A frota da H
orários do
F
unchal
está obsoleta -
regista em média
20,4 anos
de antiguidade, nas contas de 2017
.
Ora
16 anos é a idade máxima
permitida para os
autocarros circularem
em alguns países da UE e
também
para os afetos aos transportes escolares
em Portugal
.
Isto mostra o grau de desi
nvestimento
do governo regional nos transportes públicos, naquilo que são necessidades básicas da população.
Há uma inversão de prioridades que fica mais uma vez revelada: Não há dinheiro para aquilo que é fundamental como a saúde e os transportes públicos, mas para o que não é prioritário, como certas vias rápidas, ou os milhões deitados ao mar, ou para as sociedades de desenvolvimento - há sempre dinheiro.
Agora Miguel Albuquerque
tem pressa em adquirir
autocarros novos para
mostrar n
a campanha eleitoral,
isto é uma lógica partidária acima do serviço público
.
Mas para
esse investimento o governo não vai injetar na empresa o dinheiro necessário.
A H
orários do Funchal
vai endividar-se,
vai antecipar
as receitas futuras das
i
ndemnizações compensatórias
que o governo se compromete a pagar
pela
realização do
serviço público
de transportes
, para
investir na
renova
ção
d
a frota
.
Significa que vai ficar endividada, subcapitalizada e em algum momento no futuro terá sérias dificuldades em assegurar a continuidade do serviço público.
As indemnização compensatórias destinam-se a financiar a atividade
corrente, os gastos
operaciona
is da atividade normal e não se destinam a investimentos.
Trata-se de m
ais uma engenharia financeira para fazer um brilharete na campanha eleitoral - a lógica partidária acima do interesse público - e empurrar com a barriga para a frente.
Hoje realiza-se uma sessão da Assembleia Municipal do Funchal, extraordinária, exigida pelo PSD,
para
aprovar a delegação das compet
ê
ncias que
a
Lei
atribui ao
M
unicípio, no governo regional, para este
poder
celebrar contrato
de prestação de serviço público de transportes no concelho do Funchal
com esta
empresa
, para
a empresa por sua vez
ir à banca
antecipar
as receitas futuras de indemnizações compensatórias
e realizar o investimento necessário na renovação da frota
.
Isto é uma batota, uma engenharia financeira, para fazer um brilharete na campanha eleitoral e quem vier a seguir que resolva o problema, que pague as dívidas ou "que apague a luz" como diz o povo.
O valor previsto para os pr
ó
ximos anos de IC (3,3 M€ / ano) está em linha com o passado (3,5 em 2015)
.
A
empresa vai ter dificuldades
no futuro
em manter a atividade
normal
e
ao mesmo tempo
cumprir com os encargos da divida que vai agora contrair.
O governo deveria injetar dinheiro na empresa, reforçar os seus capitais próprios para esta ter capacidade de investimento sem comprometer o equilíbrio financeiro futuro. Mas o futuro que interessa ao PSD é 2019, depois logo se vê...
BE
3 comentários:
Este é mais um melga
Ninguém lê notícias dele, nem lhe dão importância.
Quando fará anos?
Que divida a prenda pela sacuda bordadeira (sem dedal), e vão os dois para o céu, pois na terra os burros já se cansaram de ouvi-los
Pira-te......
nos regimes que apoias as frotas são bem piores
Bem dito, é aquilo que fazem em quase todas as Empresas Publicas e isto dá Comissões, Votos e Fotos para os Jornais e TV.
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