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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018


GENERAIS E SUAS TROPAS

               
João Barreto

Nenhuma agremiação sobrevive sem disciplina. Os órgãos eleitos para geri-las possuem legitimidade para determinar ações concretas e linhas de ação, e razões para esperar que os filiados as sigam e acatem.
Nenhuma agremiação sobrevive sem o debate entre os seus constituintes e participantes; sem que estes possam falar e fazer-se ouvir (o que não é necessariamente a mesma coisa). Todas as decisões devem ser passíveis de debate antes da sua formulação e na avaliação alargada dos respetivos resultados.

Qualquer liderança que, tendo sido sufragada em determinado momento, não estabeleça linhas claras de ação e disciplina na execução, verá enfraquecida a legitimidade adquirida.
Qualquer liderança que, por ter sido sufragada em determinado momento, prescinda da audição das bases e da avaliação sistemática e participada dos resultados da sua ação, acabará isolada e contestada até lhe ser retirada a legitimidade.
As bases deverão ser disciplinadas, mas nunca amordaçadas. É básico que se observe o princípio do respeito dos eleitos pelos que têm o poder de eleger; os quais, podem até calar uma ou outra dissensão em nome de um bem comum, mas nunca aceitarão ser ignorados na formulação, definição e avaliação do que este vem a ser.

Manter a legitimidade (manter o poder, diria Maquiavel numa visão mais “hard” da temática) depende da habilidade dos líderes na gestão entre a disciplina e o debate. Isto claro no pressuposto de que falamos de agremiações democráticas pois, nas outras, temos tiranos no lugar de líderes e vassalos em vez de filiados. E, já agora, “purgas” a substituir os apelos à unidade!

1 comentário:

Anónimo disse...

Disciplinar as bases? Mas alguem se submete sem ter em vista algum ganho? Talvez Joao Barreto...
Neste momento e claro que Albuquerque ja deu as benesses todas a quem quis, quer e querera dar.
Sinceramente, ja so falta Albuquerque proteger algum publicamente conhecido estuprador.