Festa na aldeia
Com ajuda dos nossos laboriosos matutinos, e para eles a nossa vénia, vamos deixar também nós um brevíssimo registo das cerca de 18 horas de visita do nosso Primeiro Costa às Angústias e ao Casino.
Primeira impressão: o mundo está bem entregue, sim senhor, está o que se costuma dizer em boas mãos
Medeiros Gaspar foi o croupier e animador de um jogo viciado em que o mais forte, que é sempre o casino, acaba por ganhar com uma perna às costas.
Patrão Costa teve ensejo de passar umas dicas aos falcões, novos militantes da esquerda geringonceira, futuros governantes da Tabanca.
Paulo Cafofo viu satisfeitas as suas expectativas (pré-anunciadas em manchete) de ficar num boneco para as revistas de cabeleireiro, e as companhias alinhadas não podiam ser mais adequadas.
Costa disse ter muita pena de não poder tomar com Emanuel do Norte o tal café que chegou a ser notícia, mas prometeu que será na próxima - e se prometeu é que não vai haver café nenhum. Como é mais do que evidente.
Para despachar essa encomenda, o Primeiro mandou a ministra do Mar deixar-se fotografar junto dos tarefeiros do ex-PS-M. Assim foi. Como explicar a fotografia enviada à imprensa? Bem, sendo a ministra do mar, lembraram-se de dizer que falaram do ferry - esquecendo-se de que é caso resolvido há já uns tempos.
Convidado pelo JPP para uma saltada à casa de massagens do Porto Novo, Costa empurrou a seca outra vez para a ministra do Mar, e é óbvio que foi preciso mudar de lugar, para uma mesinha de vão de escada no casino. Parece que também não arranjaram outro assunto para explicar a foto se não aquele que já está resolvido.
Os lesados do Banif tentaram fazer um número com o nosso Primeiro, mas este não lhes ligou nenhuma. O que ele quer é soluções, não problemas. Para quê estragar a festa na aldeia com coisas por resolver?
O caso é que, pela vez primeira em dois anos e tal de mandato, Blue Albuquerque se sentiu vagamente o presidente da Madeira. Mas, ao escutar os elogios e as promessas do ilustre visitante, pôs-se a pensar, a pensar, oh senhores, mas onde é que eu já ouvi isto? - e de repente lembrou-se da mesma lenga-lenga na patuscada à beira-mar, na Doca do Cavacas, ao tempo que isso foi!
Boa viagem, sr. nosso Primeiro, e volte sempre.
7 comentários:
Caro Calisto,
Subscrevo por inteiro as suas observações sobre a vinda do nosso primeiro à tabanca.
Trouxe a ministra do mar, convidada da Dra. Pedra, para dizer umas banalidades sobre a ligação ferry. Sempre foi contra e recusou qualquer apoio, mas agora que o governo regional andou para a frente, e para ter alguma coisa para dizer àqueles indivíduos que tomaram conta do PS-M e aos verdes de S. Cruz, lá disse a senhora que pode ser que venham uns apoiozecos. E lá os papalvos do arroz de lapas e das camisas verdes ficaram todos contentes que agora é que é.
E trouxe o primeiro Costa aquele ministro que está sempre com cara de quem lhe comeu o almoço, que na reunião da Quinta da Vigia não conseguia disfarçar o seu ar de frete, fingindo que está a ser estudada uma solução nova e duradoura para o subsídio de mobilidade. De resultados no concreto, nada. Mas dizem que estão estudando, mandando para as calendas a resolução do assunto.
E, com o nosso primeiro, veio também o ajudante do ministro Centeno. Sim, que este tem mais do que fazer do que andar nestas visitas folclóricas. E lá o nosso primeiro diz que em relação ao hospital, que agora é que é. Que já foi analisado como referido no PEC, e que agora vai. 50% limpinhos, limpinhos.
E que os juros sim, que são de agiota, injustos, e que..., se vai estudar. Resolução, nada. Vai ser estudado o assunto. Este é um governo de muito estudo.
Vão pagar uns calotes de 17 milhões de euros, coisa pouca, uma bagatela. Também era o que mais faltava, não pagar. Mas a culpa é do Centeno. O homem cativa tudo.
E, ficamos por aqui. De concreto nada, ou quase nada, partindo do princípio que a questão do hospital ficou assente, mas também já o viramos anteriormente.
Ficaram promessas, para quando...não se sabe !
Olhando para as fotografias do DN sobre as festividades do dia do empresário da ACIF da Dra. Pedra, ficamos com o retrato daquilo que é a sociedade madeirense actual. Lá estavam empresários de sucesso, outros falidos, vários que não pagam o que devem, lá estavam homens do futebol, lá estavam políticos e candidatos a políticos, lá estava gente sem eira nem beira, lá estavam jornalistas, alguns dos quais escrevem sobre a promiscuidade entre a política e os negócios. Lá estavam secretários, directores, especialistas de porra nenhuma, vereadores, presidentes de junta, assessores, candidatos a tachos, gente ávida de protagonismo.
Lá estavam homens que não sabem quando se deve ou não usar gravata, lá estavam senhoras que não sabem escolher um vestido para um cocktail de fim de tarde, numa mistura de, como dizem os franceses "pas de savoir faire et etre".
Lá estavam todos, num retrato piroso e ridículo daquilo que é a sociedade madeirense na actualidade. Uns tirando fotografias de grupo com os da sua tribo, em que um primeiro ministro se presta a isso, esquecendo-se em que funções lá se encontrava. Outros, ávidos de fotos junto à famosos.
E é isto a nossa Madeira actual, com os da situação e os da oposição, sem tirar duns para pôr nos outros, com falta de valores, pensamento ou estratégia.
É triste este retrato da Madeira actual. Muito triste.
Uma única evolução constatámos. O penteado da Dra. Pedra evoluiu para melhor. Deixou de usar "aqueles abajures" de laca com que ornamentava a cabeça.
Ó das 16.04, você faz um retrato bem exacto da nossa terra.
No fundo, uma cambada de "vilhoes e broquilhas".
Que saudades, não? Naquela altura era apenas com uma esferográfica e um bloco de notas comprado na Exposição Alemã.
Ingratos e mal agradecidos, não convidaram a Rubina Leal para uma foto que ela adora aparecer. Mal Injusto
Ó das 21.46, o PSD-M não comprou bilhetes para o jantar da ACIF, como o partido das PS'oas. O Rui Abreu está um forreta. Daí não haver fotografias da nossa Rubina.
Já da menina Liliana, e da pança do Sérgio, são fotos sorridentes. Cada seca que o Costa leva destes PS'oas.
Das 11,40
Mas isso não se faz, temos de fazer ver ao Regedor Forreta que existe prioridades dentro das prioridades e essa atitude não pode acontecer com a Avó Cantigas que tem de estar em todas e sempre na primeira linha mais parecendo o Trump quando afastou o outro primeiro ministro para se colocar em posição fotogénica.
Tens toda a razão ó das 20.22, o Abreu tem que abrir os cordões à bolsa.
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