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sábado, 21 de março de 2020

PCP atento



COVID-19 faz aumentar violência da exploração laboral


1 - Agressão a dirigente sindical que reclamava por cuidados de higiene e saúde no trabalho

Na Região Autónoma da Madeira, o PCP tem conhecimento de diversas situações em que, com o agravamento da situação criada pela pandemia associada ao COVID-19, a violência da exploração e a intensificação de formas de agressão directas contra os trabalhadores está a acontecer nos mais diversos sectores de actividade económica. 
Chegou-se ao ponto de se confirmar que uma trabalhadora, dirigente sindical do CESP, do sector do comércio e serviços - foi agredida no seu local de trabalho pela chefia directa. Depois de apontar falhas na necessária atribuição de meios de protecção e de higiene pessoal para os trabalhadores que estavam em exercício de funções no manuseamento de produtos alimentares, foi vítima de uma criminosa agressão física.

Aquela dirigente sindical teve assistência hospitalar e está a ser submetida a cuidados de saúde. Daquele caso já foi formalizada queixa na PSP, ao que se deverá seguir queixa criminal.


2 - Outras manifestações da violência contra os trabalhadores 

O PCP considera imperioso denunciar outras formas de violência contra os trabalhadores nesta Região. Em especial, nos sectores da limpeza e da hotelaria estão a ser multiplicadas as abusivas orientações por parte do patronato e de grupos económicos para que os trabalhadores sejam imediatamente obrigados a férias.
Na Madeira, o "Casino Parque Hotel", do Grupo Pestana, informou ao longo desta manhã a todos os trabalhadores, que iria encerrar coagindo-os a ir de férias.
O Hotel "The Vine" está também a fazer chantagem com os trabalhadores com o intuito de lhes usurpar direitos fundamentais. Processo que está a ser implacavelmente desencadeado pelos hotéis do Grupo Cardoso.
Assim, outra das manifestações de violência contra os trabalhadores são as práticas de unilateral suspensão de actividade por parte de empresas sem qualquer respeito pela legalidade. 
Em especial, no sector da hotelaria diversos grupos estão a forçar processos de recurso arbitrário ao Lay-Off. O que na verdade está a acontecer é uma violência brutal sobre os trabalhadores desta Região Autónoma para que fiquem completamente descalços quanto a direitos no trabalho e no direito ao trabalho. O que o patronato está a desencadear é de uma violência directa, não só pelo recurso à coação psicológica - recorrendo à pressão e à coação para tudo o trabalhador aceitar, prescindindo dos seus mais legítimos direitos -, como também pela vergonhosa aplicação de despedimentos colectivos - recorrendo à dispensa dos trabalhadores para anular vínculos, para o não renovar dos contratos.


3 - Travar a escalada de agressão aos direitos dos trabalhadores

O PCP considera que a extensão e profundidade da escalada que está a ser concretizada contra os direitos dos trabalhadores não tem paralelo na história da Autonomia. Nunca como agora se verificou tão violenta acção para roubar direitos fundamentais de quem trabalha.
É por esta razão que o PCP, através da sua representação parlamentar, intervirá com o objectivo de exigir do Governo Regional medidas imediatas que salvaguardem os trabalhadores desta Região face ao ataque à vida dos trabalhadores. O COVID-19 não pode servir para matar à fome os trabalhadores desta terra, nem para condenar à servidão os trabalhadores nestas ilhas.
O Deputado Ricardo Lume enviará para conhecimento do Representante da República e para o Governo Regional um apelo, em nome do PCP/Madeira, para que a esta ofensiva contra os trabalhadores possa corresponder a mobilização de meios públicos de acção urgente e imediata à altura da gravidade do problema humano e social que está a ser criado na Região Autónoma da Madeira.


Pela Comissão Executiva da DORAM do PCP
Funchal, 21 de março de 2020

7 comentários:

Anónimo disse...

É o que é que o PCP quer?
Não vê que o lay-off é a única forma de manter os postos de trabalho, ou que antes dessa medida podem os trabalhadores serem mandados de férias?
Estão à espera que as empresas sem ter receita continuem a pagar os salários como se nada tivesse acontecido?
Ou será que preferem que os trabalhadores sejam despedidos pura e simplesmente?
Ou será que acham que isto será apenas coisa para um mês?

Anónimo disse...

Somos assim.
Li que na Povoa de Vargim anda tudo a passear, enquanto muitos estao fechados em casa á dias. Um Pais parado com custo de milhoes por dia e andam uns inteligentes nas ruas a contaminarem.
Tambem por que raio a construçao civil está a trabalhar? Será que as obras não podem esperar, sabendo que mesmo a trabalhar por vezes demora o dobro do tempo?
Nem mesmo vendo o exemplo de Italia e agora de Espanha aprendem?
Só mesmo a ferro e fogo.
O que espera o Governo para meter pulseira eletronica em todos ?
Só assim se consegue. E depois andam para aí a enaltecer os Portugueses que acatam e sao solidarios.

que raio de solidariedade a destes estupidos que ainda nao perceberam que vão bater com os queixos numa cama e vão ser preteridos a favor de outros?
Apetece desistir e deixar que todos se lixem.

Ainda á um mês andavam a discutir a eutanasia e agora estão calados?

Mantenham esses comportamentos e depois começam aos gritos quantos cortarem nos salarios e aumentarem os impostos, que é o que se segue.

Ai nem vão ter dinheiro para comprar sapatos para andarem a passear.

Acham que nao cortam salarios? Pensem na Troika e ainda ontem o presidente do Brasil a dizer que a forma de nao despedir é baixar nos salarios 50% . leram bem cortar para metade.. Assim talvez começem a ver a dimensao do problema.

Ultima nota:
aumentou o consumo de agua em 30% no Funchal? Sem problema para continuar a lavar o terreiro com agua em pressao todos os dias como tenho constatado.

Anónimo disse...

É muito estranho esse aumento de 30% no consumo de água no Funchal.
Mesmo com as pessoas em casa, o que aumenta o consumo, grande parte da hotelaria não tem hóspedes e muita já está fechada, assim como os restaurantes, o que diminui o consumo.
Por isso acho estranho esse valor exponencial, até se tivermos em conta que a ARM diz que o consumo diminuiu, e a EEM afirma que o consumo de electricidade diminuiu 9%.

Anónimo disse...

11.46 não entendes é o sonso a fazer uma jogada para agarrar algum

Anónimo disse...

13.13
Na Madeira Albuquerque só há um.

Anónimo disse...

19.06,
E que dá instruções à ARM e à EEM para não cobrarem água e electricidade neste período.
Felizmente que esse um que dizes que só existe é o presidente do governo.

Anónimo disse...

11.06
Lógico, jogada para agarrar mais algum.