ASSÉDIO? PERSEGUIÇÃO POLÍTICA, DE CERTEZA

Um comentador político anti-PSD-M fez acusações de assédio moral no trabalho a um diretor regional da Secretaria Regional dos Equipamentos e Infraestruturas, baseando suas acusações numa série de situações e numas gravações áudio. 

O diretor regional manteve o tacho… e não desistiu. Começou a declarar aos colegas de trabalho mais próximos do comentador político que estava para ser decidido por Pedro Calado, após ter passado por Pedro Fino, um processo disciplinar contra esse trabalhador.

O comentador político, após confirmar com outro colega as declarações do Diretor Regional, procedendo como habitual, por escrito, transmitiu-as a Pedro Calado e Pedro Fino.

Aparentemente, nem Pedro Fino nem Pedro Calado fizeram algo ao diretor regional.

Caso as declarações do diretor regional sobre a instauração de um procedimento disciplinar ao comentador político fossem verdadeiras, então esse diretor passou um atestado de incompetência a Pedro Fino (pois a responsabilidade de instauração de um procedimento disciplinar cabe unicamente a Fino) e procurou responsabilizar politicamente Pedro Calado pela perseguição política.

Mais ainda de acordo com o ponto 5 do artigo 200º - Natureza secreta do processo – da Lei Geral dos Trabalhadores em Funções Públicas, a divulgação dessa informação é infração disciplinar, para além de proporcionar uma defesa ao trabalhador: o procedimento enquadra-se numa estratégia de perseguição política, para além de ser uma tentativa de denegrir a reputação do trabalhador.

Assim sendo, a resposta racional a esta situação, tanto de Fino como de Calado, deveria ser o arquivamento do processo ao trabalhador e a demissão do diretor regional. Tal não ocorreu.

Caso essas declarações sejam falsas (que é a hipótese na qual acredito), então à primeira vista o objetivo é assediar o trabalhador; fazer com que ele tenha medo; fazer com que ele deixe de intervir na política e deixe de denunciar as ilegalidades deste Governo Regional. 

Mas há algo que não faz sentido, o diretor regional orgulha-se de ter Albuquerque na mão, e não o mencionou. Porque é que não disse que o processo estava nas mãos de Albuquerque?

Mais ainda, o procedimento do trabalhador era previsível, pelo que o diretor regional sabia que não ia ser demitido por causa destas declarações. Logo, ou o diretor regional tem Albuquerque nas mãos ou estava a receber instruções de Albuquerque para queimar a imagem política dos Pedros (Fino e Calado).

Presumo que os Pedros não sejam tão imbecis para permitirem que utilizem seu nome em situações nas quais não têm qualquer tipo de interesse. Já imaginaram, se os diretores regionais começassem a dar instruções ilegais, alegando que estavam a cumprir ordens de Calado? Calado, para além de ganhar inimigos e não ter qualquer recompensa pela ilegalidade cometida, ainda arriscaria a ser envolvido num qualquer processo-crime.

Se um dos Pedros sugeriu a Albuquerque a substituição do diretor regional e este último recusou, então o plano foi mesmo queimar Calado, e ameaçar Fino. 

A resposta racional de qualquer um destes políticos é começar a ganhar provas de crimes instigados por Albuquerque… e depois, durante uma viagem de Albuquerque, aproveitar para substituir o diretor regional baseando a decisão em assédio moral a trabalhadores (impedindo uma eventual futura nomeação para um cargo) com o intuito de mandar a mensagem a Albuquerque e a todos os diretores do GR: “Nem sequer sonhem em me tentar lixar, porque eu a seguir dou cabo de vocês!”.

Penso que até final do próximo mês, vos indicarei qual o verdadeiro plano por detrás das declarações do diretor regional.

Eu, O Santo