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terça-feira, 20 de fevereiro de 2018



Um livro para a eternidade sobre a tragédia-2010




O nosso colega Octávio Passos foi um dos repórteres fotográficos que trabalharam por dentro das enxurradas que tantas vítimas provocaram a 20 de Fevereiro de 2010, faz hoje 8 anos. Como outros, deixou para a posteridade imagens históricas dos tristes acontecimentos. A longa e excelente reportagem de Octávio está impressa em livro, que constitui um documento obrigatório em qualquer biblioteca.

Hoje, porém, também foi dia de mágoa profissional para o incansável jornalista - e talvez para outros nas mesmas condições. Como uma praga, as fotografias dos profissionais são lançadas indiscriminadamente para as redes sociais e sites sem qualquer defesa dos direitos de autor. É um problema com difícil solução, se é que há solução possível. E hoje as fotos do 20 de Fevereiro circularam sem pedir licença a ninguém.
Octávio Passos não deixou passar os usos indevidos. Na sua página de FB, diz o seguinte: "Quer queiram quer não queiram, o meu trabalho, o meu livro '20 de Fevereiro' será sempre um fiel testemunho dos acontecimentos", passem 10, 20, 50, 100 e 200 anos. 
Referindo-se a uma foto em especial publicada na imprensa de hoje: "Esta e outras tantas fotografias irão ser publicadas, divulgadas e faladas ao longo do tempo, tenho de me consciencializar disso, mas não posso aceitar que façam o que querem com a minha obra, com o meu trabalho; a não assinatura dos direitos de autor já é não só uma falta de respeito como de ética profissional, mas a publicação da foto com uma publicidade em cima da mesma revela uma falta de profissionalismo, de brio, de tudo o que se possa imaginar."
Eis a situação de que legitimamente se queixa Octávio Passos.


Na vida dos jornais, os azares ameaçam a todo o instante. O título da publicação diária em causa, o repórter autor da imagem de 2010 e o seu livro não mereciam o azar de hoje. Mas quem é que atira a primeira pedra? Não se sabe se, no caso das imagens pirateadas na net por sites e blogues, alguma vez haverá regulamentação a dar o seu a seu dono. Mas, aconteça o que acontecer, a obra de Octávio Passos permanecerá nas nossas bibliotecas para sempre, como um documento das nossas vidas, cheio de sons, cheiros e lágrimas que os vindouros devem conhecer.

16 comentários:

Anónimo disse...

Otávio Passos tem toda a razão.

Anónimo disse...

Ó Octávio, qual é o nome da agência e do jornal que te ajudavam a pagar o jipe na altura dessas fotografias? Não te recordas? Toma um pouco de Memofante: DN-Madeira e Aspress.

Anónimo disse...

Os direitos de autor são sempre para serem respeitados.Seja na fotografia, na pintura,na escrita, seja o que for.

Anónimo disse...

Agência ?? Agência de viagens ?? Alguma vez a ASPRESS é ou foi uma agência ?? Só se for de favores... lá muitos charutos, jantares, malas, e sapatos para a então senhora do Sr Helder, o Octávio ajudou a pagar.
O que o Octávio recebia pelo trabalho que fazia para o DN e outros tantos jornais não dava para tanto charuto e estarolice na praça pública da cidade e arredores. Hoje as peneiras estão mais brandas, e irão ficar mais. É a opinião de um cidadão atento e conhecedor de toda a situação. Vocês muito invejam o Octávio, mas não têm onde cair mortos, e com o dobro ou triplo da idade dele, vocês não têm um legado feito na vossa profissão, coisa que o rapaz, sempre o teve, com todo o brio profissional que tem, prova disso é estar onde está. Sejam menos pequeninos.

Unknown disse...

Em resposta ao comentário anónimo das 23:44...

Todo o meu trabalho para essa "Agência" ?? pagava bem mais, contas a essa "Agência" que as minhas próprias contas.

Octavio Passos

Anónimo disse...

Fico incrédula ! Vejo que há gente ressabiada e sem escrúpulos!
Este brilhante e trágico trabalho do fotographo Octavio Passos levou a Madeira para além fronteiras, i 20 de fevereiro será relembrado para sempre! Nunca será esquecido! Só cumpriu o trabalho dele? Sim só, mas com coragem e profissionalismo !
A ingratidão fica tão mal!!!

Anónimo disse...

O DN já a algum tempo que é assim...coloca o jornalismo na lama. O brio profissional que existia foi decrescendo proporcionalmente com a ascensão do actual director. A história da descapitalização do maior activo que um jornal deveria ter, a credibilidade, ficará para sempre ligada a actual direção.

Anónimo disse...

Os comentários anónimos aqui deixados a caluniar o Octávio Passos dizem mais de quem os faz do que do Fotógrafo com maiúscula que ele é.
Curiosamente, não o conheço pessoalmente mas é como se fosse.
A inveja do madeirense típico faz com que, quem tem valor emigre para fora da Ilha , onde são reconhecidos sem compadrios e favores e só cá fique...

Um abraço,

Luís Oliveira

Anónimo disse...

há que reconhecer que deveria ser proibido o "post" na "net" de quaisquer trabalhos (fotos, vídeos, artigos de opinião, músicas ...etc) sem consentimento dos respetivos autores. Pergunta-se: este é o primeiro caso (texto e fotos do Fev/2010)publicados sem o consentimento do autor? ... será que nunca tal aconteceu com a cobertura de outras tragédias, algumas até com risco de vida? ...é que pimenta...

Anónimo disse...

Senhor Calisto, só o Octávio é que pode atirar pedras aos outros? Assim não tem piada. Também temos pedras para ele. Não o proteja que ele já é crescidinho.

Unknown disse...

Estimado anónimo 12:02 ... diga, diga que estou aqui pronto para levar com as pedras. Mas não seja COBARDE, dê a cara.

Anónimo disse...

Isto é vergonhoso. O que é que as pessoas têm a ver com aquilo que um fotojornalista ou outro profissional qualquer faz com o dinheiro que ganha legitimamente enquanto exerce as suas funções.
O que me choca é aquilo que certos comentários representa na sua essência. Representa uma sociedade em que há muita gente invejosa. Que não se contenta com aquilo que tem e cobiça as coisas alheias.
Há por aí uns bandalhos invejosos de mau caráter, que por mais ou menos que tenham vão invejar sempre. Por isso hão-de ser sempre infelizes.
Por mim este fotojornalista podia ter comprado 1 ou 100 carros. Eram dele. Foi ele que os pagou.

Anónimo disse...



Comprei esse livro e essa é uma imagem de "marca" do trágico dia 20/fev/2010 que ate percorreu o mundo. Agora só uma pergunta, tendo o DN supostamente comprando as fotos não tem direito de as colocar como quiser?

Anónimo disse...

Cada comentário de pessoas invejosas quem sabe ou são colegas fotojornalistas ou são simplesmente gente de mau caracter era engraçado ver a carinha desses artistas.
O fotojornalista Octávio Passos tem o direto à sua revolta pois hoje com as redes sociais e outros meios cada vez mais se assiste a divulgaçãao de fotos sem a autoria dos autores. ´Constitui um crime e uma falta de elegância/ ética.

Anónimo disse...

Senhor Octávio, a propósito do seu comentário das 12:51, o Senhor Luís Calisto tem na caixa de correio uma crítica a uma atitude protagonizada por si. Está relacionada com a forma como resolveu dizer mal do maior postal turístico da sua terra, o fogo do fim do ano no início de 2017.
É uma crítica assinada por mim, um cidadão que ama a sua terra e que não cospe nela quando a vê de fora.
Duarte Ferraz

Anónimo disse...

Os direitos de autor na vertente da fotografia são sempre muito complicados e então com a aparecimento da internet e as suas redes sociais praticamente desapareceram.

Eu por norma nunca utilizo fotos de ninguém nas redes sociais e tenho a perfeita noção de que desde o momento que coloco uma foto online perdia-a para sempre, por algum conforto costumo assiná-las, mas isso não tem impedido que outras pessoas as usem como suas.

O prazer e a satisfação de partilhar e ver a reacção das pessoas ao nosso trabalho será sempre maior do que a frustração de ver pessoas mal intencionadas usarem aquilo que nos deu tanto trabalho, gastos económicos e privação de tempo com a família e amigos, de forma gratuita e ainda por cima para fazerem dinheiro.

Mas o problema até que não é o dinheiro, pois não vivo da fotografia, sendo apenas um passatempo, é a falta de respeito e de educação dessas pessoas, bastava uma pequena mensagem a pedir/informar a utilização da foto e mencionar o seu autor.

Sobre este caso em concreto, mesmo que o trabalho tenha sido feito para um determinado cliente, penso que o autor deve ter sempre o seu reconhecimento, (uma obra do Picasso, mesmo comprada por mim, será sempre do Picasso) mas o que ainda choque mais é ver uma foto emblemática, de um acontecimento tão dramático ser utilizado para publicidade que nada tem a ver com o acontecimento em si.

Não pode valer tudo, três pessoas a lutarem pelo dom da vida não pode ser utilizado para publicidade que não tem nada a haver com a situação, pois se é para entrar por este caminho, sugiro que as pessoas que estão na imagem ou os seus descendentes, comecem a tratar dos seus direitos de serem ressarcidos pelo uso da sua imagem para fins comerciais.

Verde Rubro