Porto Santo: na verdade,

quem te representa?

Porto-santenses, temos dado atenção aos desmandos do Presinerte, mas sabemos que o desnorte não pára aí. O Idalino é só um dos vértices do “triângulo das Bermudas” que nos pode fazer recuar décadas.

Neste triunvirato de incompetência, também temos o menino Bernardo. Presidente da Comissão Política Concelhia do PSD local e actual deputado na Assembleia Regional, esta “lapa” cedo demostrou não ter o talento de conciliar o desempenho de funções no sector privado com a participação numa associação que usasse dinheiros públicos para almoços e viagens.

Após uma “travessia no deserto” a controlar, a partir da entrada do Centro Cultural e de Congressos, quem entrava e saía da Câmara Municipal, o Bernardo “viu a luz”.

Percebeu que o futuro estava nos ensinamentos do terceiro vértice do triângulo, o Jocelino. E que aluno ele se tornou.

Praticou as lições com afinco. Golpes palacianos, “facadas nas costas”, assassinatos de carácter, insinuações, até a mera coscuvilhice dominou, sob o olhar atento do mestre (ainda é fraquinho na ameaça ao sustento dos outros, uma imagem de marca do Jocelino…).

Tatuou na alma os credos:

“Dizer o que dá jeito hoje, que amanhã já ninguém se lembra”;

“Se mantivermos as mãos dos porto-santenses ocupadas com bandeiras, é mais fácil tapar-lhes os olhos ou ir-lhes ao bolso”;

“Quanto mais longe o cargo público estiver do voto, mais fácil é de manter”.

Alguém no PSD-Madeira, certamente arrebatado pela visão política demonstrada pelo Bernardo a organizar as “suecadas” da JSD local ou a gerir as mesas de bilhar que a Sociedade de Desenvolvimento do Porto Santo chegou a ter nas “Docas”, decidiu apostar nele para deputado na Assembleia Regional.

É em plena Avenida do Mar e das Comunidades Portuguesas que, por estes dias, o Bernardo continua a demonstrar ser coerente em relação aos interesses do Porto Santo e dos porto-santenses. Vota sempre contra.

Este “iluminado” domina de tal forma as matérias que afirma (mal) que o subsídio de mobilidade atribuído aos habitantes da Ilha da Madeira que viajem para o Porto Santo resultou em preços mais baixos para os porto-santenses (Sr. deputado, os preços para os residentes no Porto Santo resultam dos contratos de concessão…). Anuncia a entrada em vigor da medida fazendo publicidade aos preços do “Lobo Marinho”, como se fosse um funcionário do Grupo Sousa (quem sabe…?). A Porto Santo Line sempre afirmou que preços mais baixos não significavam mais viagens. Pelos vistos, dois anos depois, está provado o contrário. A linha do “Lobo Marinho” não é de serviço público? Se o sr. deputado tiver coragem, começe, por exemplo, por defender que os horários das Sextas-Feiras também sejam aplicados aos Domingos. Da maneira que está, só quem vem da Madeira aproveita os Domingos. Muito deve ser discutido para além da ausência do barco em Janeiro. Não podemos deixar que essa ausência sirva de bode expiatório para a falta de debate sobre outras conquistas a que devemos aspirar, ligadas à linha marítima.

Criticou os “ajustes directos muito duvidosos” do Menezes. Acenava com pareceres de ilegalidade dos contratos assinados com os Ribeirinhos, Nepumocenos ou Martins da Cunha da nossa praça, a quem dedicou textos muito “simpáticos”. Agora, apoia a permanência das mesmas personagens na folha de pagamentos da Câmara Municipal.

Queria que o Menezes devolvesse o IRS indevidamente cobrado. Já agora, que tal vai o processo que prometeu colocar em tribunal contra a Câmara? O mais certo é nem ter chegado a dar entrada… Agora, apoia o Idalino na recusa em devolver esse mesmo IRS. Vão passar pela vergonha de serem obrigados a isso pelos tribunais.

Estes são somente alguns dos exemplos de um mandato para esquecer.

Bernardo, foste analisado, foste avaliado e concluímos que falhaste. Em toda a linha.

É assim que se cumprem os compromissos? Fazendo aquilo que se criticou a quem estava antes nos cargos?

A única coisa que cumpriste foi conseguir um “tacho”. Anuncias, como grandes vitórias, as migalhas dos negócios de milhões para subsidiar empresas de forma indirecta (a maioria das pessoas que utilizam os bilhetes subsidiados na Porto Santo Line já os tiveram a €5. Isso acabou por causa de incompetentes como tu).

Andaste a perseguir o Menezes até à praia e a controlar o jipe da Câmara Municipal. Agora, não te espantes se alguém se lembrar de verificar quando e como frequentas os hotéis do Grupo Sousa.

Falas bem da escola da Ribeira Brava, mas nem te dignas a vir ao Porto Santo defender o professor Caroto de ser enxovalhado numa reunião em que, ao lado do secretário regional dos Equipamentos e Infraestruturas, só se via uma Presidente da Associação de Pais sedenta de protagonismo.

Estás de parabéns. Encarnaste os piores estereótipos que os porto-santenses têm em relação aos vizinhos da ilha da Madeira.

Usaste o Porto Santo para chegar ao “tacho”, serviste-te e, agora estás-te marimbando para os “profetas”. Ninguém, como tu, tem sido tão bom apóstolo da doutrina “Jocelino” de nada fazer pela nossa terra e pelas suas gentes, porque o importante é manter o estatuto.

Os que andam atrás de ti não merecem outra coisa.

Muito falaste de como a mentira tem perna curta. Pois a tua hora, a hora de quem, não sabendo ler o passado, não tem capacidade de viver o presente, quanto mais de projectar o futuro, chegou.

Porto-santenses, é chegado o momento de abrir os olhos. Está na hora de expurgarmos quem tem gosto em manter a nossa dupla insularidade bem viva, para mais facilmente nos comandarem, e prestarem vassalagem aos “senhorios” da ilha ao lado. Nunca foi essa a nossa natureza. Nós comandamos o nosso destino.

A solução está nas vossas mãos. Na cabine de voto mais próxima.

As eleições regionais já estão em marcha, e só um PSD perdido, sem rumo, manteria este “boy” numa luta para a qual parte com 10 pontos percentuais de atraso.

Os “infiltrados” pensam que somos poucos. Que só sabemos usar os teclados. Puro engano.

Somos muitos, e a nossa mensagem continua a crescer por toda a Madeira. Cresce porque singrámos na vida com o nosso trabalho e não com as vossas “cunhas”. Cresce porque o nosso sustento é imune às vossas ameaças.

Cresceu, este fim-de-semana, no Centro de Congressos da Madeira, onde se relembrou o teu comportamento “correcto” com o Menezes. Cresce na Rua da Alfândega. Cresce até na Rua dos Netos. Cresce por toda a sociedade civil madeirense.

A onda que aí vem não é rosa. Veste o azul e amarelo. Veste as cores da Madeira. E há-de lavar a Quinta Vigia dos Bernardos que nos assombram.

Só na cabine de voto poderemos retirar o poder ao “triângulo podre”. Os votos que farão cair o Bernardo também ditarão a queda do mestre Jocelino. Sem ter quem lhe diga o que dizer ou fazer, o Idalino (e a sua memória de segundos para o que é importante, mas de décadas para as anedotas) terá os dias contados.

Bernardo, Jocelino, Idalino, vimos por vocês, mas, acima de tudo, pelo nosso Porto Santo! Não nos calaremos. Não nos renderemos.

Viva o Porto Santo! Vivam os porto-santenses!

Profetas pela Verdade