Duas ou três dúvidas

Um dos momentos da rábula
que continua em cena.

...Mas duas ou três dúvidas mesmo; o resto fica para mais tarde

Gostava de fazer as seguintes perguntas ao entrevistado no empolgante directo de ontem à noite:

- Você foi a Lisboa para ser o primeiro madeirense informado sobre a inclusão do hospital no PEC?

- Por que disse que ia pr'a Lisboa dar um murro em cima da mesa se o assunto já estava resolvido, tanto assim que apenas foi informado da tal resolução?

- Ai você exprimiu-se mal e afinal foi mesmo a São Bento exigir que o Primeiro Sargento metesse o hospital no PEC, e ele, apertado durante um quarto de hora e com receio do murro na mesa, não resistiu à pressão e cedeu?

- Quem julga você que é para chamar estúpidos a 250 mil madeirenses dizendo que foi a Lisboa tratar de assuntos dos madeirenses sem você ter mandato dos madeirenses?

- Desde quando é que o regedor de uma autarquia local se dá ao direito de me representar a mim, enquanto madeirense que sou, cidadão regional e nacional?

- Quem lhe disse que tem direito, enquanto presidente da "maior câmara da Madeira, a câmara da capital", mas ainda assim autarquia local, para tratar de juros, mobilidade, Saúde e défices que me tocam na minha vida enquanto madeirense e não enquanto funchalense?

- Você acha que pode debitar repetidamente a matéria empinada para esta fase da chicana, o argumento de que como madeirense não pode ficar a ver a piora do contencioso, acha que o pode fazer sem a gente o mandar pr'ao tal sítio 4 ou 5 vezes? 

- Quem se julga você para mandar pagar passagens de avião com os meus impostos quando você não vai tratar de assuntos exclusivamente circunscritos ao Funchal? 

- Quando Portugal for apertado na discussão europeia sobre os novos programas de coesão, será que você se mete no avião e vai a Bruxelas resolver as questões?

- Sabia que é feio as PSoas meterem-se onde não são chamadas?

PS - Depois do directo com o Profe Mentiras no TJ a falar da reunião com o Primeiro sobre os grandes temas da Madeira, aparece uma peça com Miguel Albuquerque no meio da floresta, a falar dos caminhos reais da Tabanca. Eu também tinha aqui no bolso umas perguntinhas para o Blue King. Por exemplo, como é que ainda não vi um protesto formal do Governo madeirense contra o Sargento Costa, mas com 'basqueiro' na comunicação social rectangular que mostrasse ao País inteiro o bronco sem ponta de verniz político ou diplomático que se instalou em São Bento sem ser eleito. Por exemplo, se Albuquerque acha que os madeirenses devem votar no raio de um partido que deixa a capital alfacinha e os traidores daqui enxovalharem os órgãos eleitos da Autonomia, que estão nos lugares com legitimidade, goste-se ou não se goste, o povo é que os elegeu. Como é que não vejo a suspensão imediata e unilateral da reunião de segunda-feira, até que o Sargento apresente uma explicação formal para o pontapé na decência política e na dignidade das instituições regionais. Quando é que pensam deixar de estender a mão à esmola de Lisboa para, em vez dessa lamechice, exigirem aquilo a que a Madeira tem direito, exigência preferencialmente com recurso às instâncias internacionais, e quando é que rejeitam tudo quanto cheire a esmola, por mais falta que nos faça e mesmo que tenhamos de comer uma só vez ao dia?!

Tinha estas e outras perguntas para fazer, mas por ora digo apenas que, por mais bem elaborados que tenham sido os esquemas para nos porem as patas em cima, isto vai ser um inferno, vai, vai.

É, a mensagem vai direitinha para um lado e para o outro, ou seja, para o lado do covil dos traidores e para o lado alcatifado dos medricas. É que há também a trincheira do orgulho para vos dar cabo do canastro a todos.