Liberdade de Imprensa
Carlos Gouveia
É inevitável para quem vive nos dias de hoje, nesta sociedade global, não ir ver o último filme de Steven Spielberg,The Post - A Guerra Secreta, um filme extraordinário que mostra-nos, acima de tudo, o Poder do Jornalismo e homenageia a liberdade de imprensa.
Assim sendo, numa época em que não só as instituições mas também as nossas mais sólidas noções de governo e governação estão em transformação, The Post - A Guerra Secreta apresenta-se nostalgicamente não apenas como um grito pela liberdade de imprensa mas principalmente como uma defesa de instituições. Assim sendo, não é por acaso que tanto a esquerda quanto a direita americana o receberam bem; o filme de Steven Spielberg trata personagens como personificações dos pilares do seu tempo: o Estado, os “Mídia”, e a família.
Ao vermos este filme, é inevitável fazer um paralelo com a atualidade Madeirense isto no que diz respeito à comunicação social, muitos de nós, simples cidadãos, durante décadas, lutamos e indignamo-nos contra o escândalo que era o “Jornal da Madeira”, a memória do povo pode ser curta, mas para aqueles que sempre lutaram por ideais de liberdade, o “Jornal da Madeira” teve o peso da mão ditatorial, e era precisamente no “Diário de Noticias da Madeira”, que encontrávamos, todos os dias, o bastião e a força da liberdade de expressão. Eu, assim como outros, simples pessoas a viver neste mundo e neste tempo presente, acreditávamos que o “Diário de Noticias da Madeira” lutava pela liberdade de expressão e pela isenção política da informação, porque sim, isso era um princípio estrutural desse mesmo projeto de comunicação social, era um ideal convicto desse jornal, que maravilha pensávamos nós, é por aqui o caminho da nossa salvação. Contudo, e com o tempo, e depois das eleições autárquicas de 2013, e da vitória de Paulo Cafofo, afinal viemos a perceber que o “Diário de Noticias da Madeira”, afinal, a na sua base de pensamento, não tinha esse ideal de liberdade de expressão e isenção política, afinal era falso tudo aquilo que andaram a apregoar durante décadas, afinal, e para todos nós, o “Diário de Notícias” revelou-se como um novo “Jornal da Madeira”. mas desta vez não ao serviço do mítico politico Dr. Alberto Joao Jardim, mas sim ao serviço do emergente Dr. Paulo Cafofo. Para muitos foi um choque, afinal toda a fé que colocamos sobre o Diário, foi em vão, era apenas banha da cobra aquilo que tentavam vender, revelaram-se tão facciosos politicamente, como outrora foi o JM.
Enfim, em suma, e porque o Blogue “Fénix do Atlântico” continua a ser o ultimo dos resquícios de liberdade de expressão nesta terra, na esperança que um dia ressuscitemos das cinzas, que é o lema precisamente deste “sitio eletrónico”, e porque também temos esperança que o mesmo, um dia possa sair do virtual para o papel, como revista ou quiçá semanário, mando desde já os meus cumprimentos e o meu grande respeito ao Jornalista Luis Calisto, acabando este breve desabafo, precisamente como acaba este Filme do Spielberg: “ A Imprensa deve servir os Governados e não os Governantes”.
9 comentários:
Depois de vários processos de despedimento colectivo, o Diário preocupou-se em mamar dinheiro. Se estão a pagar...
O problema é que a vida não é um filme e os realizadores muito gostam de retratar mundos a preto e branco quando a cor predominantes é o cinzento!
Os heróis modernos não são os jornalistas mas os Manning, Assange, etc. que aliás são maltratados pelos jornalistas.
Não diria melhor. O JM e o Fenix são os novos baluartes da liberdade de imprensa nesta ilha. O DN perdeu a isenção, o prestígio e a verdade que sempre defendeu na época do jardinismo.
Oh das 17.07
O JM baluarte da liberdade de imprensa?
Com o AJJ a escrever duas vezes por semana como aconteceu há poucos dias?
Com aquela capa de ontem com meia página a dar noticia de uma debate organizado pelo Cafofo?
Sabe quem é que fazia a maior parte das noticias do Cafofo no Diário?
Pois é, está agora no JM e com muito peso.
Pois filme é filme, mas o dinheiro paga a liberdade de imprensa, e paga a imprensa não livre, como o DN que já não é livre, e que recebe dos dois lados... por isso liberdade na imprensa é subjetiva.
Oh Senhor,
Quem manda na imprensa na Madeira ?
O Avelino e o Luis Sousa no JM e o Xafofo no outro.
Jornalistas como no THE POST já foram...
Os malucos do PND deviam agora invadir o Diário de Noticias que está pior que o Pravad no tempo do Estaline. Aquilo é só Cafofo, Cafofo, Cafofo, que até enjoa.
Quando é que já ganhou o Blandy com o Cafofo? VENDIDOS!
O filme é mesmo muito bom, devia ser visto e discutido nas escolas secundarias, na Assembleia Regional, nas sedes dos partidos, nos Conselhos de Administração, nas famílias, nas reuniões de jornalistas.... Já agora podem também ver e pensar sobre o Spotlight,
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