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quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Paulino Ascenção


De besta a bestial: o branqueamento do Bokassa da Madeira

Jardim, chamado por Jaime Gama de o “Bokassa da Madeira”, está a ser figura central da campanha eleitoral das regionais. Elogiado pelo PSD e, estranhamente também pelo PS, depois de ter levado a Madeira à Bancarrota e ter sido escorraçado por Miguel Albuquerque.

António Costa, na ultima passagem pela Região, disse que há uma orfandade de Jardim na Madeira, e que não é Jardim quem quer, numa tirada para de atingir Albuquerque, o candidato do PS às regionais, por seu lado, diz em tom elogioso que “Jardim é uma personalidade inigualável”, são afirmações que geram a maior perplexidade.
Jardim foi um apoiante e protegido da ditadura de Salazar, cantou loas à guerra colonial na imprensa regional. Depois do 25 de abril virou autonomista convicto, mas só para proteger os seus privilégios, ameaçados pela revolução. O movimento bombista só cessou as suas ações criminosas com Jardim em presidente do Governo.

O epíteto de Bokassa da Madeira foi inteiramente merecido pela forma autoritária como exerceu o poder, ofendeu e perseguiu adversários, desrespeitou as instituições democráticas, expulsou jornalistas, controlou a imprensa e alimentou os grandes grupos económicos que hoje controlam toda a economia regional. Levou a Madeira à bancarrota que fez tantos jovens emigrarem, levou a falência pequenos negócios, fez muitos madeirenses perder o emprego e a casa.
Não foi Jardim quem mudou. A política de Albuquerque é a mesma e velha política de Jardim, gastar milhões para fazer inaugurações e ganhar as eleições, pelo meio cria milionários.
Com esta colagem o PS quer ser alternativa ou o mais fiel [que o PSD] continuador das políticas de Jardim? Como se permite elogiar Jardim e ao mesmo tempo considerar esgotado o seu modelo de desenvolvimento, que nos conduzia a atual situação de pobreza, subemprego e emigração?
O PS está apostado em construir uma alternativa ou prepara-se para um bloco central, o que já foi sugerido por Jardim há alguns meses.

Ao contrário do PS, o Bloco não aprovou a medalha de mérito a Jardim, tem memória e um enorme respeito pelos perseguidos e enxovalhados por Jardim nestes 40 anos. A todos os social-democratas e socialistas que não se revêm na forma musculada de exercer o poder de Jardim, nem neste elogios despropositados, desafio a depositarem a vossa confiança e o voto no Bloco de Esquerda, para que uma verdadeira alternativa seja possível na Madeira.

Paulino Ascenção

4 comentários:

Anónimo disse...

Este Paulino oportunista tem cá uma lata, para não dizer um bidão! O Bloco de Esquerda andou nestes últimos anos a "aparar" o jogo de Paulo Cafôfo e do PS na CMF, e agora num texto "aparvalhado" quer branquear o que o BE e o PS anadaram a fazer no município do Funchal. Aliás, o Bloco de Esquerda foi o único partido que se manteve na coligação confiança. O que Paulino deveria ter feito era um pedido de desculpas aos verdadeiros democratas, por ter sido conivente com Paulo Cafôfo e a sua ligação aos grandes grupos económicos da Madeira.

Anónimo disse...

Este quer instituir uma ditadura fascista de extrema esquerda. Para esta corja nem 1 voto

Anónimo disse...

Paulo Cafôfo andou a elogiar Alberto João Jardim, o nosso ditador BoKassa, mas o Bloco de Esquerda andou a apoiar o prof. mentiras quando deveria ter condenado as ligações de Paulo Cafôfo à máfia no bom sentido! O BE anda a apaparicar Paulo Cafôfo desde 2013, por isso não se compreende este texto do srº Paulino.

Anónimo disse...

Oh Paulino! Tens bom remédio. Deixa de proteger e apoiar o PS no Funchal. O pior é que se houver possibilidade, é o primeiro a se oferecer para ir para o Governo com o Cafofo. Podes enganar os esquerdistas do caviar e os pequenos das ganzas, mas a verdadeira esquerda por ti não dá um feijão.