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terça-feira, 26 de fevereiro de 2019


BE contra as quotas do SIADAP e por um novo modelo 
de avaliação, democrático e participado

Os funcionários públicos têm servido de saco de pancada a quem são assacadas as culpas da crise, mesmo quando é notório que as causas centrais da crise estão os desmandos da banca privada, a especulação imobiliária e a corrupção que medra em torno destas atividades.
Apesar dos prejuízos que a gestão privada da banca ou dos CTT trouxeram ao País, insiste-se na ideia da superioridade da gestão privada. Na Administração Pública o sistema de avaliação de desempenho dos funcionários introduziu essa lógica. 

O SIADAP promove a competição entre colegas, envenena os ambientes de trabalho e mata o espírito de equipa: ao impor quotas para as avaliações de “muito bom” e “excelente” que permitem progredir mais rapidamente na carreira, incentiva a competição entre colegas; ao atribuir às chefias o poder de decidir a classificação do desempenho dos subordinados promove a subserviência; combinado isto com a cultura de autoritarismo e prepotência da AP, herdada do tempo da ditadura, fomenta o favoritismo, o compadrio, em detrimento do mérito e da transparência que era suposto promover.
A introdução da lógica de competição dentro da Função Pública visa quebrar a solidariedade entre colegas, colocar uns contra os outros, dividir para reinar e enfraquecer a capacidade de mobilização coletiva para a melhoria das condições de trabalho.
O poder atribuído às chefias e a restrição das quotas, cria a necessidade dos trabalhadores do Estado agradarem aos superiores que os vão avaliar, cria uma grande carga burocrática e desvia o foco do serviço ao cidadão, que deveria ser o foco principal dos organismos públicos. A Administração Pública existe para satisfazer as necessidades dos cidadãos e não para satisfazer os interesses pessoais ou partidários dos seus dirigentes.
O Bloco defende um novo modelo de avaliação para a Administração Pública Regional sem quotas para as avaliações relevantes e com a participação dos utentes e dos colegas na avaliação dos trabalhadores. Um modelo democrático, pois as decisões coletivas são mais isentas, justas e equilibradas que as decisões individuais. O que faz falta é democracia no funcionamento interno da Administração Pública, muitas vezes os funcionários na base da hierarquia sabem mais que os dirigentes de topo (nomeados por afinidades pessoais ou políticas), mas ninguém quer saber o que têm a dizer sobre o funcionamento do seu serviço.
Com maior participação dos trabalhadores e dos utentes nos processos de decisão, na eleição das chefias, teremos maior transparência, mais eficácia e menos corrupção na Administração, teremos maior qualidade do serviço prestados aos cidadãos.

BE

11 comentários:

Anónimo disse...

Era mais util proporem uma limitação temporal ao exercicio dos cargos de direção intermédia, por forma a que esses dirigentes nao se perpetuassem, como se verifica atualmente, ate porque sao eles quem avaliam os demais.
Seria um 2 em 1.

Anónimo disse...

Foi a ditadura socialista no tempo do Sócrates que implementou este sistema persecutório, e o BE, que esteve no governo do costa nada fez para banir esse esquema ditador IAL.

Anónimo disse...

Os dirigentes não têm quotas... e são eles próprios que validam as suas avaliações.

Donato Macedo disse...

O líder do BE - ex-dirigente da CMF - donde é assalariado, vai para a frente da sede do GR, vender a sua banha-de-cobra para tentar captar simpatias dos funcionários públicos da administração pública regional. Ele devia ir para a CMF onde o seu partido está de mãos-dadas com os socialistas da autarquia, falar do SIADAP e das manobras persecutórias que um dirigente da CMF fazem junto dos seus funcionários na avaliação dos mesmos. Cambada!...

Anónimo disse...

Concordo tudo o que está escrito quem não lambo as botas e enxovalhado, mesmo que seja bom trabalhador leva nota negativa e a vergonha das vergonhas e directores regionais e secretários não ligam mas para as próximas eleições querem votos. votam todos na esquerda

Anónimo disse...

O Bloco de Esquerda para ter alguma credibilidade junto dos trabalhadores tem de sair da coligação do prof. mentiras, que está aliada aos sousas, farinhas e pestanas! Caso contrário o BE não vai a lado nenhum. E penso que já vai tarde!

Anónimo disse...

O SIADAP é injusto e não reflete as capacidades dos trabalhadores.Isto em devido ao sistema em si que o permite e aos avaliadores que não são isentos e nunca ninguém lhes toca. Talvez sejam estes a pior dor de cabeça do governo que nada faz para mudar isso. As avaliações são escondidas, não cumprindo a lei, para que não se saiba que são sempre os mesmos os contemplados com mais pontuação. O BE também devia denunciar as injustiças nas carreiras da função pública: há quem tenha entrado por concurso com licenciatura e especialização para uma carreira técnica superior específica e, no entanto, foi passado a técnico generalista. Andam todos a dormir na forma.

Anónimo disse...

Estabelecem objectivos fingidos, não dão as condições e tarefas para os funcionários as cumprirem e só falam com os mesmos de seis em seis meses. Ainda querem que as vítimas sejam cúmplices a preencherem auto-avaliações para que nestas, ou o funcionário se enterra ou pactua com a fantochada! Isto passa-se mais concretamente na Educação! Nunca tantos mentirosos e incompetentes mandaram em tantos funcionários num sistema primordial para a Educação de milhares de crianças e jovens! É o culto descarado da incompetência, da arrogância e da subserviência como nunca!

Anónimo disse...

Como é que se avalia um porteiro, um motorista, uma administrativa, um varredor, etc?
Como é que se avalia o trabalho que não é mensurável em objectivos claros e perfeitamente definidos?
Apenas pela simpatia, diligência, assertividade.
Logo, este SIADAP cai pela base.
Não presta.
De uma forma ou de outra, se não se pode aferir o desempenho com uma fórmula muito objectiva, toda a avaliação depende do superior hierárquico.

Anónimo disse...

Na CMF neste momento existe imensa pressão sobre os dirigentes para cortarem notas aos funcionários. Mas atenção que é só determinados departamentos, pois aqueles regidos pela mentirosa Madalena, esses são intocáveis. Por falar nesta senhora, ela também continua com as suas perseguições aos funcionários e emails abusivos e intimidatórios. Até quando!!

Anónimo disse...

O sistema de avaliação dos funcionários públicos ė uma autentica "treta". Os que realmente trabalham a Maior parte das vezes não São avaliados com a devida justice, existe sempre um enorme compadrio. Gostava de ver nas escola o processo de avaliação ser de = forma. O que.pensariam os pais? Só haver boas notas para determinados alunos. Uns trabalham e outros levam Maior numero de pontos, isto é um salve se quem puder. Injusticas.