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terça-feira, 3 de março de 2020

SRE esclarece "atoardas"




A demagogia e o populismo da JPP


A JPP já habitou os madeirenses à demagogia e à política “rasteira”, só possível àqueles que sabendo que nunca irão governar, limitam-se a cavalgar ondas mediáticas e procurar agradar às redes sociais.

Na sequência desta prática, habitual, vem hoje a JPP proferir declarações que são um misto de oportunismo, de ignorância e de má fé, a respeito do setor do táxi e da entrada das novas plataformas, declarações essas que ofendem os próprios industriais e trabalhadores da indústria do táxi.

Convém, pois, esclarecer as atoardas da JPP.


Começando pela ignorância: a lei que regula as plataformas é nacional e, como tal, aplica-se a todo o território nacional. A não ser que a Madeira declare independência, coisa que não está nos planos deste Governo, a legislação nacional sobrepõe-se à legislação regional, podendo, apenas, ser adaptada pela Região.

O Governo Regional, depois de ouvir, por diversas vezes, as instituições que representam os industriais e trabalhadores do setor do táxi, decidiu adaptar a legislação nacional, face à nova realidade colocada pela entrada no mercado regional das plataformas. Fê-lo no limite da constitucionalidade e no sentido de auxiliar a manutenção dos postos de trabalho de todos aqueles que trabalham na indústria do táxi.

Em primeiro lugar, não podendo impedir a entrada das plataformas, definiu que a Região adotará um contingente que limitará a entrada de mais viaturas TVDE na Região;

Em segundo lugar, definiu que ficará vedado às viaturas TVDE a efetuação de viagens turísticas;

Em terceiro lugar, equiparará a formação dos motoristas de TVDE à formação dos motoristas de táxi, de forma a impedir a desigualdade no acesso à profissão;

Em quarto lugar, criará um fundo de apoio aos motoristas de táxi, através da cativação de parte das receitas das plataformas na Região, à semelhança daquilo que prevê a lei nacional, para o território português, fundo esse que permitirá melhorar os serviços prestados às populações que, no fundo, são o principal objetivo das tomadas de decisão política de um governo que não governa para classes profissionais, mas sim para os cidadãos da Madeira e do Porto Santo.

Finalmente, a proposta do Governo, a ser aprovada no Parlamento, será certamente objeto de trabalho na Comissão Parlamentar, não estando fechada a outras sugestões da indústria do táxi.

A má fé e o oportunismo da JPP são notórios porque aquele partido sabe de tudo isto, porque a proposta do Governo já deu entrada no Parlamento e mesmo assim, vem “exigir” aquilo que já está a ser feito, no limite das competências administrativas da Região e da constitucionalidade.

De facto, um dos maiores problemas da política atual é o populismo e nesse âmbito, a JPP dá cartas na Madeira, assumindo-se como o porta estandarte de um populismo de má fé, arrogante e ignorante.

Hoje, foi só mais um triste exemplo.


Funchal, 03 de março de 2020

O Gabinete do secretário regional de Economia

10 comentários:

Anónimo disse...

Senhores das SRE, poderiam explicar as atoardas do GR em relação ao transporte de doentes não urgentes por parte dos taxistas? De forma ilegal, quer por falta de formação na área, quer por falta de condições das viaturas?
Podem explicar como é feito o cálculo para o pagamento (e se o governo lhes paga, já agora), e de que forma são controlados os transportes, para que sejam evitados esquemas?
A lei, nacional, não é para ser aplicada cá?
O SESARAM qualquer dia gasta mais em táxis que em medicamentos.
Já agora expliquem porque foi prometido aos AO que iriam auferir mais 40€, sendo que agora dizem que iria criar desigualdades e injustiças sociais.

Anónimo disse...

O CDS a dizer que o JPP nunca será governo... Será porque o JPP só elegeu 3 deputados como o CDS? Ou será porque como não são uns vendidos nunca lá chegarão? Responda quem souber...

Anónimo disse...

Quanto aos TÁXIS e a UBER na Madeira: escolher entre Mercedes com 30 anos e Dacias ou Renaults Meganes venha o diabo e escolha!

Anónimo disse...

09.23,
Quer dizer.
O governo paga transporte de doentes de táxis, e o povo ainda reclama.
É o resultado do Estado ter habituado o povo a ter tudo à borla. É no que dá.

Anónimo disse...

Uber e Bolt na Madeira? Sim e em força.

Anónimo disse...

11.22
Em primeiro, não sou a favor do transporte de utentes de forma arbitrária, descontrolada e desregulada. Pior ainda se for ilegal. Deveriam limitar aos utentes que cumprem os critérios previstos na lei.
Em segundo lugar, e, novamente, segundo a lei. Cumprindo o alvará de transporte de doentes, com formação específica para o transporte de doentes e com viaturas próprias para esse transporte. Acha que os taxistas desinfetam os carros entre o transporte de doentes e o transporte regular, por exemplo?
Os taxistas estão é mal habituados. Comem na gamela dos outros, mas ninguém pode ir à gamela deles.

Anónimo disse...

14.23,
É o utente vir de Uber, e depois apresentar o recibo no Centro de Saúde.

Anónimo disse...

15:58
Teoricamente é o que o utente faz com os táxis. Mas são os taxistas a apresentar a factura.

Manuela_a_Lusa disse...

Sabe que quando estive na Madeira com minha família, assustei-me com o vocabulário vulgar do motorista de táxi. Seus xingamentos e ofensas a outros motoristas, eram do mais baixo calão. Meus filhos olhavam para mim e perguntavam se aquilo era normal. Uber é mais barato e mais confortável.

Anónimo disse...

Lusa Manuela,
Estou totalmente de acordo consigo.
Os taxistas são os seus maiores inimigos. A qualidade do seu serviço, ou a falta dela, leva as pessoas a procurarem outras soluções.
Não quero generalizar, mas alguns dão uma má imagem.
E quanto à Uner e outras plataformas, é concorrência. Quem tem medo da concorrência? Só quem trabalha mal, ou se habituou mal.