BRONCA NO SESARAM
Entrou obviamente na ordem do dia uma investigação da TVI sobre um assunto, aliás tratado também pela imprensa regional mais do que uma vez, que configura espaventosa bronca no Sesaram: apesar dos investimentos em equipamentos e pessoal, os exames de medicina nuclear são adjudicados a uma empresa privada por preços escaldantes. O que, além do mais, até põe em perigo os apoios da União Europeia. O secretário da Saúde Pedro Ramos já deu conferência de imprensa para tentar rebater as acusações constantes da reportagem, mas a situação está preta. O assunto deverá animar a agenda dos próximos dias. Com vénia, reproduzimos um texto do site da TVI sobre o tema em questão.
Hospital público encaminha doentes para clínica privada a quem paga milhões
O Hospital do Funchal está a encaminhar os pacientes para fazerem exames de medicina nuclear numa clínica privada, a quem paga milhões de euros. Enquanto isso, a sua própria unidade de medicina nuclear, que foi construída e equipada com dinheiros públicos e financiamento comunitário, está praticamente parada.
A TVI visitou esta unidade e verificou que muitos equipamentos nunca chegaram a ser usados, e o médico e os técnicos que lá trabalham estão a maior parte do tempo sem fazer nada.
No decurso da investigação foi ainda possível perceber que a administração do hospital tentou concessionar a exploração desta unidade, financiada pelo Governo Regional e por Bruxelas, a uma entidade privada, enquanto mantinha a unidade fechada.
Durante os anos em que a unidade esteve impedida de funcionar, milhares de pacientes eram privados de exames que podiam ajudar a salvar vidas e melhorar a sua qualidade de vida.
O caso foi investigado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal do Funchal por suspeitas de fraude agravada e participação económica em negócio, mas acabou arquivado.
Desfecho diferente teve a investigação do Organismo Europeu Anti Fraude, que concluiu existirem irregularidades no uso dos dinheiros comunitários e vai exigir à Madeira que devolva uma parte das verbas.
TVI
12 comentários:
Na legislatura anterior e no tempo de Miguel Ferreira, muitas foram as quexinhas e choradinhos das clínicas e serviço de saúde privados pelo pouco que o serviço publico lhes deixava. Havia menos Porsche e Jaguar e circular pelo Funchal e os médicos também estavam pouco contentes com isso.
Era o tempo em que o Dr. Brito, fora de prazo, se dedicava à escrita e às suas fábulas no DN, complementadas com primeiras páginas e artigos de opinião dos jornaleiros, na altura ao serviço de Albuquerque mas sempre com cobertura Inglesa.
Albuquerque chegou ao governo, Brito na saúde, novo patrão no Sesaram e começaram os privados a andar de Porsche.
Escandalo.
Este Secretário Regional deveria ser Interdito assim como o Governo Regional e convocadas Eleições Regionais Antecipadas.
Brincam com a saúde da população e originam despesas ruinosas e injustificadas.
Ainda querem um Novo Hospital para que? Só se for para dar mais dinheiro aos tubarões da construção civil e entrar mais uns milhões de comissões ao bolso.
Toma cuidado e tem vergonha na cara oh Costa e não entregues os impostos de todos os Portugueses a estes interditos despesistas do Governo Regional do PSD que não sabem governar e são uns incapacitados. Vejam que hoje passados 9 anos (Sim 9 anos) da calamidade do 2 Fevereiro ainda estão para arranjar as muralhas na baixa da cidade e já receberam o dinheiro de Lisboa haaaaaaaaaa muitos e muitos anos.
Que dizem a isto o Calado o Carlinhos e o Zaaangado do Blue?
Fora com estes demónios que nos apoguentam diariamente.
Vai-se a ver, a culpa é de quem? Do proprietário?
Já agora, alguém sabe se o Albuquerque ainda é vivo? O homem anda desaparecido, de tratamento em tratamento...
"A máfia no bom sentido" está em todos os sectores. A culpa é dos eleitores que votam nos partidos de poder PSD, PS e CDS. Tirem-lhes o voto e vão ver que a máfia acaba rapidamente!
Até às eleições, hei-de me lembrar sempre do rosto da D. Ivone e do seu filho! E mais não digo!
Uma história muito mal contada, com protagonistas também interessados..."no privado".
E que tem que ser muito bem explicada pelo governo, e mostrar o contrato assinado em 2009 com a Quadrantes.
E as conclusões do relatório da inspeção da UE, não são aquelas refervidas na reportagem da TVI. Uma tradução estilo facebook.
E o secretário da saúde meteu os pés pelas mãos e teve uma prestação péssima.
Há muito por explicar.
Esta reportagem não esclareceu nada. Apenas mostra um serviço feito no privado, quando pode ser feito no público. Só isto.
Não investigou nada, não levantou problemas nem deu resposta a nada. Um mau trabalho de investigação, onde tira conclusões inclusive com errada interpretação de inglês e em que os entrevistados não foram devidamente confrontados.
1- não apresentou o contrato assinado entre o SESARAM e a Quadrantes.
2- não refere que serviços foram contratados e quais os excluídos.
3- não perguntou ao seu então responsável porque foi feito um investimento num serviço, quando existia um contrato para a prestação desse serviço
4- não questionou nem o antigo responsável pelo SESARAM nem o actual secretário regional qual a indemnização que a região teria de pagar à Quadrantes por quebra de contrato
5- não questionou o que sucederia aos utentes necessitados de radioterapia se a Quadrante fechasse a clínica
Enfim, quando poderia e deveria ter feito uma reportagem séria e imparcial sobre este assunto, para que todos nós soubéssemos o que estava em causa e porquê, a TVI fez uma ligeireza, sem qualquer seriedade intelectual, e usando a infelicidade e doença de uma senhora, para dar um rosto à história. Até nisso esteve mal, ao fazer sensacionalismo.
Um péssimo serviço jornalístico sem qualquer rigor, num tema muito importante e que deveria ser esclarecido até o último pormenor.
Miguel Ferreira anda de Porsche azul escuro.
Já andava antes de passar pelo Sesaram...
Cheira-me que dos protagonistas nesta história passada pela TVI, o mais inocente é o actual secretário da saúde.
E se o trabalho tivesse sido feito com rigor e objectividade, possivelmente não passaria na TVI, porque não daria para "fazer" escândalo.
Há muito por explicar, e o comentador das 21.12 levanta uma série de questões pertinentes, em que a reportagem ficou muda e não deu qualquer tipo de resposta.
Quem vai a uma consulta externa de urologia é mandado ir urinar ao consultório privado do médico para gastar dinheiro e perder tempo com incompetentes mamões. O dito exame é inútil. Quando acaba esta pouca vergonha? No continente há consultas na parte da tarde também e estão lá os médicos. Que raio de trabalho é este aqui que só dura meio dia com ordenado completo?
Das 18.41, é o exercício a tempo parcial como consta da lei, com remuneração inferior a quem exerce em exclusividade.
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