EMPRESAS NO BOLSO POR BILHETES GRÁTIS
João José Abreu
A iniciativa da CMF para assinalar o Dia da Cidade é louvável. A Madeira precisa de eventos musicais desta natureza, com artistas de renome internacional, que possibilitem aos locais assistirem “em casa” a performances dos seus artistas preferidos sem terem de se meter num avião. Pode-se questionar a qualidade deste James Arthur, que parece cantar num contínuo choradinho, a fazer lembrar alguns membros do atual executivo funchalense, mas lá diz a sabedoria popular: gostos não se discutem.
O que se pode discutir é a forma como o concerto foi “vendido”. Não se percebe como é que algo grátis pode dar dinheiro a tanta gente e à custa dos funchalenses (pelo menos). Para além do James Arthur, que vai meter ao bolso um bom cachet, já se viu que pelo menos DN e JM ganharam com este processo. O diário de certeza que não andou a distribuir bilhetes por favor e o jornal foi mais além, obrigando as pessoas a comprar a edição do dia 8 de agosto para poderem ter o bilhete “grátis”. Logo aqui já se criou uma injustiça: quem levantou bilhetes no DN não pagou, quem o fez no JM pagou 80 cêntimos. É pouco, é verdade. Mas está errado! E ainda aqui vamos, pois já circulam nas redes sociais bilhetes à venda por muito mais. Há de haver outros a ganhar dinheiro com estes bilhetes “grátis”, não tenhamos dúvida.
Naturalmente, a CMF vai lavar as mãos deste processo ou então dizer que a culpa é de outro alguém; é sempre assim. E não contem com perguntas incómodas do DN e do JM: por razões óbvias vão manter-se quietas no bolso da autarquia.
Valha-nos a Fénix!
10 comentários:
A iniciativa não é "louvável", o dinheiro do contribuinte não deve servir para pagar concertos, se os locais querem assistir "em casa" aos seus artistas preferidos têm de pagar bilhete do seu bolso! Como em qualquer parte do mundo desenvolvido...
Se a coisa é tão rentável é deixar as iniciativas para as empresas de organização de eventos, que assim lucram e pagam impostos. Andar a distribuir bilhetes "gratuitos" é puro populismo...
O Fénix também ofereceu bilhetes, "disse" passem lá no DN e JM que lá tem uns bilhetes para vos entregar...LOL
Não havia necessidade de tanta trapalhada. Ainda há uma solução, concerto na Praça do Povo e vai quem quer.
Uma vergonha. Se existe tanta procura faziam nos barreiros, cobriam a relva e assim contentavam toda a gente, penso que chegava, relvado e bancadas, e, como há muito dinheiro para distribuir pagavam o espaço e a segurança, e ainda, ficavam todos felizes. ainda falam do PSD, qual é a vossa diferença? Expliquem em letras pequeninas, pelo que vejo fazem cópia igual, até o autocarro as correr são as de campanha das internas do Albuquerque. Abraço Calisto.
Ninguém se lembra dos grandes concertos jardinistas com Andreas Boccellis, plácidos domingos etc??? Tudo com lugares vips para os
Amigos e queques e povo todo afastado e barrado? Ainda se lembram quanto custaram naquela altura?? estes renovadinhos deviam estar calados
Assim se controla em relação a esta matéria os dois principais matutinos regionais, com o dinheiro dos funchalenses. Terá de ser mesmo o Fénix e os outros meios alternativos, a denunciar esta pouca vergonha.
18.15
Os Barreiros agora não é público pois foi retirado aos habitantes da Madeira e entregue a uma entidade privada.
Quanto ao resto do vosso comentário nem falo porque é azia a mais.
Finalmente temos um Concerto a nível Europeu para a nossa juventude.
Assim se demonstra o favorecimento a empresas...amigas.
Mais claro do que isto, só o sabão OMO.
Depois essas empresas amigas pagam facturas de "outras coisas".
21.43
Cá nada eles não fizeram essas coisas somente para o Sangue Azul.
Tem memória curta e não convém divulgar esse tema. A nossa juventude merece.
Tanto fizeram que nessas brincadeiras espatifaram mais de 3,5 milhões! E era sim com bilhetes limitamos em que maioria era dado graça aos amigos e VIPs. Tanto fizeram que até faliram o Tecnopolo com iniciativas dessas. CADEIA COM ELES!
14.30,
Realizar eventos no Tecnopolo é que o falíram?
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