“Graças ao Eça!” do grupo O Moniz – Carlos Varela
no Teatro Baltazar Dias
O Teatro Municipal Baltazar Dias
irá acolher no próximo dia 09 de maio, às 19:00H, a peça “Graças ao Eça!” do
grupo O Moniz – Carlos Varela, da Escola Secundária Jaime Moniz. Graças a um
protocolo entre a Câmara Municipal do Funchal e a Escola Secundária Jaime
Moniz, a escola com o “Prémio Carlos Varela” no Festival Regional de Teatro
Escolar – Carlos Varela têm a
possibilidade de, anualmente, apresentar
o seu trabalho no Teatro Municipal.
Na presente edição, este prémio
foi atribuído por um júri externo à escola, composto por Ana Amaro, da Câmara
Municipal do Funchal, Duarte Rodrigues, da DSEAM, Maria José Varela, da
Associação Contigo Teatro e Yury Rykunov, do Conservatório – Escola das Artes –
Engº Luiz Peter Clode.
A peça “Graças ao Eça!”,
adaptação da obra “Os Maias”, de Eça de Queirós, com excertos do texto “Resumo
de ‘Os Maias’ e ‘Lusíadas’”, do humorista Ricardo Araújo Pereira, mereceu
grandes elogios por parte do painel de jurados e do público em geral, sendo
também agraciados os alunos: Luís Ferreira, no papel de Carlos Eduardo da Maia,
com o Prémio de Melhor ator, e Catarina
Serrão, no papel de Joaquim Guimarães, com o Prémio de Melhor Atriz. Foram
também atribuídas menções honrosas na interpretação a João Domingos Gouveia, na
interpretação de Afonso da Maia, Filomena Góis, pela interpretação de Dâmaso
Salcede, e Beatriz Gonçalves, na interpretação de Miss Sarah.
A obra, que é objeto de estudo há
mais de quatro décadas no ensino, é agora reinterpretada na voz de 20 jovens
atores que homenageiam o texto queirosiano, combinando uma leitura atenta com
uma crítica mordaz, na atualização de ensinamentos e questionamento de
pormenores da narrativa.
Sete cadeiras, que são a base da
composição dos diferentes cenários, com sete casacos, pretendem ser uma
referência à visão masculina da sociedade lisboeta da segunda metade do século
dezanove e, simultaneamente, uma alusão aos indícios trágicos que compõem a
intriga principal dos amores de Carlos e de Maria Eduarda. A degradação de
costumes, as analepses e prolepses, a educação tradicional portuguesa, que
fragilizou Pedro da Maia, tudo isto eclode num sentimento de saudade e tristeza
que caracteriza o fado português.
ESJM
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