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domingo, 28 de janeiro de 2018

Bagunça Rumo a 2019







QUARENTA E DOIS


Como diz o outro,
"não é admissível que isto continue"



"Identidade do Ministério Público Português: passado, exemplo e futuro" é o tema do XI Congresso do MP a decorrer dias 2 e 3 de Fevereiro no Funchal.
Não peço tanto. Se bem que seja preciso conhecer bem o passado da Justiça, na vertente 'defesa do cidadão', que é a missão que queremos continuar a ver cometida ao MP, a par de uma projecção mais para a frente, gostaria que os dignos magistrados, a par dos debates sobre a definição da sua carreira, olhassem muito, muito mesmo, para o presente. Por via dos exemplos.

Não devia acontecer o MP receber queixa de uma mulher vítima da execranda violência doméstica e deixá-la sem protecção até receber a notícia de que foi assassinada pelo marido, poucas semanas depois. Não é apenas um caso nem dois que, pelo território nacional, indivíduos que deviam estar a viver em cavernas descarregam criminosamente sobre as respectivas mulheres a porca da vida que os governos do troglodita Passos e do golpista Costa (primeiro-ministro sem ganhar eleições) lhes têm proporcionado. É essa porca de vida, é a taradice dos fulanos, é  tudo junto.
Vem o próprio presidente do Sindicato dos Magistrados do MP denunciar a falta de meios da instituição para atacar os casos de violência doméstica. Vai lá uma mulher assustada, em perigo de morte, deixa o alerta, como aconteceu em 2015 - um caso entre tantos -, e 37 dias depois noticia-se com toda a naturalidade mais um assassínio de uma mulher às garras do bárbaro marido. Imagina-se o pânico da vítima naquele mês e tal, à disposição do torturador homicida sem que as autoridades lhe garantissem pelo menos o cordão de segurança a que tinha direito.
Muitos casos desses se espalham pelo País da Geringonça, esta preocupada com as eleições de 2019 em vez de dar ao MP as condições que o próprio presidente do Sindicato dos Magistrados, António Ventinhas, garante não existirem - nem meios nem quadros nem sequer a porcaria de uma formação para lidar com os casos de violência doméstica. 
Como é que os burrocratas (está bem escrito sim senhor), esses carreiristas político-partidários sem escrúpulos, interessados apenas em abotoar-se nos corredores do poder, poderão olhar aos verdadeiros problemas das "Pessoas" se acham bem a preocupação e a ocupação das autoridades judiciais e judiciárias azafamadas com os e-mails e os vouchers do LF Vieira? Se acham bem os meios mobilizados para investigar até às últimas consequências se o golo do empate do 'Raio que os Parta FC' na 9.ª jornada da I Liga foi alcançado ou não com um golo manhosamente precedido de fora-de-jogo?!
Enquanto o país executivo e da Justiça se entregar às dúvidas suscitadas pelo vídeo-árbitro, claro que não há tempo para despachar em tempo útil processos escabrosos de antigos primeiros-ministros e de banqueiros multimilionários e mafiosos. Muito menos tempo há para umas mulheres chatas que levam às autoridades questões fúteis de bairro, mesmo que a vida delas corra perigo.
E tudo isto se passa sem que o Ministério da Justiça deste governo da Geringonça de súcias, bloqueiros e comunas, aliás no centro de outras situações gritantes, seja mandado ao Tejo à hora da água mais fria.
Como diz o aluado e emproado da câmara do Funchal, um dos comissários encarregados de trazer para cá aquele estilo suicida e assassino de governança da Geringonça que mata desgraçados diariamente, "não é admissível que isto continue". O problema é que 'isto' continuará e Lisboa até conseguirá exportar para a Tabanca aquele estranho interesse "Pelas Pessoas" desde que os votos cantem nas urnas em 2019.
E o que nos espera destas geringonças não se resume à violência doméstica, há-de ser muito pior. O drama da Madeira é que, não sendo esses loucos geringonceiros a pegar nas rédeas da governação, então continuarão a queimar-nos em lume brando até ao último suspiro os laranjas alternativos que prometeram mudar as ilhotas para melhor, acabando por fazer precisamente o contrário. Isto é, os abutres municipais que andam a sobrevoar doentes e moribundos cá na Tabanca,  para retirar dividendos eleiçoeiros, estão a ocupar o espaço para uma verdadeira alternância que nos safe do pesadelo.
Ainda falta um acto a este drama regional, pois: é o acto em que se constata que, se nem laranjas nem geringonços revelam estatura mental e competência para responsabilidades públicas, uma terceira via para governar isto só nos sonhos mais absurdos e utópicos.
Bonito futuro.

9 comentários:

Anónimo disse...

E falta falar sobre a violência psicológica que se exerce em alguns corredores da CMF! Os trabalhadores da autarquia sabem de quem falo!

SIA disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Com Iglésias na Quinta da Vigia, acabou -se a Autonomia.

Anónimo disse...

Autonomia acabou com Jardim a nos colocar em ceroulas, agora até na ADSE os reembolsos são através do Contenente.

Anónimo disse...

Violência psicológica?

Deixem-se de tretas. Trabalhem.

Anónimo disse...

Ninguém fala da "sondagem" do correio da madeira? Parece que o pessoal do Manuel António está ativo. Qual é o comentário que o Luís Calisto tem a dizer?

Luís Calisto disse...

Tenho a dizer que se Manuel António e o seu pessoal estão activos, alguém terá de dar sebo nas canelas.

Anónimo disse...

Manuel António deve estar a rir-se, pois quem ri por último ri melhor.

Anónimo disse...

A atuação do MP no caso da queda da árvore no Monte também deixou muito a desejar. Desde deixar equipas de peritagem mexer em provas a deixar passar dias sem vedar convenientemente o espaço.