos Horários do Funchal, onde não pagam férias nem Natal e os motoristas continuam caladinhos como se isso fosse nornal, em vez de fazerem todos greve e revoltarem a população contra a empresa deles", exaltou-se o mesmo empregado, para arrefecer num instante. "Bem, se eles forem para a greve, a administração convoca chauferes particulares... É esta lei que temos! Mas pelo menos aqui vamos mostrar no dia 22 o que é unidade!"
O pior é que, daí a pouco, outro empregado que ouvira a conversa confidenciou: "Greve o quê?! Os patrões agora têm sempre razão e mandam-nos passear quando querem! Qual greve, já não tenho idade para essas guerras."

Assinar o próprio despedimento

As questões laborais estendiam-se esta manhã a outros pontos da "zona das notícias", à falta de fregueses. Um funcionário insurgiu-se contra uma rede comercial da área da panificação que teria chamado todos os empregados para os fazer assinar um papel de rescisão de vínculo laboral... sem data. A denúncia causou revolta no pequeno grupo à volta do informador. E outra voz se ergueu, depois de uma panorâmica descrita cuidadosamente com os olhos, em nova e cruel acusação: a grande superfície "tal", que pagava até ao dia 27-28, ainda não pagou desta vez. Ordenados em atraso. E os funcionários estão avisados: subsídios de férias e de Natal não há.
Segundo a mesma voz, quem meteu férias em Janeiro e Fevereiro já foi de mãos vazias.
"E é só nesses supermercados?", diz outro empregado. "Aquele hotel lá adiante, o... na Estrada Monumental. Chamaram os trabalhadores e perguntaram: querem manter o posto de trabalho? Então nem falem em subsídios."

A imagem lá fora

Alguém que porventura leia estas linhas no estrangeiro deve estar a pensar: mas então aquela Madeira, tão desenvolvida....
Pois, alcatrão por essas estradas não falta. E cimento armado nos centros cívicos onde ninguém entra também não. É a tal "obra feita" de sua excelência o das Angústias que vai aproveitando o tempo a passear por essas Bruxelas enquanto não é obrigado a passar à bem recheada reforma. A propósito, dizia-se há dias no Apolo: olhem o tipo com uma reforma do Turismo sem nunca lá ter entrado!
Bem, ele nunca advogou e faz-se chamar "dr"... além de que não passou de licenciado.
Enquanto sua excelência se diverte com o nosso dinheiro, os outros contentam-se a trabalhar com o despedimento ameaçador sobre a cabeça e sem "direito aos direitos" mais elementares do cidadão.
É a Madeira Nova!

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