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segunda-feira, 28 de maio de 2018


Costa declarou guerra:

e agora, Albuquerque?



A campanha eleitoral para as regionais de 2019 começou no dia seguinte às autárquicas do 1.º de Outubro do ano passado. Vamos com 8 meses de confronto entre o PSD-M de Miguel Albuquerque e a onda Costa-Cafôfo estribada no PS-M. Até ao passado fim-de-semana, assistimos a escaramuças entre os adversários em campo. Ataques nas redes sociais, propaganda muito bem paga nos jornais, protagonistas obcecados cada qual por mostrar um populismo mais empático do que o outro. O que os fez desligar das reais funções para que foram eleitos. Miguel Albuquerque não faz nada que se pareça com um presidente de governo. Cafôfo deixou cair a cidade do Funchal no mais desleixado abandalhamento de que há memória.

Mas agora chegou-se a um ponto em que o verdadeiro concorrente ao governo madeirense em nome da dita esquerda, que como se sabe é António Costa, no seu legítimo projecto de incluir a Região no mapa cor-de-rosa nacional, declarou guerra publicamente a quem manda na Madeira. Ontem, ao encerrar o XXII Congresso do PS, António Costa assumiu todo o apoio aos operacionais que escolheu para disputar no terreno o poder regional, Paulo Cafôfo e Emanuel Câmara, presentes na Batalha. Costa falava como secretário-geral socialista e prometeu apoio de todos os socialistas do País. Ora, não vemos como socialistas da Guarda ou de Olhão possam ajudar o PS-M numas eleições regionais. Costa secretário-geral nacional podia ajudar financeiramente, se o Largo do Rato não vivesse uma bancarrota muito funda. Mas ainda pode arranjar alguma coisa. Pode mandar, como mandará, quadros nacionais do partido à Madeira para dar intensidade à campanha. Ajudará muitíssimo, também, se passar este tempo até às legislativas nacionais, como passará seguramente, à cabeça das sondagens, o que se reflecte nas políticas regionais. 
Há porém alguns aspectos a ponderar. Esses apoios românticos chegarão para levar ao poder um partido regional actualmente com 5 deputados e 11,4% de votos nas eleições de 2015, como acontece com o PS-M?
Será que o apoio nacional ao nível de partido, somado ao trunfo Cafofo, à onda governativa nacional e ao insucesso do novo PSD regional, serão essas parcelas, embora cavalgadas por António Costa, capazes de reviravolta tão profunda na Madeira?
O próprio Costa sabe que não. Ele sabe que estava a falar na Batalha com o poder de primeiro-ministro. Ele sabe que a guerra declarada no congresso será feita a partir de Lisboa. Já deu indícios disso, 'engonhando' sistematicamente deveres que tem, como governo, para com a Madeira. A partir de agora será pior. 
Como se percebeu no congresso, palco onde não se absteve de saltar supostos 'sucessores' - neutralizar concorrentes internos é com ele -, a ideologia de Costa é o poder. Ele falou como secretário-geral de uma formação socialista, exigindo melhores salários para os trabalhadores e emprego para os jovens, enquanto ele mesmo, no papel de primeiro-ministro - como incisivamente denunciou Arménio Carlos -,  tem propostas na concertação nacional que contrariam frontalmente essas exigências. Costa do PS bem quer, mas Costa primeiro-ministro rejeita.
António Costa veio à Madeira para estar com 3 ou 4 empresários de sucesso. Mas quando lhe chega convite da CGTP para um seminário sobre políticas laborais fecha-se em copas e manda lá um secretário de Estado - queixam-se os sindicalistas.
A sua fixação no sucesso pessoal levou-o a meter no balanço do seu governo, sem explicação acessória, resultados de iniciativas dos outros partidos da Geringonça. Ele fala à esquerda e age à direita. Pelo catecismo da esquerda à moda do Costa, o País bem pode recuar à dialéctica social 'senhor feudal-servo da gleba'. Desde que ele seja o suserano indiscutível. No caso da sua invasão à Madeira, por intermédio dos cavalos de Tróia que na Batalha representaram um papel humilhante, a filosofia de Costa é a dialéctica colonizador-colonizado, que permite a coabitação pacífica entre os donos dos meios de produção e os trabalhadores. Tudo em família. É ver quão bem se sentiu Costa no Casino, lado a lado com os tubarões da Madeira.
Os dados estão lançados. A guerra declarada por Costa será de asfixia aos anseios dos madeirenses, até que o "socialismo" lisboeta impere em todo o País - com o próprio Costa à cabeça. É verdade, sim: há chantagem sobre o eleitor madeirense. O que não é novidade, diga-se. Albuquerque está condenado à fogueira que deixou pegar e até agita para lhe dar força. Estando a Madeira confrontada com um primeiro-ministro que ameaça, à vista de Portugal inteiro, impor a sua vontade numa Região Autónoma, com chantagem pelo meio, o problema deixa de ser apenas de Albuquerque para ser dos próprios Madeirenses. A solução é acabar com o circo e colocar o caso na mão dos eleitores. Conhecendo a praça, porque madeirenses como os do século XIX até 1931 não há, é de prever que o eleitorado insular aceite o regime colonial, votando em Costa numas intercalares antecipadas. É o mais certo. Mas pelo menos haverá dignidade nos que se mantêm autonomistas e figadais adversários dos que tentem vir de lá para cá dar ordens, tenham eles a cor que tiverem.
Mas não. Conhecendo até os cantinhos mais recônditos da praça, os instalados não arriscarão com eleições antecipadas mais uns mesinhos de boa vida entre paredes cuidadosamente decoradas para 12 ou 16 anos. Vem aí um fim sem glória. Para dar lugar a outro ciclo desgraçado. 
O luto continua.  

12 comentários:

Anónimo disse...

Bem pelo conteúdo estão a empurrar a corja verde de Santa Cruz para a ribalta.

Anónimo disse...

O Que espera Albuquerque
Quem semeia ventos colhe tempestades…
Não foi ele com as guerras com o Líder dizendo mal de tudo e de todos, abriu passadeira vermelha aos cafofianos?
Andou a espalhar charme e música e os adversários, mesmo carecas e mentirosos entraram pela grande área a dentro e marcaram golos?
Onde estava a Defesa e o Guarda redes?
Lembram-se do tempo em que ele rodeado do regente agrícola que até a mando do chefe mandava faladura, contra a construção da praça do povo etc? Hoje tem uma função de multiusos.
A melhor equipa de sempre à C.M. F. era a do Dr. Bruno Pereira
.Lembram-se das enchocas que havia no tempo de um tal gomez e outro maroto
Foi o Dr. Bruno que para lá foi limpar a cara aos Miguelinos para bem da cidade
Será que este ainda vai a tempo de dar a volta em 2019?

Pedala e deixem de passear.
Os votantes estão na RAM e não em Londres etc.

Anónimo disse...

Segundo os manuais da ciência política, Albuquerque e o PSD-M só têm um caminho: a radicalização do discurso, face ao uso e abuso dos poderes do primeiro-ministro para prejudicar a Madeira, condicionando assim o voto dos madeirenses.
Parece óbvio.

Anónimo disse...

Imagine-se reacção do TIO ALBERTO ao discurso de ontem do PRIMEIRO ... aliás certamente o discurso do PRIMEIRO seria mais moderado estando TIO no poder...

Anónimo disse...

O anónimo da "radicalização "

Vamos voltar aos anos " se não nos derem dinheiro pedimos a independência" .

Anónimo disse...

Errado ó das 16.02. Se não cumprirem as funções de estado definidas na constituição, nós apontamos esse incumprimento, e alertamos os madeirenses.
Estes, que façam o devido julgamento.

Anónimo disse...

Um santo, o do Quebra Costas.
A história reza que não foi só o Funchal perdido em 2013, mas também Santa Cruz, Machico, Porto Santo e também toda a Costa Norte, com candidatos escolhidos por Jardim.
E não falamos da oposição nojenta e difamatória que Jardim moveu contra este governo, chamando-os Renovadinhos ? Aquele tipo foi entregar em mão um exemplar do seu livro ao Cafôfo, numa provocação a Albuquerque.

SIA disse...

Percebe-se que á data de eleiçoes em 2019 haverá muitas obras para inaugurar e isso dá visibilidade, mas já foi demonstrado que Cafofo sem nada fazer tem mais notariedade. Basta ver o DN de ontem e o de hoje nas suas paginas centrais, sublimar essa forma de informar, noticia em pagina lado a lado para dar maximo impacto.
Por isso em consciencia o Governo devia cair. VAMOS PARA ELEIÇOES,JÁ.
Em 2019 eu sei que vai ganhar mas agora ficam as duvidas.
O que não pode continuar são os Madeirenses duplicadamente penalizados na mobilidade aerea, nos impostos, no hospital, nos juros da divida. Mais grave, na forma como tratam os Portugueses das Regioes autonomas.
Façam campanha á Cafofo, digam tudo sim ao que o povo quer. Depois nao cumprem. A proposito Senhor Presidente da Camara Paulo Cafofo o que é feito da promessa de pagamento de propinas aos estudantes universitarios? propinas para todos como bem repetiu vezes sem conta na campanha eleitoral

Anónimo disse...

21,16
Calma que em referencia o Prof Cafofo faz na Camara como o Miguel Promessas Falsas está a fazer e fez durante o mandato, só para o ultimo ano de governação e 2021 ainda vem longe. Terá de ser olho por olho/dente por dente.

Anónimo disse...

Ó das 15.40, e até lá o Prof. Mentiras vai deixar os ratos passearem na cidade ?

Anónimo disse...

Os ratos passeiam pela cidade e as ratazanas andam à espreita nos bastidores do poder...

Anónimo disse...

Anónimo das 16,50
O objetivo é o mesmo e os resultados também serão os mesmos do que na anterior direção, enquanto uns tiravam lixo de um lado e botavam noutro estes agora transferem ratinhos de 4 patas, só que os de 2 patas que querem e veem para o diário dizer que quer ser deputado jamais chegará a tal cargo, agora que dá trabalho e meios obscuros para lá chegar isso dá, companheiro.