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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018


CMF: O recurso hierárquico II



Estimado leitor, nesta publicação revisitarei uma história anteriormente publicada, e mostrarei a personalidade de Cafofo e sua camarilha.
A história anteriormente publicada versa sobre um candidato que apresentou recurso hierárquico de uma decisão de um procedimento concursal para seleção de um cargo de dirigente e a Câmara Municipal do Funchal não respondeu no prazo de seis meses.


Afinal, os procedimentos concursais para seleção de cargo dirigente (ao contrário dos de seleção de funcionários públicos[i]) não admitem recurso administrativo, pois não existe nenhum diploma legal que confira essa possibilidade. A Câmara Municipal do Funchal só demorou cerca de dez meses a responder isto… e depois da intervenção do Ministério Público junto do Tribunal Administrativo e Fiscal da Comarca do Funchal.

A Cafofo e sua camarilha

No ofício da Câmara foi discutida a expressão no recurso: “a competência está subdelegada”. Que diferença faz se está delegada ou subdelegada? Foram precisos dez meses para chegar a essa conclusão?
No entanto, o resto do conteúdo do recurso não respondido pela CMF, como por exemplo: as atas do júri não mostram as respostas dos candidatos; foi avaliado tecnicamente um engenheiro para exercer atos de engenharia mencionados no Regulamento de Atos de Engenharia por não-engenheiros; com base numa entrevista de 30 minutos, não-psicólogos e não-psiquiatras avaliaram a capacidade dos candidatos a “capacidade de resistir a pressões e a situações de stress”; e situações caricatas como:
         Um candidato teve 1100 horas de formação em 7 anos como técnico superior e obteve a seguinte anotação na entrevista: “demonstrou interesse (…) pela valorização e atualização profissional”. No entanto, o mesmo júri considerou que um candidato (o selecionado para o cargo) que tem muito interesse “pela valorização e atualização profissional”, e nos últimos dez anos só teve 118 horas de formação professional… e não vou falar da adequação dessa formação profissional para o cargo…

·         O júri considerou que “a candidata mostrou muito interesse pelo exercício de funções dirigentes”. Na manha seguinte a esta entrevista, esta mesma candidata faltou à entrevista para outro cargo dirigente.

·         Na altura, havia denúncias públicas quase-semanais neste blog fenixdoatlantico sobre o mau funcionamento dos serviços que os candidatos selecionados já dirigiam.

·         O júri considerou que o candidato selecionado “Revelou muita iniciativa e muita capacidade para apresentar soluções pertinentes” embora: a) que desde de 2011 é chefe de uma divisão cujas instalações não estão licenciadas e b) fez com que a  CMF há 6 meses ande a alugar máquinas em vez de arranjar as da edilidade.

Conclusão

Estimado leitor, na minha opinião, não é com Cafofo que terá uma hipótese de ascender profissionalmente e socialmente não prejudicando os seus concidadãos e sem lamber-cus.

Será que Cafofo compreende que tem mais hipóteses de ser bem sucedido liderando um grupo com incompetentes do que liderando um grupo com indivíduos que o queiram prejudicar?
Será que ele aprendeu com os erros de Albuquerque e da sua não-“Renovação”?

Para mim também é claro que para roubar no Governo Regional é melhor contar com indivíduos com experiência e conhecimentos do assunto, indivíduos agarrados ao tacho e indivíduos coniventes com patifarias…
Quanto a eventuais alterações no Governo Regional, lembro o estimado leitor, que Albuquerque (São Albuquerque para o próximo déspota do Governo Regional[ii]) implementou uma lei que permite indigitar com quase completa discricionariedade os diretores regionais… e são estes que tudo decidem… e que tudo têm hipótese de saber sobre um serviço.
Quanto à conversa de falta de quadros no PS-M, se o estimado leitor tivesse 100 ou 200 cargos bem pagos para distribuir discricionariamente, será que em menos de um mês não teria suficientes “amigos-pelo-menos-tão-competentes-como-os-Renovadinhos” para os preencher a todos?

O Santo

[i] Portaria 83-A/2009

[ii] Em qualquer situação o déspota pode-se comparar com Albuquerque para ficar bem visto.

2 comentários:

Anónimo disse...

A seguir a te ignorarem, vao se se armar em vitimas.
Ignoram te nao por estrategia, mas porque nao sabem que outra coisa fazer.
O importante e pagar ao amante.

Anónimo disse...

Revisite sempre. Tem muito para revisitar. Desde 1980, um ror de revisitações.