JPP denuncia falta de profissionais
no Lar da Bela Vista
O JPP visitou hoje o
Estabelecimento Bela Vista, pertencente ao Instituto de Segurança Social da
Madeira, IP-RAM (ISSM, IP-RAM) com resposta a cerca de 265 idosos com
diferentes patologias e necessidades, sendo a área da demência aquela que
maiores desafios tem vindo a colocar a esta instituição.
Este estabelecimento foi alvo do
estudo do professor Correia de Campos, solicitado pelo SESARAM pelo anterior
secretário regional da saúde em 2016, Faria Nunes, tendo o estudo frisado as
graves necessidades apresentadas pelo Bela Vista, quer ao nível de recursos
humanos, materiais, quer ao nível das urgente necessidade de requalificação do
edificio.
Estas são necessidades que ainda
se mantêm, nomeadamente, a falta de enfermeiros, assistentes operacionais e
outros profissionais especializados no trabalho gerontológico, embora as obras
que sofreram alguns quartos do lar, a renovação de mobiliário e do próprio
refeitório. Salienta-se que, para um universo de 265 utentes, o Lar dispõe de
27 enfermeiros que deverão assegurar todos os turnos, sendo transversal o
envelhecimento dos assistentes operacionais cujas funções são mais desgastantes
e incapacitantes.
Deste modo, a necessidade de
investimento nesta área mantém-se uma prioridade. Verificam-se denúncias de
utentes e seus familiares apontando para a falta de materiais básicos de
cuidado aos idosos (ex: fraldas, resguardos, entre outros), mas principalmente
ao nível da contratação de recursos humanos, o que exige uma articulação entre
a Secretaria Regional da Inclusão e dos Assuntos Sociais, o Serviço Regional de
Saúde e, principalmente, a disponibilidade financeira da Vice-presidência.
O JPP não pode deixar de salutar
o trabalho e dedicação diária e o brio de todos os profissinais que aqui
desempenham as suas funções apesar destas limitações materiais e orçamentais.
O envelhecimento da população é
um dos maiores desafio para as gerações futuras sendo por isso urgente pensar
as respostas sociais para o idoso de forma articulada e concertada entre os
diversos agentes de proximidade, prolongando o maior tempo possível a autonomia
destes idosos e evitando o crescimento das altas clínicas que torna deficitária
a resposta da saúde para as situações clínicas e condiciona a
recuperação/reabilitação dos próprios idosos, sempre que possível.
JPP
1 comentário:
Se bem me lembro, a Rubina Secretária prometeu obras para breve nessa unidade. Mas isso foi antes de se perder à procura de buraquinhos ou pedaços de papel no chão das ruas do Funchal
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