Bloco: o Estado é insubstituível
numa estratégia de desenvolvimento
A campanha do Bloco de Esquerda hoje passou pela feira Santo da Serra. Rui Ferrão destacou o papel essencial e necessário do Estado numa estratégia de desenvolvimento sustentável e de criação de emprego. Não podemos ficar dependentes dos privados, o interesse coletivo só será defendido pelo Estado enquanto interprete da vontade coletiva:
«Vivemos tempos em que se domina a ideia que o investimento privado as empresas é que criam riqueza e emprego, é que fazem a inovação. É um mito, uma ideia falsa.
Ao longo da história os grandes avanços na técnica e nas descobertas tiveram o Estado como motor – o caminho marítimo para a Índia à conquista do espaço, da internet ao motor a jacto , foi o Estado e o investimento público a abrir o caminho.
O Estado (O Governo Regional, no caso da Madeira) deve continuar a ter um papel fundamental, como interprete e executor da vontade coletiva.
Olhamos a realidade regional e as grande empresas (grupos Sousa, Pestana, AFA) cresceram a sombra do orçamento da Região, em condições de privilégio, pouco devem a sua capacidade de arriscar e visão – os riscos foram assegurados pela Região – pelos contribuintes.
Com o Estado a garantir lucros qualquer um torna-se empresário de sucesso.
O encaminhar dos desempregados para soluções de empreendedorismo e a propaganda em volta deste mito, visam criar aceitação social para a desigualdades na distribuição da riqueza, para ideia que o investidores é que criam a riqueza e que o fazem pelas suas capacidades de arriscar e antevisão do futuro – a realidade desmente isso.
Foi o compadrio e o favorecimento dos poderes publicos que criou as fortunas.
É um discurso que quer justificar as desigualdades brutais e crescentes de rendimento.
Visa também desresponsabilizar o governo pela situação dos desempregados e culpabiliza-los a este pela sua sorte.
O desemprego e a pobreza são problemas sociais, mais que individuais e só com respostas coletivas serão atacados com sucesso.»
BE
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