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segunda-feira, 9 de setembro de 2019


POLÍTICA
Existem duas concepções da finalidade da política: “a política é arte de promover eficazmente o bem comum”, e “política é arte de ganhar e manter o poder”.
A política como arte de promover eficazmente o bem comum
Para os que acreditam nesta concepção, a política é a promoção da virtude e do mérito. Logo, as regras da virtude devem ser seguidas.
Na prática desta concepção, o político promove o homem: a liberdade, a consciência, o conhecimento, a cidadania. Em campanha, este político apresenta várias propostas e pouco repete.


A política como arte de ganhar e manter o poder
Isto significa que a política é uma guerra sem sangue. Como é uma guerra tudo é admissível: mentir, enganar, roubar, insultar, perseguir, destruir recursos.
O político que pratica esta concepção procura dominar, pelo que o seu derradeiro objectivo é destruir o espírito de seu concidadão: sua capacidade pensamento e vontade; também promove o estado de necessidade para que o concidadão só pense na sua sobrevivência e o apoie por umas quantas migalhas. Em campanha, este político pratica “pão e circo”: promete ajudar os pobres que ele criou, repete umas quantas ideias simples (propaganda, exemplo: "Cumprimos", "a culpa é do Costa"), e faz umas quantas palhaçadas para a população ver.

E, se numa Democracia os políticos em competição tiverem finalidades diferentes.
Numa sociedade com forte implantação da cidadania, a política como arte de ganhar e manter o poder é considerada como ultrajante, a não ser que a actividade política caia em descrédito.
Numa sociedade com baixa cidadania (o caso da região) a política como arte de ganhar e manter o poder tem vantagem: usa, abusa e promove a ignorância do cidadão. O político da promoção do bem comum com sua variedade e complexidade de argumentos não chega ao espírito do submisso comum… e basta uma propaganda simples (mesmo que seja falsa, como por exemplo, roubar pedra é proteger a população, ou o facto de pedir um empréstimo é prova de boa gestão) para o desacreditar.

“Se o homem fosse forçado a provar a si próprio todas as verdades de que se vale todos os dias, não acabaria nunca; esgotar-se-ia em demonstrações preliminares sem avançar; como não tem tempo, por causa do curto período da vida, nem faculdade para assim agir, por causa dos limites de seu espírito, é reduzido a dar por certa uma porção de fatos e de opiniões que não teve nem o vagar nem a possibilidade de examinar e verificar por si mesmo, mas que outros encontraram ou que a multidão adota. É sobre esse primeiro fundamento que ele próprio ergue o edifício de seus pensamentos pessoais. Não é sua vontade que o leva a proceder dessa maneira, a lei inflexível da sua condição é que o obriga a tanto.” – Tocqueville

Conclusão
A mim parece-me que nestas regionais estão duas concepções diferentes da finalidade da política… e que os políticos da pseudo-Oposição não estão a perceber nem o jogo nem a Sociedade em que se inserem.
A minha opinião deve-se a que esses políticos tiveram e têm oportunidade de, através de propaganda, colar a imagem de Albuquerque à da ladroagem, e não a aproveitaram.
O PSD, por seu turno, não teve pejo em colar a Cafofo a imagem de “prof. Mentiras”.

É muito difícil vencer um adversário que utiliza armas mais poderosas. Só se o consegue vencer utilizando armas semelhantes ou inutilizando as dele (como por exemplo, tornando a guerra numa batalha “corpo-a-corpo”. No caso prático, Cafofo teria que criar o espetáculo de ataques diretos à governação de Albuquerque… e esperar que este último cometa erros).

Eu, O Santo

2 comentários:

Anónimo disse...

O rótulo de Professor Mentiras colou porque se tornou evidente que Cafofo mente e de forma frequente.

Anónimo disse...

Câncio,
Já tinha saudades de uns escritos teus por aqui, porque com aqueles escritos que publicas no pasquim CM, agora que proibiram os comentários, não conseguimos esta interacção contigo.
Para além de engenheiro, jurista, e mais especialista noutras artes, também és agora analista político. Muito bem.
Continua Câncio. Pena aquela simpática agremiação Nós Cidadãos, de que fazes parte, não ter conseguido apresentar-se às eleições. Teríamos a tua pública intervenção. Mas parece sina tua. O Nós não foi às eleições, a tua candidatura à Ordem foi liminarmente recusada. Enfim, será a tua sina. Tu queres, mas não chegas lá. É como a tua ambição de ser chefe. Tu tentas, mas não consegues. Nem no governo, nem na câmara cafofiana do Funchal, onde ao saberem da tua candidatura a um lugar, ficou tudo de cabelos em pé.
Daí que estes escritos dão para desopilares a bílis, e entreténs o pessoal.
Continua.