Bagunça Rumo a 2019

VINTE E NOVE

Foto GREGÓRIO CUNHA

Trazer mau ambiente para aqui num fim-de-semana parece mal, mas há temas que não merecem tréguas. 

Primeiro mau ambiente - Velhas raposas da política movimentam-se dentro do PS-M a pagar quotas de mortos e ausentes para somar aos votantes do candidato que concorre na qualidade de independente. Do outro lado, já contrataram um homenzarrão do Garachico para fazer de delegado na zona leste da Ilha, não para impedir a entrada na assembleia de voto dos defuntos e dos emigrantes, mas para controlar voto a voto, presença a presença. 

A este propósito, televimos Emanuel Câmara um dia destes a prometer tudo fazer para que os jovens madeirenses não precisem de ir lá para fora engrossar os números de emigrantes. Ingrato.

Segundo mau ambiente - Tem a ver com a 'acelerada de criar bicho' que caiu em cima de um dr.  veterinário do governo à saída da 'porta do cavalo' nas instalações da fruta, por trás do Baião e da Porto Santo Line. A pancadaria 'chegou a dentro' e foi preciso a comparência da PSP. Segundo os rumores a respeito, o quadro da Secretaria da Agricultura falhou uma promessa e 'vai disto'. O homem é do outro lado, precisa de se acostumar.

Mas... se a cada promessa incumprida por parte do desgoverno houver zaragata, a PSP e as urgências não chegarão para as encomendas.

E falava eu aqui há dias do tempo da parreca, quando o povo desceu por aí abaixo à paulada em cima dos engravatados que não produziam nada! Se isto voltar a 'pegar de galho', ainda me processam por desestabilizador, ou inimigo da autonomia.

Terceiro mau ambiente - Castro e Menezes! Ouçam! Não ponham o Idalino ainda mais atarantado. Então como é que os cavalheiros colaboram no expediente de pôr em marcha, muito discretamente, uma suspensão do PDM para permitir a delapidação das dunas lá para os lados da Fonte da areia? Há uma vaga de descontentamento no Porto Santo, como não podia deixar de ser, e o caso pode acabar mal. Vamos ver se alguém toma juízo, por exemplo a Assembleia Municipal, como vimos sugerido num artigo publicado aqui no Fénix por um grupo de porto-santenses. Esse texto dá a entender, e bem, que o povo da ilha não precisa dos 'inertes' que estão na câmara, mas quanto aos 'inertes' verdadeiros, esses sim património importante, não deixará escabaçar. 

Então o Eng.º João Baptista irá dar um empurrãozinho para facilitar o atentado? Não acredito. Se o povo o chama de 'João das Rochas' é porque a defesa que ele faz dos inertes merece carinho. Não nos decepcione, caro Amigo Engenheiro. Todos nós em pó nos havemos de tornar, mas dá tempo.

Quarto mau ambiente - A Cosmos denunciou a reabertura de um famigerado aterro no Porto Novo e a câmara de Santa Cruz foi ao local avisar que avançaria com uma providência cautelar se a brincadeira fosse para a frente. Felizmente que isto agora não é só poluir - no caso as águas atlânticas do Porto Novo -, felizmente que anda gente de olho aberto. Mas enquanto o aterro não for abortado em definitivo, há mau ambiente a 'chatear'.

Quinto mau ambiente - Convém lembrar, de enfiada, que há umas operações esquisitas na foz da Ribeira dos Socorridos, parece-me que do lado de Câmara de Lobos. Camiões, máquinas, pedras para cima, pedras para baixo, carregamentos, viagens para um lado e para outro. Estas mexidas que se podem observar na foto acima, registada à beira do estaleiro, desenvolvem-se ali talvez desde Junho do ano passado. Já que a gente não percebe, alguém explica aquilo?