O anterior presidente da Câmara deixou ZERO obras

GONÇALO PIMENTA (CDS) DENUNCIA

TRAIÇÃO AOS FUNCHALENSES 

Hoje, é dia de celebrar todos funchalenses.

Todos aqueles que, diariamente, contribuem para que esta cidade seja uma cidade viva, pujante, capaz de olhar para o futuro e de ter orgulho no seu passado

É dia de homenagear também as empresas do Funchal. O comércio do Funchal, os agentes culturais e desportivos desta cidade.

Hoje, é o dia de todos eles.

Hoje, é o dia de todos os funchalenses.

Mas hoje é também um dia para fazer o balanço do trabalho que vem a ser desenvolvido por aqueles a quem o povo atribuiu a obrigação de governar esta cidade.

Sem querer, de forma alguma, menosprezar quem hoje comanda a autarquia, não posso, em nome do CDS, começar este balanço sem lembrar que aquele que foi eleito Presidente da Câmara, com a promessa de cumprir o mandato, traiu os Funchalenses e abandonou a Câmara Municipal, falhando redondamente o cumprimento de uma promessa feita sob palavra de honra.

Talvez nunca na história desta cidade se tenha assistido a algo assim, ou seja, a uma traição perpetrada a todos os Funchalenses, por alguém preferiu trocar esta cidade por voos que de tão altos, podem acabar por revelar-se muito rasos.

O passado, ao contrário daquilo que diz o Sérgio Godinho, não é um país distante. Influencia claramente o presente e está presente na memória coletiva desta cidade.

Transformar mudança e esperança em incumprimento e abandono é algo que será penalizado fortemente por todos os cidadãos do Funchal.

  

Não quero cingir o balanço, apenas, a atos que não prestigiam a Câmara Municipal do Funchal e o exercício da sua presidência, algo que deveria ser a ambição máxima de qualquer político.

Quero, também, falar do presente e daquele que tem sido o trabalho da atual equipa que lidera a vereação.

Gostava de tecer elogios, mas não posso.

Porque não posso deixar passar em claro, por exemplo, os 500 mil euros gastos num só espetáculo, denotando falta de respeito pelos impostos de todos os Funchalenses.

Deixo algumas perguntas:

Quantos projetos culturais desenvolvidos por agentes da cidade poderiam ser apoiados com esse dinheiro?

Quantos projetos de índole social poderiam ter sido apoiados e desenvolvidos?

Quantos projetos de empreendedorismo, criadores de emprego e tantas e tantas vezes, motores de criatividade e espaços de saber, poderiam ter sido apoiados?

Quantas associações desportivas e recreativas poderiam ter visto ideias suas ser apoiadas?

Infelizmente, quem lidera a vereação preferiu o facilitismo.

Preferiu fazer aquilo que tanto criticou no PSD

E que o CDS continua a criticar

Ou seja, apostar na caça ao voto

Na política do pão e circo que tantos e tantos males já trouxe a esta Região.

É verdade, minhas senhoras, meus senhores

Os 500 mil euros gatos num só espetáculo provaram aquilo que o CDS vem dizendo há muito tempo:

Não há qualquer diferença entre o PSD e o PS.

A falta de respeito por quem paga impostos é a mesma.

A ideia de que são donos do estado e do dinheiro do estado é a mesma.

A ideia de que não se devem prestar contas a ninguém é a mesma.

PSD e PS são a imagem do centralão.

Lampedusa escreveu:

“Tudo muda, para que tudo fique igual”.

Lampedusa estava certo.

Mudar do PSD para o PS é garantir que tudo, mas mesmo tudo, ficará igual.

Há pouco fiz algumas perguntas a agora deixo outras:

Uma que se me ocorre agora está relacionada com o número de projetos implementados através das ARU. Quantos foram?

Em seis anos de governo de esquerda, quantos projetos foram implementados?

Estou convicto de que os funchalenses gostariam de obter uma resposta.

E a Felisberta, o que aconteceu ao “amor” que lhe era dispensado por quem gere esta vereação?

E o projeto para o matadouro, projeto central para implementar a cultura nesta cidade e anunciado, diversas vezes, com pompa e circunstância?

Já agora, o Conselho Municipal de Turismo, proposto pelo CDS e aprovado, quantas vezes reuniu?

Aqui, antecipo a resposta:

Zero!

E o Conselho Municipal de Cultura, quantas vezes reuniu?

Mais uma vez, dou a resposta:

Uma. Uma vez em seis anos!

Já agora, acrescento:

E quanto às restantes propostas do CDS, que foram aprovadas pela vereação e que nunca foram implementadas:

- O que aconteceu à nossa proposta, que o PS aprovou, que conduziria à legalização de 3.500 casas de génese clandestina?

Porque razão nunca foi aplicada a norma do PDM, aprovada há dois anos, por proposta nossa?

Dois anos é muito tempo, minhas senhoras, meus senhores

É tempo suficiente para que uma criança comece a andar e a dizer as primeiras palavras.

Não é pelos vistos tempo para que a autarquia cumpra com aquilo que se comprometeu com os funchalenses, aprovando uma proposta do CDS.

E o cartão ecofunchal, outra ideia nossa, que a vereação aceitou?

Porque razão nunca foi implementado?

Faltou tempo? Vontade? Coragem política?

E diz esta vereação defender o ambiente? De facto, é preciso alguma lata!

  

Este é o tempo de fazer.

É o tempo de agir, e não de dizer que se vai agir.

É o tempo de avançar, e não de dizer que se quer avançar.

É o tempo de concretizar, e não o tempo de prometer.

É o tempo de criar, e não o tempo de empatar.

É o tempo de desenvolver, não o tempo de atrasar.

Este é o tempo.

E por sabê-lo, o CDS continuará a fazer o trabalho de casa, que vai para além das selfies nas redes sociais.

Continuará a estudar os dossiers e a apresentar propostas exequíveis.

Continuará a bater-se pelas suas ideias.

Continuará a ouvir, em vez de fingir que ouve.

Continuará a trabalhar, em vez de fingir que trabalha.

Continuará a procurar transformar, em vez de fingir que transforma.

Não nos revemos na frase

“tudo muda, para que tudo fique igual”.

Porque para nós, tudo aquilo que deve mudar vai, efetivamente, mudar.

Termino convidando a uma reflexão:

Que obra relevante deixou Paulo Cafofo à frente da Câmara do Funchal?

Consegue lembrar-se de alguma?

Olhe, eu não...

Eu, não...