DIÁRIO E AS FAKE NEWS DAS RIBEIRAS
Mónica Sofia Sousa
O dia 6 de Setembro pode ficar na história da imprensa regional como o dia das fake news. Não é normal que o principal matutino regional apresente na sua capa dois destaques e ambos sejam comprovadamente falsos.
Na foto principal trazia alegadas expropriações por pagar em dia de inauguração da Cota 500. Dentro percebia-se que as expropriações eram só uma, mas que o dono terreno, só por acaso funcionário da Câmara de farda vestida, recusava receber o pagamento da expropriação pois tinha ouvido dizer que tinham pago mais a outros proprietários.
As expropriações e os preços de compra por metro quadrado são procedimentos públicos, mas não ocorreu ao jornalista ir verificar se o homem tinha razão. Algumas horas depois soube-se que o funcionário da Câmara exigia 30% mais do que tinha sido pago aos outros expropriados.
Na manchete o Diário informa que a GNR tinha feito 27 alertas ao governo regional sobre extração ilegal de pedra nos socorridos, e os bandidos do governo tinha fechado os olhos e tapado os ouvidos, como fazem os macaquinhos. A capa do dia seguinte parecia confirmar. "GNR e inspeção ambiental vistoriaram os Socorridos".
Essa tal de inspeção ambiental deve ser uma secção da GNR. Mas é preciso ir para a última página do Diário para perceber que afinal não era assim. Tinha havido um "engano". Afinal não tinham existido 27 alertas da GNR. O que tinha existido eram duas ou três ações de fiscalização da iniciativa do Governo, que entendeu convidar a GNR. E nessas fiscalizações verificaram-se 27 potenciais irregularidades, e apenas uma poderia referir-se a extração de pedra.
Um engano a duas semanas das eleições.
E uma capa no dia seguinte ao "engano" que lida por um leigo aparenta confirmar o tal engano. Nem um editorial a dizer que o Diário errou, nem uma manchete a colocar claramente os pontos nos is.
Os madeirenses já perceberam que, como a Saúde já não pega, porque havendo problemas recorrentes na Região, as soluções apresentadas por Cafôfo são anedóticas (e o tal hospital-fantasma dos 75 milhões foi um tiro na própria cabeça), aposta-se tudo na extração de pedra, já que o ambientalismo está na moda.
A imprensa do continente já denunciou há semanas esta relação vergonhosa entre Diário e Cafôfo.
Pior que o antigo Jornal da Madeira.
3 comentários:
Para Cafofo vale tudo. Não tem qualquer espinha dorsal.
Este não é o meu PS, não é o PS. E mais grave, esta "coisa" tem a cobertura do secretário-geral António Costa.
Assim não. Faço minhas as palavras do camarada Arlindo Oliveira. Será a primeira vez em mais de trinta anos, mas desta vez o meu voto não é no meu partido de sempre.
Enquanto secretário pessoal do presidente Iglesias na Câmara do Funchal,que andou a fazer para não ter tido tempo para se inteirar problemas da ribeira? 6 anos na autarquia e nada fez,agora,quer que acreditemos que vá fazer alguma coisa?
Mentiras do costume.
Então não houve extração ilegal de pedra nas ribeiras? Quem mente? O Amílcar que justificou ou os nossos olhos, e é montagem ?
Diga lá, perfil falso, tb é da SDM como a Jacinta?
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