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terça-feira, 13 de junho de 2017

ANTÓNIO JOÃO


Bem ao centro, de pé, António João na equipa do Marítimo que participava nos renhidos regionais - aqui no Municipal de Santa Cruz com Ortega, Eugénio, Bacanhim, Tomé, Andrade, Julinha e outros.


António João Fernandes, ameaçado e importunado havia uns tempos por maleitas desgastantes, acaba de nos deixar. Filho do famoso José Fernandes 'Besugo', um dos históricos jogadores do Marítimo Campeão de Portugal em 1926, também ele, António João, deixaria marca numa longa carreira com a camisola do Glorioso. Foi ele o primeiro lateral madeirense a acumular simultaneamente esse papel defensivo com o de extremo atacante, graças à sua facilidade de condução de jogo desde a sua retaguarda até ao cabo do campo adversário. 
António João, que parte aos 75 anos de idade, começou a jogar futebol pelo Marítimo aos 16 anos, estreando-se num jogo de juniores contra o Nacional na posição de defesa-esquerdo.
Integrou a equipa de Honra pela primeira vez em Março de 1960, contra o Sporting da Madeira.
Peça importante na equipa que resgatou para o Marítimo a hegemonia do futebol regional, depois dos longos sete anos unionistas, o categorizado futebolista participou em 293  
desafios com a camisola verde-encarnada, incluindo compromissos nos Estados Unidos, Taça de Portugal e Taça Ribeiro dos Reis.
É com muita mágoa que perdemos a presença de António João nas nossas vidas. Havia dois ou três meses que nos faltava no almoço mensal de veteranos do Marítimo. Mas na primeira quinta-feira do próximo mês de Julho a ausência deste nosso Amigo será muito pior.
Na pessoa do irmão de António João, o também nosso grande Amigo Paulino, endereçamos condolências à histórica e extensa grei Sanfona, a família que de longe, logo a partir de 1910, mais futebolistas 'deu' ao Club Sport Marítimo.

António João entre Ilídio 'Petita' e Dias, num dos habituais convívios de veteranos verde-rubros. 

2 comentários:

Anónimo disse...

estava a espera deste texto

Marítimo Eterno disse...

Hoje em dia ninguém liga ao querer ir para outro clube,o profissionalismo a isso obriga e é natural. Mas naquela altura mudar-se do Marítimo para outro clube local era um sacrilégio que nunca seria perdoado pela alma maritimista. Já não me lembro bem das razões da fuga ,mas como maritimista que se lembra dos primeiros passos do António João desde os tempos heróicos do pelado do Almirante Reis e o seu fervor verde-rubro
fica-me sempre uma mágoa dessa mudança. Lembro-me bem de outros foragidos. isto na década de 60 , como o Abróteas para o Nacional e Raul de Sousa para o União entre outros que já não me lembro.