1º de Maio de 2018
Dia Internacional do Trabalhador
Saudação do PCP aos Trabalhadores da Região Autónoma da Madeira.
Nesta data tão especial
e significativa para a luta dos trabalhadores como é o 1º de Maio, dia
Internacional do Trabalhador, o Partido Comunista Português saúda todos os
trabalhadores da Madeira e do Porto Santo.
Celebramos este 1º de
Maio num contexto de recuperação de direitos, mas também de trabalho e de luta.
De recuperação de
direitos porque está a ser possível, com a luta dos trabalhadores, garantir a
reposição de alguns direitos roubados aos trabalhadores e ao Povo pelo anterior
Governo PSD/CDS.
De trabalho e de luta,
pois a reposição de direitos está aquém das possibilidades e das necessidades
dos Trabalhadores e do Povo, e por isso não podemos baixar os braços.
Enaltecemos as lutas
realizadas na nossa Região pelos trabalhadores dos mais diversos sectores, das
quais destacamos a luta dos trabalhadores do sector da hotelaria, dos
enfermeiros dos médicos dos professores, dos trabalhadores da Administração
Pública, dos trabalhadores da PT e dos trabalhadores da ARM.
Estas lutas têm como
principal objectivo a dignidade dos trabalhadores e a valorização do trabalho e
das remunerações.
Na Região Autónoma da Madeira
persistem graves problemas laborais e sociais. A nossa Região continua com a
maior taxa de desemprego a nível nacional, temos um acréscimo ao salário mínimo
a praticar na Região inferior ao da Região Autónoma dos Açores, bem como
milhares de trabalhadores são confrontados com o bloqueio à contratação
coletiva.
Os problemas que afetam
os trabalhadores madeirenses e portosantenses não ficam por aqui. A praga da
precariedade laboral é um flagelo que afeta já milhares de trabalhadores, com
graves consequências para quem é vítima deste tipo de contratação e para as
suas famílias.
A precariedade laboral é
um flagelo que afeta milhares de trabalhadores na nossa Região. A precariedade
laboral é a precariedade da vida e a precariedade da família e facto de
pobreza, exclusão e instabilidade social.
Na Região
existem mais de 19 mil trabalhadores com vínculos precários, ou seja, 20% dos
madeirenses que têm trabalho são precários. O trabalho precário afeta
principalmente os jovens. Em média, um trabalhador com vínculo laboral precário
recebe menos 30% a 40% de salário do que um trabalhador com vínculo efetivo,
assim como um trabalhador com contrato a prazo está mais vulnerável a ser
confrontado com o desemprego. É possível constatar que, no último trimestre de
2017, mais de 40% das novas inscrições no Instituto de Emprego foram trabalhadores
que viram chegar ao fim o seu vínculo laboral não permanente. Os dados que
referimos não incluem os trabalhadores que estão em regime de falsos recibos
verdes, pois somando esses trabalhadores o cenário é bem mais negativo.
O Governo
Regional é expedito em desenvolver novas formas de exploração. Sobre a capa dos
programas de ocupação de desempregados, utiliza pessoas em situação de
desemprego para colmatar a destruição de postos de trabalhos que tem sido feita
na Administração Pública.
Estima-se que na Região
existam mais de 3000 desempregados nestes programas. Estes trabalhadores não
têm qualquer direito laboral, não podem estar sindicalizados, e ao fim de um
ano são substituídos por um outro trabalhador desempregado, exatamente com as
mesmas condições, ou seja, é uma nova forma de escravatura dos tempos modernos.
Vivemos numa Região onde
mais de 40% dos pobres são trabalhadores, ou seja, os baixos salários e a
precariedade laboral, são os principais potenciadores da pobreza e da exclusão
social.
É contra esta
realidade que urge lutar e exigir mais e melhores condições de vida e de
trabalho para impulsionar um verdadeiro desenvolvimento para a nossa terra. Por
isso, agora e sempre, aos trabalhadores, importa manter e reforçar uma posição
de luta e uma postura de reivindicação. Para isso os trabalhadores portugueses,
os trabalhadores da Madeira e do Porto Santo, em especial, poderão sempre
contar com o PCP.
O PCP apela a todos os
trabalhadores da Região para que participem nas comemorações do 1º de Maio, Dia
do Trabalhador, promovidas pelo Movimento Sindical, em particular na
manifestação promovida pela União dos Sindicatos da Madeira, com concentração
às 17h30, junto à Assembleia Legislativa Regional.
A organização da RAM do PCP
Funchal, 30 de abril de 2018
1 comentário:
sonho com o dia que teremos um regime semelhante com o chavista na Madeira
camaradas sempre na luta
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