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segunda-feira, 5 de março de 2012

POLITICANDO

PP apoiaria candidatura
de Raimundo no Funchal

Raimundo prometeu em 93 "pôr o Funchal num brinquinho" e
cumpriu. Daí o seu nome ser agora requisitado pela simpatia
popular, a que se colam dirigentes partidários.
Corroborando a lógica das vozes funchalenses que sonham com uma candidatura de Raimundo Quintal à presidência da Câmara do Funchal em 2013, subsiste nas hostes do PP-Madeira uma determinação preliminar: caso se confirmasse tal avanço, os populares não apresentariam candidatura própria, pelo contrário, apoiariam a lista liderada pelo antigo vereador.
Os dirigentes mais visíveis do Partido Popular não afastam este cenário, interessados que se dizem numa radical mudança nos destinos da Câmara da capital, só possível com a derrota do PSD, maioritário no governo desde os primórdios do regime democrático.
Raimundo Quintal notabilizou-se como vereador no pelouro do Ambiente quando, como independente, integrou a lista social-democrata de Virgílio Pereira, em 1993.
Obviamente que a entrada de Raimundo na corrida, de novo como independente, bloquearia qualquer tentativa do PS-Madeira, agora chefiado por Victor Freitas, de constituir uma candidatura própria, que só serviria para dividir a área não PSD, com prejuízos elevados para os próprios socialistas, e afinal para resolver um grande problema da maioria laranja.
Mau grado a onda que se forma na cidade a catapultar o seu nome para a ribalta do processo eleitoral já visível no horizonte, o professor e geógrafo que actualmente se dedica à defesa cívica do Ambiente na Região corta tal empreendimento à nascença, dizendo-se indisponível para voltar ao activo autárquico.

Jaime Filipe Ramos
candidato-surpresa

Se, ao contrário do que se prevê para já, Raimundo avançasse com apoio das oposições, muito trabalho haveria de dar à máquina social-democrata na batalha eleitoral. Os "mentideros" da política citadina pegam na memória de rixas antigas para concluir que dificilmente o chefe da Rua dos Netos admitirá, para defender a supremacia laranja na câmara, o actual número 2 de Miguel Albuquerque, Bruno Pereira, filho do rebelde Virgílio.
Perpassa pelos conspiradores da política parlamentar, inclusive, um cenário apresentando Jaime Filipe Ramos no papel de candidato à presidência da Câmara do Funchal, como trampolim para o patamar seguinte que o pai Jaime Ramos ambiciona para o filho: uma futura candidatura à liderança do PSD-M e à presidência do governo regional.
Com as eleições distantes, as contas das candidaturas hão-de multiplicar-se com o tempo. Mas o arranque precoce pode não estar muito incongruente com o que se passará realmente no futuro.

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