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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018



ENGENHEIRO PINTO ELISEU 
MORRE AOS 101 ANOS 




O Engenheiro Civil José Adolfo Pinto Eliseu completaria os seus 102 anos de vida no dia 23 de Julho. Morreu hoje. Embora tivesse nascido fora da Madeira, em 1916, deixou obra valiosíssima no Arquipélago, enquanto Director-delegado da Comissão Administrativa dos Aproveitamentos Hidráulicos da Madeira - cargo primeiramente ocupado, nos anos 40, pelo também inesquecível Engenheiro Manuel Rafael Amaro da Costa.
Figura prestigiada no seio da Sociedade insular do seu tempo, residindo na Rua do Favila, 17-C, o Engenheiro Pinto Eliseu licenciara-se no Instituto Superior Técnico, Lisboa, em 1941, entrando pouco depois ao serviço do Ministério das Obras Públicas.
Depois de integrar a Repartição de Estudos Hidráulicos do Sistema Cávado-Rabagão, onde mais tarde seria colocado o Dr. Fernão de Ornelas, ex-presidente da Câmara do Funchal, o Engenheiro Pinto Eliseu foi destacado para os Açores, em missão relativa à sua especialidade, seguindo-se outras colocações pelo País. Até que foi nomeado Director-delegado da Comissão Administrativa dos Aproveitamentos Hídráulicos da Madeira - Casa da Luz.
Quanto à carreira política, foi procurador à Junta Geral do Funchal, entre 1955 e 1970, e deputado da Nação pelo círculo da Madeira.
Desportivamente devoto do Club Sport Marítimo, assumiu o cargo de Presidente da Assembleia Geral do Clube do Almirante Reis durante oito mandatos, a começar em 1962. Trabalhou portanto com dois Presidentes da Direcção do Marítimo, o Dr. Vieira da Luz (sete mandatos) e o Dr. Bacili Dionísio (um mandato). 
Partiu uma figura da vida madeirense de meados do século passado, um nome de prestígio com lugar na história do desenvolvimento das Ilhas em tempos particularmente ingratos.
Aos descendentes do Engenheiro José Adolfo Pinto Eliseu, em especial a sua filha por intermédio de quem, desde Lisboa, acabamos de saber da infausta notícia, e também aos simpatizantes do Marítimo que se lembram do Presidente da Assembleia Geral dos anos 70, as nossas condolências. 

2 comentários:

Anónimo disse...

Foi um grande homem, com quem tive o privilégio de trabalhar como topógrafo na minha juventude, no meu início profissional.
Conjuntamente com os Eng. Ornelas Camacho e Gonçalo Câmara, percorríamos as serras da Madeira de segunda a sexta (só vínhamos a casa ao fim de semana) numa equipa dos Aproveitamentos Hidráulicos, quando a engenharia se fazia na serra, dadas as obras que estavam em curso.
Foram três "príncipes" da engenharia madeirense. Homens de grande dimensão moral e profissional.
Até sempre Senhor Engenheiro.

Anónimo disse...

Um grande SENHOR, deixou rasto na Madeira, tanto pelo seu trabalho, honesto, sem compadrio, sem corrupção, como pela sua boa formação.Pena que nos últimos quarenta anos não se tenha visto este exemplo aplicado, ninguém lhe chega aos calcanhares, nem rastejando...Descanse em paz.