RATOEIRAS NA PROMENADE

O repórter bem situado no terreno apanhou à hora certa o nosso prezado Amigo António Abreu a fazer cálculos sobre a melhor maneira para mandar tapar buracos na promenade que vai da Praia Formosa a Câmara de Lobos. Nem de propósito. Estava eu de lápis em riste para lançar um apelo aos responsáveis sobre um problema subjacente, literalmente falando, ao que levou o patrão das Sociedades de Desenvolvimento a sujar os sapatos. 

De facto, ontem mesmo vi uma senhora que fazia tranquilamente a sua corridinha na mesma promenade, só que mais para leste, na zona dos restaurantes, estatelar-se ao comprido ficando um pouco aturdida, mas em condições de continuar a correr. A senhora teve mais sorte do que outra, muito mais idosa, que no passado Verão trambolhou no mesmo sítio, que é onde as placas de cimento, devido quem sabe devido a quê - dizem que à acção subterrânea (!!!) do mar - deixam de jogar umas com as outras. As que ficam mais altas tornam-se uma verdadeira armadilha com várias presas ao dia. É cada tiro cada melro, quase. Nesse caso do Verão, a idosa ficou imobilizada, com um osso do ombro deslocado. Valeu-lhe o proprietário de um restaurante da zona dos hotéis, Monumental e Casa Branca, com conhecimentos na matéria, que lhe resolveu o problema antes da chegada dos socorros.

A propósito daquela queda ontem, somaram-se os comentários, como este: isto não é nada, tem havido feridos a sério.

E lá veio o caso parece que na semana passada: um turista idoso deu a 'topada' no cimento saliente e quando deu por si viajava de ambulância para o Hospital.

É a este propósito que Pelas PSoas venho pedir à SD ou à Câmara ou Frente Mar, a quem quer que mande naquilo, que acabem com a ratoeira. Dar um cimento ali é cimento com cimento, não 'prega'. Dizem por lá que é preciso rebarbadora, não sei. Mas os engenheiros saberão.

Olhem que o caso não é brincadeira nenhuma. Clientes das esplanadas até se põem à coca a contar os espalhanços. E cuidado, não é só num trecho da promenade. É de um lado a outro, na zona referida.

Desde logo, avisos que se vejam, naquela zona. Não é 'cuidado com o cão', é 'cuidado com o chão'.