QUEQUES, PROMESSAS E ÉTICA
Élvio Sousa
Vivemos um momento singular. Temos um Governo Regional moribundo. Uma saúde de rastos, uma economia fortemente condicionada pelos custos das operações portuárias, que funcionam em regime de monopólio.
Miguel Albuquerque passeia, teoriza, verbaliza. Pedro Calado, reúne, realiza, executa, e mais subtilmente, lança as obras e transfere milhões passa instituições falidas, como os recentes 29 milhões para as Sociedades de Desenvolvimento. Suponho que o primeiro, coadjuvado pelo segundo, ainda não percebeu que já não consegue meter a igreja dentro da “sua capela”, e que está de passagem. Os “patins”, permita-me a ligeireza senhor presidente, já foram encomendados em Novembro do ano passado…
“QUEQUES”. No regionalismo madeirense “queque” é sinónimo de beto, de menino geralmente pertencente ao meio abastado, viva na República ou nas terras autonómicas do atlântico português. Recentemente, um “queque” não executivo tentou pressionar o Movimento JPP, como se de uma agência insular da República se tratasse, pressupondo que “ socialista de cá já governa”, e expressa “governamentalizar os outros”.
Aviso. Este JPP governa-se. Mas não se deixar governar. Ponto final. Se pretender, o senhor, fazer por exemplo um lóbi para baixar a tarifas escandalosamente altas aos insulares esteja inteiramente à vontade. O povo agradece, todos os quadrantes político-partidários agradecem. Especialmente se da TAP, maioritariamente pública, se tratar.
PROMESSAS
Na política, nem sempre o calculismo prevalece. É preferível ser sincero e honesto com os cidadãos, com os eleitores e com a população em geral.
No Funchal reina um misto de promessas, de palavras, de compromissos, de disponibilidades.
Não vejo nada contra o princípio natural da ambição, que considero inteligível e admissível na curta esperança da vida.
Apenas, estabeleço reticências quando se diz não, e depois se afirma talvez, para ficar no sim. É preciso frontalidade: o povo entende se o desejo é sentido, assumido e concretizado.
ÉTICA
Mesmo ao espelho observamos melhor os outros. José Manuel Rodrigues, do CDS, na conquista do “harém masculino”, vê no JPP um suscetível retorno à personificação de um-só. Talvez, esteja a ver apenas alguns cartazes. Tem que consultar os restantes.
A política sem debate aceso, sem crítica, sem argumentação é uma chatice. Mas sem ética é uma vergonha. Nunca é tarde relembrar que um parlamentar do CDS, susceptível de se servir do público de manhã e à tarde do privado cai, às vezes, na tentação de chegar ao cliente, pelos passos perdidos. Não estou a referir-me ao colega José Manuel Rodrigues, é óbvio. Para que conste, votar de manhã favoravelmente um requerimento para uma auditoria ao passivo ao antigo Jornal da Madeira, e à tarde servir o senhor governo regional na tentativa de obstaculizar essa mesma auditoria, é no mínimo servir-se escandalosamente de um parlamento para engordar a carteira (de clientes).
2 comentários:
Em 2019 vamos ver se nao vao se juntar a Cafofo ou Albuquerque!!!
Agora dizem mal em 2019 vao ser a muleta do poder, hipocrisia ao maximo.
Assim como a Rubina foi andar na Ciclovia que prometia rasgar até a baixa do Funchal, também estes Engomadinhos vão correr no Estádio de Atletismo que inventaram num OITO.
Em 2019 o osso vai ser bem duro de roer e estes renovadinhos já foram.
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