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segunda-feira, 6 de maio de 2019



Graças ao Eça!” do grupo O Moniz – Carlos Varela 
no Teatro Baltazar Dias



O Teatro Municipal Baltazar Dias irá acolher no próximo dia 09 de maio, às 19:00H, a peça “Graças ao Eça!” do grupo O Moniz – Carlos Varela, da Escola Secundária Jaime Moniz. Graças a um protocolo entre a Câmara Municipal do Funchal e a Escola Secundária Jaime Moniz, a escola com o “Prémio Carlos Varela” no Festival Regional de Teatro Escolar – Carlos Varela  têm a possibilidade de, anualmente,  apresentar o seu trabalho no Teatro Municipal.

Na presente edição, este prémio foi atribuído por um júri externo à escola, composto por Ana Amaro, da Câmara Municipal do Funchal, Duarte Rodrigues, da DSEAM, Maria José Varela, da Associação Contigo Teatro e Yury Rykunov, do Conservatório – Escola das Artes – Engº Luiz Peter Clode.
A peça “Graças ao Eça!”, adaptação da obra “Os Maias”, de Eça de Queirós, com excertos do texto “Resumo de ‘Os Maias’ e ‘Lusíadas’”, do humorista Ricardo Araújo Pereira, mereceu grandes elogios por parte do painel de jurados e do público em geral, sendo também agraciados os alunos: Luís Ferreira, no papel de Carlos Eduardo da Maia, com o Prémio de Melhor ator, e  Catarina Serrão, no papel de Joaquim Guimarães, com o Prémio de Melhor Atriz. Foram também atribuídas menções honrosas na interpretação a João Domingos Gouveia, na interpretação de Afonso da Maia, Filomena Góis, pela interpretação de Dâmaso Salcede, e Beatriz Gonçalves, na interpretação de Miss Sarah.
A obra, que é objeto de estudo há mais de quatro décadas no ensino, é agora reinterpretada na voz de 20 jovens atores que homenageiam o texto queirosiano, combinando uma leitura atenta com uma crítica mordaz, na atualização de ensinamentos e questionamento de pormenores da narrativa.
Sete cadeiras, que são a base da composição dos diferentes cenários, com sete casacos, pretendem ser uma referência à visão masculina da sociedade lisboeta da segunda metade do século dezanove e, simultaneamente, uma alusão aos indícios trágicos que compõem a intriga principal dos amores de Carlos e de Maria Eduarda. A degradação de costumes, as analepses e prolepses, a educação tradicional portuguesa, que fragilizou Pedro da Maia, tudo isto eclode num sentimento de saudade e tristeza que caracteriza o fado português.


ESJM

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