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domingo, 18 de fevereiro de 2018

'Resistência' organiza guerrilha no PP-M




Como funciona o processo eleitoral
num regime democrato-ditatorial


A que tem direito um eleitor no dia de fazer uma cruzinha:

1. Um almoço farto e de ricos num restaurante, de preferência, caro; Alguns lamentam-se de estar a almoçar em frente de figuras sinistras e pouco simpáticas em outros campeonatos, mas o que conta é mesmo o almocinho e o convívio.
2. Uma carrinha para levar o eleitor a votar;
3. Não é preciso ver as listas; não é que o eleitor pense assim, um dependente da causa o suficiente para tapar o painel faz a primeira parte, depois se alguém quiser ver as listas com o bucho cheio e de consumir álcool à discrição, outro dependente do regime convida a entrar diretamente no local de voto e lembra que o que interessa é fixar bem onde colocar a cruz que vai acabar com os “infiéis”;
4. Funcionários do regime na rua, à porta do local de voto e até ao pé do local de voto.

5. Atrás da urna de voto um qualquer dependente do regime, no fundo, aquilo a que o madeirense chama de “um triste” a tentar fazer-se de imparcial com medo de perder a principal fonte de rendimento pois a competência não permite mais que isto.
6. À frente da urna de voto um corredor de políticos gastos e cansados que raramente atendem o telefone aos eleitores e que de repente distribuem beijos e abraços dando tanta conversa que o eleitor quase não consegue votar sem estar acompanhado.
7. Nos bastidores os mais famintos incitam os mais moderados a proibir isto e aquilo e protestam por demasiada Democracia proporcionada aos “infiéis”. Os momentos de tensão surgem à medida que as coisas não correm como previsto. Podem estar na rua, na porta e até vergonhosamente à frente da urna a tratar da saúde dos tristes reumáticos, mas um “infiel” nem pensar.  
8. No final do dia com a pança cheia de votos ainda havia quem se lamentasse que afinal teria de ir à Missa de amanhã, pois hoje o ofício não deixou.
Podia ter sido um dia normal de eleições na Madeira nos tempos de AJJ, mas afinal foi uma eleição de delegados ao Congresso do CDS. Umas pessoas que querem ir dar um passeio a Lisboa e que inicialmente foram convidadas para o passeio. Entretanto, uns “infiéis” decidiram também tentar a sua sorte. Resultado: só faltou levar gente de ambulância a votar porque alguém resolveu estragar a excursão destes democratas da sua própria conta bancária.
É assim a Democracia no CDS do duo Lopes e Barrete. Uma falta de respeito para com todos os que lutaram e sofreram nas mãos do partido do regime para que as eleições fossem participadas e livres. E estavam lá muitos ontem. Os velhinhos foram chamados a votar em troca de transporte, almoço e ouviram lista A, votar lista A e foi isso que fizeram porque naturalmente nem faziam ideia que havia uma segunda lista. A segunda lista sempre presente mas ora expulsa por gente mais agressiva, ora mantida por gente mais inteligente, optou por não apanhar um arraial de porrada e limitou-se a cumprimentar e receber abraços de gente que nem teve oportunidade de saber quem pertencia à lista A ou B.
O CDS está perdido e não haverá nenhum D. Sebastião que lhe valha. Tornou-se num partido de perseguição e ameaças, de controlo, de vigilância.
Eu não sei se esta gente toda já percebeu que só vai haver um lugar de primeiro, um lugar de segundo e um lugar de terceiro na lista para as regionais. Nenhum destes serventes de primeira classe vai nestes lugares e não esperem por nomeações para secretarias, pois o mais provável é ficarem atrás de partidos teoricamente mais pequenos que o CDS.
O que a ganância de uma nódoa política fez ao principal partido da oposição na Madeira devia ser considerado crime. Boa excursão!

A Resistência

5 comentários:

Anónimo disse...

Mas o pior é que deste saco de gatos vai sair o fiel da balança que permitirá "governar" a RAM.
Que S. Cirilo nos valha!

Anónimo disse...

retrato fiel dum partido que podia ser grande. Mas que por causa dos chefes que o querem só para si, não é. Culpados: Rui Barreto, Lino Abreu, José Manuel Rodrigues, Ricardo Vieira.

Anónimo disse...

O gajo que escreveu este texto deve ser o mesmo que arrebanhou uns horinhas acabados de chegar ao CDS que nem sabem bem ao que tão mas que no conselho regional anterior a este foram todos feitos carneirinhos mal amanhados votar no pseudo secretario-geral, o Dr. Pedro Pereira, esse mesmo que há bem poucos anos andava a abanar bandeiras na JSD. Tenham mas é vergonha na cara...Gente desta no partidos cresce como ervas daninhas, depois admirem-se que já ninguém acredita na politica! Cambada de burros!

Anónimo disse...

O Sr Nelson Costa Ferreira anda armado em virgem ofendida! Logo esse grande quadro do CDS, esse que ia ganhar ahahahhaha ia ganhar ahahahhaha as eleições ahahha em santo António ahahhaha. Desculpe Sr. Calisto mas não consigo parar de rir. Oh meu Deus ao que chegamos...

Anónimo disse...

E largar o dinheirinho que o partido paga e deixar de pagar as contas pessoais com o cartão do partido? O duo Fonseca & Barreto vão chupar na teta até não poderem mais. A margarida, o Amílcar o Juan e o António mamam menos mas mamam benzinho