PICO DO AREEIRO

 O edifício construído há menos de dez anos pela Força Aérea Portuguesa no Pico do Areeiro, como compensação pelo silêncio cúmplice do Governo Regional no que concerne à construção do impactante radar (já funciona sem problemas?), desde o início deu sinais de não estar preparado para enfrentar as condições meteorológicas das terras altas do maciço montanhoso central da Ilha da Madeira.



As pesadas placas de ferro que forram as paredes que ladeiam a escadaria principal, desde muito cedo começaram a perder os parafusos e sempre que o vento sopra com mais intensidade é grande o risco de voarem. 
No passado 02 de Março o vento voltou a abanar com as placas, tendo obrigado à retirada das que se preparavam para voar. O acesso ao Pico do Areeiro esteve interditado até 18 de Março, dia em que terminou a operação.
Entretanto, esta semana as fortes rajadas de vento voltaram ao Pico do Areeiro e a estrutura que ainda se mantém forrada de ferro embalançou e chegou a assustar os visitantes conhecedores do historial do edifício.
Mais de um mês após o incidente, o edifício (património da Região?) continua com um aspecto degradante num dos locais mais emblemáticos e visitados da Madeira.
A complementar a imagem de abandono e de falta de respeito pelos visitantes, na fachada do edifício voltada para o parque de estacionamento há um painel que deveria transmitir informação mas que está num estado miserável e ilegível, se a memória não me atraiçoa, desde Agosto do ano passado.

Senhores do governo lamento maçá-los com estas minudências, mas amo muito a minha Ilha e não consigo ficar calado perante tanto desleixo.

14.04.18
Raimundo Quintal