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terça-feira, 20 de agosto de 2019


O CALOTE ÀS FARMÁCIAS
E OS IDOSOS SEM REMÉDIOS

Para esclarecimento de alguns comentadores do Fénix, alguns a tratar o assunto com elevação e outros a tentar desacreditar o artigo das farmácias fuzilando sumariamente o mensageiro com um disparo 'fake news', venho reforçar o que ficou dito.
Numa farmácia de S. Martinho, o farmacêutico disse à cliente idosa - com muitos anos de casa - que ou pagava os cerca de 10 € pelo medicamento (tensão) ou não o levava. A senhora costuma pagar 3 €. Deixou os cerca de 10.

Explicação à freguesa: não descontamos a comparticipação enquanto o governo regional não nos pagar o que deve.
Acrescento que a mesma conversa não foi feita somente àquela senhora, mas a muito mais pessoas.
A maior parte dos idosos voltaram para casa de mãos a abanar, sem remédios. Que remédio!
Vamos mais longe. No centro do Funchal há farmácias a proceder da mesma maneira. Ali pela Fernão de Ornelas há gente a sair sem os medicamentos das farmácias e a reclamar, como se compreende.
Num dos casos, a senhora que pagava 8 € pelo medicamento do marido foi intimada a pagar logo ali os 45 € que é o custo sem a comparticipação. 
Ninguém parece ouvir, mas as pessoas estão a trocar estas 'felizes novidades' por aí. 
Há um sr. comentador a garantir que os pagamentos do IASAUDE à ANF estão escrupulosamente em dia, pelo que se a ANF não paga às farmácias associadas, estas que lhe peçam explicações.
Não sabemos quem é que deve a quem. 
Nem sequer se há mesmo dívida. 
O que sabemos é que há doentes sem medicamentos porque algumas farmácias recusam fornecer os produtos sem o pagamento integral.
Há muitas hipóteses em aberto.
Uma delas é as pessoas de idade terem sido atacadas por um agudo delírio colectivo, dando-lhes para inventar um caso com as farmácias.
Não é impossível.
Se isto é tudo uma ficção, apresento-me amanhã no Pelourinho.
Outra hipótese é haver um quiproquó qualquer entre a ANF e as lojas associadas, atrasando-se os pagamentos. Mas aqui pergunta-se o porquê de os farmacêuticos acusarem o governo dos calotes.
Outra possibilidade é o governo se ter 'esquecido' de cobrir uma ou outra continha, levando a ANF a reagir com estrondo. 
Não é impossível, apesar de o nosso leitor se dizer seguro de que está tudo em dia.
E quanto às soluções encontradas no passado por causa dos calotes do GR à ANF, é verdade que não chegou a haver ruptura no fornecimento aos utentes, mas vimos muitas farmácias a sobreviver na penúria. O chefão da ANF chegou a ameaçar penhorar o Mercedes do Presidente do Governo!
Achamos também esquisito este silêncio do governo, quando a sua imagem anda na lama sob acusação de privar os nossos idosos de medicamentos essenciais à sua sobrevivência.
Finalmente: há comentadores a insinuar que a informação que difundimos é própria do "tempo eleitoral". Ou seja, seria um jeitinho à oposição.
Vieram bater à porta certa. 
Esses desesperados e também os loucos do outro lado.

19 comentários:

Anónimo disse...

Quem sofre com este infortúnio é a classe mais fraca e especialmente os nossos idosos que o governo quer mandá-los embora.
Este governo é uma vergonha e desculpem lá que quem vier pior do que isto não faz. Portanto para meu bem/dos meus Pais e dos meus Filhos vou mudar o meu sentido de voto.
Este governo está a se afundar a cada dia que passa.

Anónimo disse...

Isso só pode estar a acontecer com utentes da PSP ou GNR uma vez que neste momento não há acordo com o GR. Quanto às restantes entidades como o SRS e a Adse entre outras está tudo em dia não havendo nenhum problema com as comparticipações. Ainda hoje foram pagas às farmácias as comparticipações referentes ao mês de Julho.

Anónimo disse...

Hum.... estranho o silencio do Governo Regional. Por onde andará o Calado/o SEcretário da Saúde tudo gente muito dinâmica para denegrir os outros e pedir mais dinheiro a Lisboa. Aqui há gato escondido com o rabo de fora. Devem estar a aguardar que algum Banco lhes de cobertura ao Cheque para posteriormente virem cá dizer que estava tudo liquidado a tempo e horas.
Nossa Sra Monte nos livre desta gente.

Anónimo disse...

O que é que tem a dizer sobre esta pouca vergonha o MADEIRENSE JUSTO do FAIALEIRO e a JACINTA NUNES da RIBEIRA BRAVA.
Devem ter metido o rabo dentro das pernas e hibernaram.

Anónimo disse...

Já que anda tão bem informado, aconselho a dar uma palavrinha ao seu secretário para emitir um comunicado de forma a esclarecer esta situação. É que a história dos utentes da PSP/GNR é manhosa.

Anónimo disse...

Não dizem nada, claro. A culpa não é do Cafofo nem de Lisboa

Anónimo disse...

Aqui há gato!E o Governo Regional calado.Dá para desconfiar... Então Jacinta Raquel e madeirense justo não se diz nada?

Anónimo disse...

Luís Calisto,
Dado o teor do seu primeiro artigo, reforçado com este segundo, cabe-lhe o dever profissional (não preciso de lho dizer), de contactar as entidades competentes no assunto, ANF e IASAÚDE, para cabal esclarecimento do mesmo.
De nada serve relembrar as ameaças do Dr. João Cordeiro à anos atrás.
Interessa sim o tempo presente, e a realidade dos factos na actualidade.
Perdoe-me ainda o facto de ter algumas reservas. Porque eu próprio comprei medicamentos no final da semana passada, e foram descontadas as respectivas comparticipações. E também porque o DN não trouxe ainda tal assunto na primeira página.
Mas aguardarei os esclarecimentos.
Será que existe confusão de comparticipações com determinados sub-sistemas? Será que se trata de utentes com ADSE, e que pelo facto de haver atrasos do ADSE (que não depende do governo regional) a ANF tomou essa posição?
Impõe-se o esclarecimento, até porque é um assunto sério, que não deve ser tratado à luz de comentários patetas tão ao gosto de alguns comentadores, como acima fica patente.

Anónimo disse...

Coitados dos idosos.Ficar sem remédios é coisa que não se faz a ninguém.Calotes do governo, porquê? O povo paga impostos todos os dias!

Luís Calisto disse...

12.12 (entre outros)
O sr. Comentador veio lembrar-me o meu dever profissional.
Obrigado. Mas preciso de um minuto para dar uma palavrinha aos pressurosos senhores.
O meu dever profissional é veicular as verdades que me chegam ao conhecimento.
Dar notícias. Verdadeiras, passe o pleonasmo.
Eu apontei dois casos em que as farmácias (duas) recusaram levar em conta a comparticipação, justificando-se com os calotes do governo. E as pessoas tiveram de pagar o preço de rótulo, porque precisam dos remédios e no caso arranjaram os euros exigidos. Outras pessoas foram-se de mãos a abanar.
Isto aconteceu com toda a certeza.
Tem interesse público.
Logo é notícia.
Sim, para o trabalho sair ainda melhor, era de seguir o assunto e explicar a origem do caso: se há dívidas mesmo, quem deve a quem, se foi mal-entendido, se é delírio geral da nossa velhada, se é sabotagem política.
Se eu estivesse a fazer jornalismo profissional, como outrora, ia por esse caminho. O caso estava arrumado à primeira. Mas então não estaria no Fénix, que é um blogue (aliás boicotado e diabolizado desde sempre pelos "jornais" da Tabanca, felizmente).
Por outro lado, não posso mandar investigar o caso porque tenho metade da redacção de férias e metade destacada a fazer campanha eleitoral. Vê, caro Comentador?
Além disso, como deve saber, o blogue não é uma das minhas actividades principais, pelo contrário. Ainda por cima o patrão não me paga há cinco meses.
Conclusão: não posso cumprir as ordens dos chefes comentadores que me mandaram investigar. Desculpem lá, mas vão vossas excelências.
A notícia que dei é verídica (pelo menos em dois casos concretos) e mais nada.
Obrigado por este minutinho.
LC

PS - Se não ter saído noutros 'jornais' é critério para dizer que o que se diz aqui inexiste, como pretende um comentador, então há tanta coisa que não aconteceu com certos políticos nova vaga porque houve branqueamento OMO noutros locais. Como continua a haver. Com tantas páginas disponíveis na Tabanca e ninguém ouviu que "comigo no governo não haverão filhos nem haverão enteados"? E que "é preciso que hajam condições para..." Ah pois é, não houve foco, não aconteceu.

Anónimo disse...

O Luís Calisto parece nervoso com o assunto. Não há motivo para tal. Aliás, se verificar no meu comentário das 12.12, tive o cuidado de escrever que não tenho que lhe dizer do seu dever profissional.
Há duas farmácias que, confirmadamente do seu conhecimento, não fizeram desconto das comparticipações. É de interesse público, logo é notícia. Estou de acordo.
Mas, como é notícia com impacto na vida das pessoas, parece-me de interesse público a confirmação das razões que levaram a esta situação e qual, ou quais, a(s) entidade(s) responsáveis. Parece-me interesse público e de bom tom.
E, mesmo não fazendo hoje em dia jornalismo profissional, é fácil ao Calisto o esclarecimento, pelo menos do IASAÚDE, mesmo que tenha mais dificuldade com a ANF. A dimensão atingida pela Fénix assim o exige. Pelo menos é a minha opinião, de leitor assíduo que sabe que este não é um espaço "comprado" por interesses políticos ou económicos, como alguns órgãos de comunicação social da nossa praça.
E, ainda por cima, como o seu "patrão" não lhe paga à cinco meses, nada melhor que lhe aplicar essa bofetada de "luva branca", antes de apresentar queixa na Inspecção de Trabalho.
E, convém não confundir a minha estranheza em ter reservas. O Calisto terá que concordar que tal notícia é uma primeira página e tanto no DN. A menos que o mandante no diário tenha guardado para melhor data. Manifestar esta estranheza, não é afirmar que não aconteceu. É apenas manifestar estranheza, até porque como escrevi, não aconteceu comigo na passada sexta-feira.
Concluindo, apenas lhe digo que, confirmar as razões que levaram a essa atitude nessas duas farmácias, o diferenciará, tanto de políticos que dizem uma coisa e o seu contrário, como das "páginas disponíveis na Tabanca"!
Também lhe agradeço o minutinho.

Luís Calisto disse...

19.18
Tem razão. Estou nervoso. Nervosíssimo.
A ponto de quase ficar convencido com a sua sugestão de eu me encher de brios e ir por aí abaixo a despachar fruta, na mira de "confirmar as razões da atitude das farmácias" - e desse modo me diferenciar de certa gente que hoje diz uma coisa e amanhã outra.
Quem sabe se não me espera ainda uma promoçãozita a chefe de secção ou editor da necrologia?!
Mas veio o diabinho ao ouvido: Deixa-te de tretas. Dás a notícia e ainda tens de ir apanhar as canas?! Queres tirar o trabalhinho dos profissionais da imprensa no activo?!
E assim volto mais umas horas ao meu trabalhinho (também não remunerado, oh más-línguas da praça!).
Em todo o caso, obrigado pelo seu esforço.
By the way, acho-me suficientemente diferenciado, mesmo sem ir à farmácia, deixe lá.

PS - Quanto ao meu estado de nervoseira miúda, é normal em quem tem a vida dependente dos resultados de 22 de Setembro. Que a Providência tenha piedade de mim!

Anónimo disse...

Calisto,
Mas você nesta altura da vida ainda anda atrás de promoções? Já pensava que tivesse ultrapassado essa fase.
E não tem que agradecer pela sugestão. Foi sincera, e pensando que estava a dar uma indicação pro bono, tal como você exerce o seu mister. Não foi esforço algum.
Quanto à diferença, perdoe-me o desabafo, mas, deixando a coisa pela metade, torna-se igual aos outros, os tais da "imprensa no activo".
Mas, evidentemente, você se estará nas tintas para a minha opinião. Mas não estarão alguns leitores da Fénix, como eu. Embora, você esteja no seu pleno direito de se marimbar para a minha opinião. A diferenciação faz-se na confrontação da notícia com o contraditório, para o apuramento cabal da verdade.
Se a sua vida é dependente dos resultados de 22 de setembro, uma novidade me está a dar. E aí a Providência poderá ser-lhe mais útil do que as minhas opiniões, que não dependo de 22 de setembro, 6 de outubro, ou de qualquer outra calendarização eleitoral.
Apenas gosto do respeito pela verdade.
Saudações.

Anónimo disse...

Todos dependemos do 22 de setembro e do 6 de outubro. Se não for para o emprego,para o tacho, para o penacho, é para todo o resto, que é muito.As políticas públicas que os governantes concebem interessa e atinge todos.

Anónimo disse...

12.34,
Evidentemente que as políticas públicas dependem de resultados eleitorais, mas também não tanto quanto muitos pensam.
Mas, o que quis dizer é que eu, pessoalmente, não dependo de resultados eleitorais.

Anónimo disse...

Vão a Ribeira Brava que a clarinha paga ela pagas as quotas do partido do clube pode pagar na farmácia no entanto a quem pagou quotas vão votar Psd penso que não clarinha já foste.

Anónimo disse...

Faz-me rir.

Anónimo disse...

Já há remédios para os idosos? Dinheiro o governo tem, é só ver o que o Conselho do Governo distribuiu ontem por várias associações.

Anónimo disse...

E comprou um carro para a casa do voluntário.