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terça-feira, 22 de maio de 2018


PALMEIRA ENXERTADA

Monte: a palmeira nasce do plátano.

Até há bem pouco tempo, as árvores do Monte eram aquelas que se podiam sentir mais seguras em toda a Madeira: a câmara dizia que estavam todas boas e não as deitava abaixo por nada deste mundo. Assim, elas só caíam de velhas ou doentes, como foi o caso do 15 de Agosto do ano passado. Apesar do expert ao serviço do Cafofo e pago pelos nossos impostos jurar que esse carvalho estava bom e só tinha umas medonhas galerias de ratazanas, coisa pouca.

Mas eis que de repente a câmara começou a raciocinar diferente: as árvores do Monte, desde o Largo da Fonte até às Babosas, estão todas em excelente estado, e, assim sendo, vamos mandar uma caterva delas abaixo na próxima reabilitação.
É a lógica da batata, mas é a deles.
Que são tipos espertos.
Veja-se a reunião pública há dias, no Monte. Os loucos da câmara puseram elementos seus a encher as primeiras filas, depois distribuíram nas posições-chave um vereador aqui, outra vereadora ali, outro acolá. João Picareta com uma história, Madalena com uma lenda, Bruno com uma anedota. Um festão coloquial. Depois, uns deputados municipais da cor confiança colocados estrategicamente pela salinha. Outros clientes partidários à espera de 2019 idem, todos para fazer número e confusão - nem sequer faltou no Monte o presidente da junta de... S. Martinho!
Quanto a residentes no Monte, que eram a quem se destinava o debate, apenas uns 15, perdidos no meio das largas dezenas da claque do Cafofo. 
O vice do GR Calado teve de fazer jus ao nome, quase sempre. Os residentes locais, que desde há muito vivem de cabeça no ar a ver quando é que há um caule com inclinação duvidosa, não conseguiram expor os seus temores, porque a bem organizada claque abafava tudo. Muitos abandonaram a sala, capitulando perante a engenhosa táctica dos espertos.
Moral da história: as últimas coisas ouvidas apontam para o abate de árvores, já que elas estão todas boas. Esperemos que, no meio da decapitação indiscriminada, não mandem abaixo o plátano onde está a nascer uma simpática palmeira. Mas com aquela gente é uma questão de sorte.
Quanto aos arguidos das 13 mortes e 53 feridos, estarão as autoridades judiciais à espera que o caso prescreva?

1 comentário:

Anónimo disse...

Foi um desfile de moda
Apareceu lá uma série de encolhidos a a exibir a madame em primeiro lugar
Claro de cabeça agachada e bem pesada.
Havia de tudo
Carrega.... a molhelha do touro pequeno....
Até a fatinha da moda ficou espantada
O Chamuça já trazia identificado os novos comparsas da Madeira
O Soisas quase que se enamorava pela Senhora de Lisboa e oferecia-lhe uma viagem de ferry
Ainda deu tempo do Sargentão dar uma espreitadela ao monstro de betão que está na estrada Monumental.
Achou-o elegante e bem transparente
Podera...Foi parido pelo Miguelito e amamentado pelos carecas da modas e mentirosos do costume