de Raimundo no Funchal
Raimundo prometeu em 93 "pôr o Funchal num brinquinho" e
cumpriu. Daí o seu nome ser agora requisitado pela simpatia
popular, a que se colam dirigentes partidários.
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Os dirigentes mais visíveis do Partido Popular não afastam este cenário, interessados que se dizem numa radical mudança nos destinos da Câmara da capital, só possível com a derrota do PSD, maioritário no governo desde os primórdios do regime democrático.
Raimundo Quintal notabilizou-se como vereador no pelouro do Ambiente quando, como independente, integrou a lista social-democrata de Virgílio Pereira, em 1993.
Obviamente que a entrada de Raimundo na corrida, de novo como independente, bloquearia qualquer tentativa do PS-Madeira, agora chefiado por Victor Freitas, de constituir uma candidatura própria, que só serviria para dividir a área não PSD, com prejuízos elevados para os próprios socialistas, e afinal para resolver um grande problema da maioria laranja.
Mau grado a onda que se forma na cidade a catapultar o seu nome para a ribalta do processo eleitoral já visível no horizonte, o professor e geógrafo que actualmente se dedica à defesa cívica do Ambiente na Região corta tal empreendimento à nascença, dizendo-se indisponível para voltar ao activo autárquico.
Jaime Filipe Ramos
candidato-surpresa
Se, ao contrário do que se prevê para já, Raimundo avançasse com apoio das oposições, muito trabalho haveria de dar à máquina social-democrata na batalha eleitoral. Os "mentideros" da política citadina pegam na memória de rixas antigas para concluir que dificilmente o chefe da Rua dos Netos admitirá, para defender a supremacia laranja na câmara, o actual número 2 de Miguel Albuquerque, Bruno Pereira, filho do rebelde Virgílio.
Perpassa pelos conspiradores da política parlamentar, inclusive, um cenário apresentando Jaime Filipe Ramos no papel de candidato à presidência da Câmara do Funchal, como trampolim para o patamar seguinte que o pai Jaime Ramos ambiciona para o filho: uma futura candidatura à liderança do PSD-M e à presidência do governo regional.
Com as eleições distantes, as contas das candidaturas hão-de multiplicar-se com o tempo. Mas o arranque precoce pode não estar muito incongruente com o que se passará realmente no futuro.
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